Análise epidemiológica dos óbitos por gravidez ectópica no Brasil entre 2010 a 2023
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i8.49376Palavras-chave:
Gravidez Ectópica, Mortalidade Materna, Perfil Epidemiológico, Fatores Socioeconômicos, Estudos Ecológicos, Sistema de Informação em Saúde, Gravidez de Risco.Resumo
A gravidez ectópica (GE) é definida como a implantação anormal do blastocisto fora do útero, configurando-se como uma condição médica grave e a principal causa de mortalidade materna no primeiro trimestre da gestação. Objetivo: Analisar o perfil sócio epidemiológico dos óbitos por gravidez ectópica no Brasil entre 2010 e 2023, a partir da base de dados disponíveis no DATASUS Metodologia: Realizou-se um estudo ecológico com abordagem quantitativa e séries temporais, fundamentado nas informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Resultados: Os dados analisados revelam que, no período de 2010 a 2023, os óbitos maternos por gravidez ectópica no Brasil apresentam um perfil sociodemográfico. A maioria das vítimas é composta por mulheres com idades entre 30 e 39 anos (n = 249; 42%), seguidas por aquelas de 20 a 29 anos (n = 232; 40%). O grupo com maior taxa de mortalidade inclui mulheres pardas (n = 341; 58%), brancas (n = 148; 25%), que possuem entre 8 a 11 anos de escolaridade e são solteiras (n = 357; 61%).
Referências
Araujo, I. S., Vieira, M. S., Holanda, E. G. O. L., Santos, J. I. O. dos, Martins, M. C. V., Reis, N. R. O. G., & Lopes, L. E. S. (2025). Perfil epidemiológico dos óbitos por gravidez ectópica no Brasil entre 2000 e 2023. Research, Society and Development, 14(3), e10914348537. https://dx.doi.org/10.33448/rsd-v14i3.48537
Andretto de Oliveira, I., Soares, L. C., & Maia Monteiro, D. L. (2022). Tratamento conservador da gravidez ectópica íntegra com metotrexato. Research, Society and Development, 11(10), e485111033028. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.33028
Al Wattar, B. H., Solangon, S. A., de Braud, L. V., Rogozińska, E., & Jurkovic, D. (2024). Effectiveness of treatment options for tubal ectopic pregnancy: A systematic review and network meta-analysis. BJOG, 131(1), 5–14. https://doi.org/10.1111/1471-0528.17594
Bo, W., Qianyu, Z., & Mo, L. (2023). Global, regional, and national burden of ectopic pregnancy: A 30-year observational database study. International Journal of Clinical Practice, 2023, 3927337. https://doi.org/10.1155/2023/3927337
Bansal, R., & Jain, S. (2023). Overview of ectopic pregnancy diagnosis, management, and innovation. Women's Health, 19, 17455057231160349. https://doi.org/10.1177/17455057231160349
Brasil, Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde, & Departamento de Ações Programáticas. (2022). Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico]. Brasília: Ministério da Saúde.
Brim, A. C. S., Barretto, V. R. D., Reis-Oliveira, J. G., de Araújo, R. B. S., Romeo, A. C. D. C. B., et al. (2025). Risk factors for ectopic pregnancy occurrence: Systematic review and meta-analysis. International Journal of Gynaecology & Obstetrics, 168(3), 919–932. https://doi.org/10.1002/ijgo.15965.
Campanha, K., Santos, R. C. N., Souza, B. T., Dutra, J. C. T., Pin, L. D. N., Filgueiras, K. C. G., Neto, E. A. C., Santos, R. N., & Giacomin, A. (2024). Gravidez ectópica: uma abordagem abrangente sobre seu diagnóstico, sintomas e tratamento. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(8), 120–129. Recuperado em 6 de agosto de 2025, de https://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/2784.
Cavalari, C. A. A., Mehrtash, H., Brizuela, V., Baguiya, A., Adu-Bonsaffoh, K., Cecatti, J. G., Bahamondes, L., Charles, C. M., Govule, P., Dossou, J. P., Souza, R. T., Leão, L. H., Filippi, V., Tunçalp, Ö., & Baccaro, L. F. (2024). Prevalence and management of ectopic and molar pregnancies in 17 countries in Africa and Latin America and the Caribbean: a secondary analysis of the WHO multi-country cross-sectional survey on abortion. BMJ Open, 14, e086723. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2024-086723.
Chong, K. Y., de Waard, L., Oza, M., van Wely, M., Jurkovic, D., Memtsa, M., Woolner, A., & Mol, B. W. (2024). Ectopic pregnancy. Nature Reviews Disease Primers, 10, Article 94. https://doi.org/10.1038/s41572-024-00579-x.
Epidemiological profile of deaths due to ectopic pregnancy in Brazil between 2000 and 2023. (2025). Research, Society and Development, 14(3), e10914348537. Recuperado em 6 de agosto de 2025, de https://rsdjournal.org/rsd/article/view/48537.
Fernandes, A. M. dos S., Moretti, T. B. C., & Olivotti, B. R. (2007). Aspectos epidemiológicos e clínicos das gestações ectópicas em serviço universitário no período de 2000 a 2004. Revista da Associação Médica Brasileira, 53(3), 213–216. https://doi.org/10.1590/S0104-42302007000300017.
