Prevalência e fatores associados ao uso abusivo de álcool entre médicos e estudantes de Medicina e suas consequências na prática clínica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49459

Palavras-chave:

Profissionais de Saúde, Segurança do Paciente., Transtornos relacionados ao uso de álcool

Resumo

O consumo abusivo de álcool é um problema relevante na área da saúde, afetando médicos e estudantes de medicina, com impactos na prática clínica e na segurança do paciente. Este estudo objetiva analisar a prevalência do uso abusivo de álcool entre esses profissionais, identificar fatores associados e discutir suas consequências. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com levantamento de artigos em bases como SciELO, LILACS and MEDLINE, publicados entre 2000 e 2024. Os resultados evidenciam que médicos e estudantes de medicina apresentam altas taxas de consumo de álcool, frequentemente relacionadas ao estresse ocupacional, jornadas extenuantes e acesso facilitado a substâncias psicoativas. Além disso, há maior prevalência entre homens e profissionais de especialidades como anestesiologia e cirurgia. O uso abusivo de álcool compromete a qualidade assistencial, aumenta os riscos de erros médicos e afeta a saúde mental dos profissionais. Conclui-se que medidas preventivas e suporte institucional são essenciais para mitigar esses impactos, garantindo a segurança do paciente e a saúde dos médicos e estudantes.

Referências

Alves, H. N. P., Laranjeira, R., & Nogueira-Martins, L. A. (2007). Uma experiência pioneira no Brasil: A criação de uma rede de apoio aos médicos dependentes de álcool e drogas. Um relatório preliminar. Revista Brasileira de Psiquiatria, 29(1), 47–50.

Alves, H. N. P., Vieira, D. L., & Laranjeira, R. (2012). Perfil clínico e demográfico de anestesiologistas usuários de álcool e outras drogas atendidos em um serviço pioneiro no Brasil. Revista Brasileira de Anestesiologia, 62(3), 356–369. https://doi.org/10.1590/S0034-70942012000300008.

Alves, H. N. P., Vieira, D. L., & Laranjeira, R. (2005). Perfil clínico e demográfico de médicos com dependência química. Revista Brasileira de Psiquiatria, 27(1), 8–14.

Barreiro, M. R., Fernández, R., & López, G. (2001). Consumo de substancias psicoactivas: Estudio comparativo entre anestesiólogos e internistas en Uruguay. Revista Médica del Uruguay, 17(3), 145–152.

Brasil. Ministério da Saúde. (2024). Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS): internações hospitalares por transtornos mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool, 2013-2022. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def.

BRASIL. Ministério da saúde. (2003). Política do Ministério da Saúde para a atenção integral a usuários de álcool e outras drogas. Brasília: Ministério da saúde.

Fachini, A., & Furtado, E. F. (2012). Diferenças de gênero sobre expectativas do uso de álcool. Archives of Clinical Psychiatry (são Paulo), 39(2), 68–73. https://doi.org/10.1590/S0101-60832012000200005.

Gracino, M. E., Zitta, A.L.L., Mangili, O.C., & Massuda, E.M. (2016). saúde física e mental do profissional médico: uma revisão sistemática. Saúde em Debate [online]. 40 (110), 244-263. https://doi.org/10.1590/0103-1104201611019. ISSN 2358-2898. https://doi.org/10.1590/0103-1104201611019.

Gossop, M., Stephens S., Stewart D., Marshall J., Bearn J., Strang J. (2001). Health care professionals referred for treatment of alcohol and drug problems. Alcohol & Alcoholism, 36 (2), 160–164.

Junior E. G., Feijó M. R., Cunha E. V., Correa B. J., & Gouveia P. A E. S. (2013). Exigências familiares e do trabalho: um equilíbrio necessário para a saúde de trabalhadores e organizações. Pensando fam., 17 (1), 110-122.

Kenton, L., García, M., & López, A. (2019). Consumo de alcohol en estudiantes de Licenciatura de Medicina UNIBE Costa Rica. Medicina y Sociedad, 34(2), 25–32.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: Método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto - Enfermagem, 17(4), 758–764. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018.

Nascimento, M. I., Costa, J. S., & Andrade, C. A. F. (2022). Prevalence of binge drinking among medical students in Brazil: A systematic review and meta-analysis. Revista Brasileira de Educação Médica, 46(1), e035. https://doi.org/10.1590/1981-5271v46.1-20210440.ING

Nasui, B. A., Popa, M., & Popescu, C. A. (2021). Alcohol consumption among medical students: A cross-sectional study in Romania. Journal of Medicine and Life, 14(3), 325–333. https://doi.org/10.25122/jml-2021-0028.

Olinda, A. G., Martins, F. R., Silva, E. M., Olinda, A. R. G., Assis, J. T., Villas Boas, G. R., & Oesterreich, S. A. (2017). Alcoolismo em profissionais de saúde: uma revisão sistemática. Revista Saúde e Sociedade, 26(2), 34–47. Recuperado de https://revista.saude.sc.gov.br/index.php/files/article/view/191.

Organización Panamericana de la Salud. (2008) Alcohol y atención primaria de la salud. Informaciones clínicas básicas para la identificación y el manejo de riesgos y problemas. Washington: OPS.

Parente, J. S., Silva, A. G., & Lima, A. F. (2017). Uso de álcool entre estudantes de medicina: Um possível risco para futuros médicos? Revista Brasileira de Educação Médica, 41(2), 252–261.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Editora da UAB/NTE/UFSM

Pereira-Lima, K., Loureiro, S. R., & Crippa, J. A. S. (2016). Mental health in medical residents: Relationship with personal, work-related, and sociodemographic variables. Revista Brasileira de Psiquiatria, 38(4), 318–324.

Santos, C. M. C., Pimenta, C. A. M., & Nobre, M. R. C. (2007). A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 15(3), 508–511. https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023.

Silva, T. S., Christino, J. M. M., Moura, L. R. C., Morais, & V. H. F. (2019). Gênero e consumo de álcool entre jovens: avaliação e validação do Inventário de Conformidade com Normas Masculinas. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 24 (9), 3495-3506.

https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.23952017 . ISSN 1678-4561. https://doi.org/10.1590/1413-81232018249.23952017.

Sinclair, J., Vaccari, E., Tiwari, A., Saville, F., Ainsworth, B., & Woods-Townsend, K. (2019). Impact of personal alcohol consumption on aspects of medical student alcohol-related competencies. Alcohol and Alcoholism, 54(3), 325–330. https://doi.org/10.1093/alcalc/agz011.

Souza, M. T., Silva, M. D., & Carvalho, R. (2010). Integrative review: What is it? How to do it? Einstein, 8(1), 102–106. http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/1134-Einsteinv8n1p102-106.pdf.

Unrath, M., Müller, R., & Angerer, P. (2012). Identification of possible risk factors for alcohol use disorders among general practitioners in Rhineland-Palatinate, Germany. Alcohol and Alcoholism, 47(5), 507–512.

Downloads

Publicado

2025-09-02

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Prevalência e fatores associados ao uso abusivo de álcool entre médicos e estudantes de Medicina e suas consequências na prática clínica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 9, p. e0114949459, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i9.49459. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/49459. Acesso em: 5 dez. 2025.