Uso exacerbado de chás como adjuvantes medicinais entre alunos da área da saúde de uma Universidade no Paraná
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i8.49432Palavras-chave:
Chás Medicinais, Fitoterapia, Ervas Medicinais, Plantas Medicinais.Resumo
Introdução: Os chás fazem parte de diversas culturas ao redor do mundo, essa prática é apresentada na sociedade há milhares de anos. Ainda nos dias atuais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso de plantas medicinais ou seus preparados para os cuidados básicos de saúde são comumente utilizados. Da mesma maneira, estudos evidenciam a necessidade do conhecimento básico sobre nível de toxicidade, forma correta de preparo e recomendações advindas de profissionais e não de pessoas próximas, como a maioria dos consumidores realizam ao julgarem os chás como inofensivos, por serem encontrados de forma natural. Objetivo: Avaliar a prevalência do consumo de chás entre os discentes da área da saúde da Universidade Paranaense, no campus de Cascavel. Metodologia: A pesquisa avaliou a incidência do consumo de chás na Universidade Paranaense, através de estudo quantitativo, por meio de questionário eletrônico. Resultados: Dos 368 participantes, 63,3% já consumiram chás com finalidades terapêuticas, principalmente Camomila (86,4%), Erva-doce (63,8%) e Erva-cidreira (61,4%). O principal motivo do uso de chás é para aliviar sintomas de ansiedade/estresse (51,9%) e melhora da digestão (48,9%). Os principais efeitos adversos relatados foram náusea e poliúria. Mais da metade dos participantes nunca receberam orientação profissional sobre o uso de chás medicinais e realizam o consumo por conta própria. Conclusão: Grande parte da população do estudo consome chás como opção terapêutica, mas sem indicação e recomendação de profissionais habilitados, onde na maioria dos casos não se é esclarecido sobre os efeitos adversos e suas devidas prescrições.
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