Flanagan, H. C., Duncan, W. C., Lin, C. J., Spears, N., & Horne, A. W. (2023). Recent advances in the understanding of tubal ectopic pregnancy. Faculty Reviews, 12(26), 1–10. https://doi.org/10.12703/r/12-26
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2017. Rio de Janeiro: Autor. Recuperado em 9 de agosto de 2025, de https://www.ibge.gov.br.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2019). Censo agropecuário 2017: resultados definitivos. IBGE. Recuperado de https://conjugador.reverso.net/conjugacion-espanol-verbo-especificar.html
Lawani, O. L., Anozie, O. B., & Ezeonu, P. O. (2013). Ectopic pregnancy: A life-threatening gynecological emergency. International Journal of Women’s Health, 5, 515–521. https://doi.org/10.2147/IJWH.S49672.
Li, C., Zhao, W. H., Zhu, Q., Cao, S. J., Ping, H., Xi, X., Qin, G. J., Yan, M. X., Zhang, D., Qiu, J., & Zhang, J. (2015). Risk factors for ectopic pregnancy: A multi-center case-control study. BMC Pregnancy and Childbirth, 15, 187. https://doi.org/10.1186/s12884-015-0613-1.
Medeiros, A. B., Miranda, H. d. O., & Souza, J. I. N. d. (2024). Tratamento conservador com metotrexato em gravidez ectópica cervical. Brazilian Journal of Health Review, 7(4), 01–08. https://doi.org/10.34119/bjhrv7n4-001
Ministério da Saúde. (Brasil). (n.d.). DATASUS – Departamento de Informática do SUS. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado em 9 de agosto de 2025, de http://datasus.saude.gov.br/.
Ministério da Saúde (Brasil). (2022). Manual de gestação de alto risco. Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gestacao_alto_risco.pdf
Ministério da Saúde (Brasil). (2025). DATASUS – Departamento de Informática do SUS. Ministério da Saúde. Recuperado de http://datasus.saude.gov.br/
Mullany, K., Minneci, M., Monjazeb, R., & Coiado, O. C. (2023). Overview of ectopic pregnancy diagnosis, management, and innovation. Women’s Health, 19, 17455057231160349. https://doi.org/10.1177/17455057231160349.
Mummert, T., & Gnugnoli, D. M. (2024). Ectopic pregnancy. StatPearls Publishing. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK539860/
Nascimento, E. G. S. et al. (2015). Algoritmo baseado em técnicas de agrupamento para detecção de anomalias em séries temporais. In: Shitsuka, R. & Shitsuka, D. M. (2015). Estudos e Práticas de Aprendizagem de Matemática e Finanças com Apoio de Modelagem. Editora Ciência Moderna, 2015, v. 1, p. 155-86.
Okunola, T. O., Ojo, O. J., Ayodele, O. A., Adeoye, I. A., & Olawepo, A. O. (2020). Sociodemographic factors and risk behaviors associated with ectopic pregnancy in Nigerian women: a case-control study. BMC Women's Health, 20(1), 48. https://doi.org/10.1186/s12905-020-00915-7
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Editora UAB/NTE/UFSM.
Po, L., Thomas, J., Mills, K., Zakhari, A., Tulandi, T., Shuman, M., & Page, A. (2021). Guideline No. 414: Management of Pregnancy of Unknown Location and Tubal and Nontubal Ectopic Pregnancies. Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada, 43(5), 614–630.e1. https://doi.org/10.1016/j.jogc.2021.01.002
Santos, V. S. V., & Souza, G. S. (2021). A incidência de uma gravidez ectópica e sua relação com o quadro de infertilidade / The incidence of an ectopic pregnancy and its relationship with infertility. Brazilian Journal of Health Review, 4(3), 9669–9676. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n3-006.
Silva, A. A., Santos, H. P., Jr., Escosteguy, C. C., Oliveira, N. F., Melo, L. B., & Almeida, M. F. (2024). Mortalidade materna no Brasil: análise das disparidades raciais e fatores associados. Revista de Saúde Pública, 58, 25. https://doi.org/10.11606/s1518-8787.2024058005450.
Silva, J. M., Oliveira, A. M., Santos, R. L., Pereira, C. D., & Souza, F. N. (2023). Etiologia e fatores de risco associados à gravidez ectópica: uma revisão integrativa. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 7(6), 1–10. https://doi.org/10.32742/recima21.v7i6.4632
Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. (2ed). Editora Érica.
Tintori, J. A., et al. (2022). Epidemiologia da morte materna e o desafio da qualificação da assistência. Acta Paulista de Enfermagem, 35, eAPE00251. https://doi.org/10.37689/acta-ape/2022AO00251.
Vadakekut, E. S., & Gnugnoli, D. M. (2025). Ectopic pregnancy. In StatPearls. StatPearls Publishing. Recuperado em 10 de agosto de 2025, de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK539860/.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Tárcis Andriara Pereira Araújo, Samuel Pedro Pereira Silveira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
