Entre a escassez e a necessidade: Disponibilidade e uso de antibióticos no Sistema Único de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49465Palavras-chave:
Antibióticos, Resistência bacteriana, Atenção primária, Farmácia básica, Políticas públicas.Resumo
O objetivo geral desta pesquisa é analisar os impactos da disponibilidade limitada de antibióticos na atenção primária à saúde. Os objetivos específicos incluem identificar os principais antibióticos utilizados nesse nível de atenção, avaliar as consequências clínicas da indisponibilidade desses medicamentos e propor estratégias para otimizar seu acesso e uso. O presente estudo aborda os impactos da disponibilidade limitada de antibióticos nas farmácias básicas, especialmente na atenção primária à saúde, onde infecções respiratórias, urinárias e de pele são prevalentes. Com base em uma revisão bibliográfica, analisa os efeitos dessa restrição no manejo clínico e no agravamento de condições de saúde, destacando a importância de políticas públicas como a Lista de Medicamentos Essenciais da OMS e o RENAME. Os resultados sugerem que a integração dessas políticas, associada à otimização da logística de distribuição e ao uso racional de medicamentos, pode mitigar os problemas identificados. Conclui-se que a ampliação do acesso a antibióticos é essencial para reduzir desigualdades em saúde e fortalecer a atenção primária, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população e para o combate à resistência bacteriana.
Referências
Al-Kobaisi, M. F., et al. (2007). Jawetz, Melnick & Adelberg’s Medical Microbiology 24th Edition. Sultan Qaboos University Medical Journal, 7(3), 273–275. https://doi.org/10.18295/2075-0528.2682
Ambrose, P. G., et al. (2017). β-Lactamase inhibitors: What you really need to know. Current Opinion in Pharmacology, 36, 86–93. https://doi.org/10.1016/j.coph.2017.09.001
Andersson, M. I. (2003). Development of the quinolones. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, 51(90001), 1–11. https://doi.org/10.1093/jac/dkg212
Bartlett, J. G., et al. (2000). Practice guidelines for the management of community-acquired pneumonia in adults. Clinical Infectious Diseases, 31(2), 347–382. https://doi.org/10.1086/313954
Bell, B. G., et al. (2014). A systematic review and meta-analysis of the effects of antibiotic consumption on antibiotic resistance. BMC Infectious Diseases, 14(1), 1–2. https://doi.org/10.1186/1471-2334-14-13
Betran, A., et al. (2020). Resistencia antibiótica de Escherichia coli en infecciones urinarias nosocomiales y adquiridas en la comunidad del Sector Sanitario de Huesca 2016–2018. Rev Clin Med Fam, 13(3), 198–202.
http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1699-695X2020000300198&lng=es
Brasil. Ministério da Saúde. (2017). Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde.
Brook, I., et al. (2009). The role of beta-lactamase-producing-bacteria in mixed infections. BMC Infectious Diseases, 9(1), 1–117. https://doi.org/10.1186/1471-2334-9-202
Carroll, K. C. (2019). Jawetz Melnick & Adelbergs Medical Microbiology (28th ed.). McGraw-Hill Education.
Chey, W. D., et al. (2017). ACG Clinical Guideline: Treatment of Helicobacter pylori infection. American Journal of Gastroenterology, 112(2), 212–239. https://doi.org/10.1038/ajg.2016.563
DeLucia, R. (2010). Capítulo 48: Fármacos usados no tratamento de doenças do aparelho digestório. In R. DeLucia (Org.), Farmacologia integrada (p. 616). Atheneu.
Drlica, K., et al. (1997). DNA gyrase, topoisomerase IV, and the 4-quinolones. Microbiology and Molecular Biology Reviews, 61(3), 377–392. https://doi.org/10.1128/mmbr.61.3.377-392.1997
Edwards, L., & Lynch, P. J. (2020). Manual e Atlas de Dermatologia Genital. Thieme Revinter.
Fernandez, J. (n.d.). Reações anafiláticas. MSD Manual.
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/doen%C3%A7as-imunol%C3%B3gicas/rea%C3%A7%C3%B5es-al%C3%A9rgicas
Gupta, K., Hooton, T. M., Naber, K. G., Wullt, B., Colgan, R., Miller, L. G., Moran, G. J., Nicolle, L. E., Raz, R., & Schaeffer, A. J. (2011). International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: A 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clinical Infectious Diseases, 52(5), 103–120. https://doi.org/10.1093/cid/ciq257
Heilberg, I. P., & Schor, N. (2003). Abordagem diagnóstica e terapêutica na infecção do trato urinário: ITU. Revista da Associação Médica Brasileira, 49(1), 109–116. https://doi.org/10.1590/s0104-42302003000100043
Hooper, D. C., et al. (2000). Mechanisms of action and resistance of older and newer fluoroquinolones. Clinical Infectious Diseases, 31(2), 24–28. https://doi.org/10.1086/314056
Huttner, A., et al. (2015). Nitrofurantoin revisited: a systematic review and meta-analysis of controlled trials. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, 70(9), 2456–2464. https://doi.org/10.1093/jac/dkv147
Huttner, A., et al. (2020). Oral amoxicillin and amoxicillin–clavulanic acid: properties, indications and usage. Clinical Microbiology and Infection, 26(7), 871–879. https://doi.org/10.1016/j.cmi.2019.11.028
Khaliq, Y., et al. (2003). Fluoroquinolone-associated tendinopathy: A critical review of the literature. Clinical Infectious Diseases, 36(11), 1404–1410. https://doi.org/10.1086/375078
Laxminarayan, R., et al. (2016). Access to effective antimicrobials: A worldwide challenge. The Lancet, 387(10014), 168–175. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(15)00474-2
Levinson, W. (2016). Microbiologia médica e imunologia. McGraw Hill Brasil.
Lima, G. S., et al. (2024). Manejo de infecções do trato urinário na atenção primária. Arquivos Catarinenses de Medicina, 53(1), 74–85. https://doi.org/10.63845/nkbvb187
Löfmark, S., et al. (2010). Metronidazole is still the drug of choice for treatment of anaerobic infections. Clinical Infectious Diseases, 50(1), 16–23. https://doi.org/10.1086/647939
Pacheco, A. J., et al. (1970). Utilização de antimicrobianos para o tratamento de infecções respiratórias em crianças. Revista Ciências em Saúde, 1(3), 51–58. https://doi.org/10.21876/rcsfmit.v1i3.58
Padoveze, M. C., & Figueiredo, R. M. de. (2014). The role of primary care in the prevention and control of healthcare associated infections. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 48(6), 1137–1144.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Editora da UFSM.
Sanar, R. (n.d.). Resumo de antibioticoterapia: Penicilinas e carbapenêmicos. SanarMed. https://sanarmed.com/resumo-de-antibioticoterapia-penicilinas-e-carbapenemicos-yellowbook/
Thompson, W., et al. (2021). Tackling antibiotic resistance: Why dentistry matters. International Dental Journal, 71(6), 450–453. https://doi.org/10.1016/j.identj.2020.12.023
Tortora, G. J., et al. (2024). Microbiologia (14th ed.). Artmed.
Vanderah, T. W. (2023). Katzung’s Basic and Clinical Pharmacology (16th ed.). McGraw-Hill Education / Medical.
Vidal, H. E. S. (2015). Agentes etiológicos de infecções urinárias em ambulatório (Dissertação de Mestrado). Universidade de Aveiro, Portugal.
Workowski, K. A., et al. (2021). Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR. Recommendations and Reports, 70(4), 1–187. https://doi.org/10.15585/mmwr.rr7004a1
World Health Organization (WHO). (2017). WHO Model List of Essential Medicines: 20th list. Geneva: WHO.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Andressa Pontello, Ênio Alves Coimbra, José Ignacio Aiquel Bellolio, Gabriela dos Anjos, Maria Carolina Graeff Obrzut, Pedro Antônio de Miranda Santos, Ana Julia Guinta

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
