Tendências temporais da mortalidade por gravidez molar no Brasil (1996–2023)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49487Palavras-chave:
Gravidez Molar, Mola Hidatiforme, Análise de Dados Socio Demográficos, Perfil Epidemiológico.Resumo
Introdução: A gravidez por mola hidatiforme é uma complicação relativamente incomum da gravidez, porém, com potencial risco para evolução de formas que necessitam de tratamento sistêmico, podendo ser devastador e até mesmo letal. Sob a denominação de mola hidatiforme há duas entidades histopatológicas e clínicas: a mola parcial e a completa. As diferenças entre estas duas formas são importantes, devido ao risco de evolução para formas persistentes. Objetivo: O objetivo deste estudo é analisar os dados dos perfis socio epidemiológicos de casos de gravidez molar registrados no Brasil entre os anos 1996 a maio de 2023, contribuindo para a redução da mortalidade materna através da identificação de grupos de risco. Metodologia: Estudo ecológico, de séries temporais e abordagem quantitativa, baseado em dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do datasus. Resultados: O Brasil registrou 144 óbitos maternos por MH, com uma média anual de 5,14 casos, o que mostra, que se trata de uma patologia rara. Em 2010, houve um pico significativo de mortes (n= 11), comparado aos outros anos e com a média anual de 5,14 casos. A análise revela que a maioria das mulheres vítimas de MH tinham entre 20 a 29 anos (n= 59; 40,97%), seguidas por aquelas de 30 a 39 anos (n=31; 21,53%), sendo predominantemente as mulheres as mulheres pardas (n= 55; 38,19%) e brancas (N= 48; 33,33%), solteiras (n= 76; 52,78%) e com escolaridade ignorado (n= 41; 28,47%), seguido de 4 a 7 anos de estudo (n= 38; 26,39%).
Referências
Al-Hassan, M., & Al-Hassan, A. (2023). Molar pregnancy: A case report and review of literature. Cureus, 15(8), e43640. doi:10.7759/cureus.43640
Andrade, J. M. (s.d.). A gravidez molar ou mola hidatiforme. scielo.br. Recuperado em 25 de agosto de 2025, de https://www.scielo.br/j/rbgo/a/TMVGM4TNZJYxSWZ6FqZFBsQ/
Boulos, J., & Boulos, J. (2024). The importance of human chorionic gonadotropin surveillance in the management of molar pregnancies. Journal of Medical Case Reports, 18(1), 321. doi:10.1186/s13256-024-04533-5
Braga, A., Andrade, T., do Carmo Borges de Souza, M., Campos, V., Freitas, F., Maestá, I., Sun, S. Y., et al. (2023). Presentation, medical complications and development of gestational trophoblastic neoplasia of hydatidiform mole after intracytoplasmic sperm injection as compared to hydatidiform mole after spontaneous conception: a retrospective cohort study and literature review. Gynecologic Oncology, 170, 179–185. https://doi.org/10.1016/j.ygyno.2023.01.016 PMC
Braga, A., Chagas, M., Asrani, M., Soares, J. P., Sun, S. Y., Araujo Júnior, E., Mattar, R., Amim Junior, J., Rezende-Filho, J., Horowitz, N. S., & Berkowitz, R. S. (2025). Diagnosis and surgical treatment of hydatidiform mole. Diagnostics, 15(16), 2068. https://doi.org/10.3390/diagnostics15162068
Cavalari, C. A. A., Mehrtash, H., Brizuela, V., Baguiya, A., Adu-Bonsaffoh, K., Cecatti, J. G., ... & Leão, L. H. (2024). Ectopic and molar pregnancies in Brazil: A secondary analysis of the WHO multi-country survey on abortion. BMJ Open, 14(10), e086723. https://doi.org/10.1136/bmjopen-2024-086723
Chong, H., & Lee, J. (2023). Recurrent partial hydatidiform mole: A case report of seven consecutive molar pregnancies. International Journal of Women's Health, 15, 1481–1487. doi:10.2147/IJWH.S421386
Cue, L. (s.d.). Molar pregnancy. In StatPearls. National Center for Biotechnology Information. Recuperado em 25 de agosto de 2025, de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK459155/
Gestational Trophoblastic Neoplasia Guidelines: Guidelines summary. (2024, August 21). eMedicine/Medscape. https://emedicine.medscape.com/article/279116-guidelines
Goldstein, J. L., Rattray, A. G. H., Moorman, A. M., Johnson, L. B., & Kim, K. B. (2021). Racial and ethnic disparities in the incidence and outcome of gestational trophoblastic disease in the United States. Gynecologic Oncology Reports, 38, 100889. https://doi.org/10.1016/j.gore.2021.100889
Goldstein, D. P., & Berkowitz, R. S. (2021). The management of molar pregnancy. Journal of Clinical Medicine, 10(15), 3326. doi:10.3390/jcm10153326
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2017. Rio de Janeiro: Autor. Recuperado em 9 de agosto de 2025, de https://www.ibge.gov.br.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (2019). Censo agropecuário 2017: resultados definitivos. IBGE. Recuperado de https://conjugador.reverso.net/conjugacion-espanol-verbo-especificar.html
Mangili, G., Cioffi, R., Bergamini, A., Sabetta, G., Vasta, F., Candotti, G., Rabaiotti, E., Petrone, M., Taccagni, G., Bocciolone, L., & Candiani, M. (2021). Gestational trophoblastic disease: an update on pathology, diagnosis and state-of-the-art management. Journal of Obstetrics and Gynaecology, 33(2), 90–101. https://doi.org/10.36129/jog.33.02.03 gynaecology-obstetrics-journal.com
Mola, M. (2025). Molar pregnancy: Early diagnosis, clinical management, and the role of referral centers. Journal of Personalized Medicine, 15(15), 1953.
Molar pregnancy: Early diagnosis, clinical management, and the role of referral centers. (2025). Diagnostics, 15(15), 1953. https://doi.org/10.3390/diagnostics15151953
Ministério da Saúde. (Brasil). (n.d.). DATASUS – Departamento de Informática do SUS. Brasília: Ministério da Saúde. Recuperado em 9 de agosto de 2025, de http://datasus.saude.gov.br/.
Nascimento, E. G. S. et al. (2015). Algoritmo baseado em técnicas de agrupamento para detecção de anomalias em séries temporais. In: Shitsuka, R. & Shitsuka, D. M. (2015). Estudos e Práticas de Aprendizagem de Matemática e Finanças com Apoio de Modelagem. Editora Ciência Moderna, 2015, v. 1, p. 155-86.
Ngan, H. Y. S., Seckl, M. J., Berkowitz, R. S., Xiang, Y., Golfier, F., Sekharan, P. K., Lurain, J. R., & Massuger, L. (2025). Diagnosis and management of gestational trophoblastic disease: 2025 update. International Journal of Gynecology & Obstetrics. Advance online publication. https://doi.org/10.1002/ijgo.15624
Ozer, M., Ozer, P. T., Karaca, I., Karaca, S., Ileri, A., & Budak, A. (2024). A comparison of the clinical features of molar pregnancy in adolescents and adults. Pakistan Journal of Medical Sciences, 40(5), 846-850. doi:10.12669/pjms.40.5.8383
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Seckl, M. J., Sebire, N. J., & Berkowitz, R. S. (2020). Gestational Trophoblastic Disease: A Clinician’s Guide to Diagnosis and Management. Obstetrics & Gynecology, 136(6), 1198-1215. https://doi.org/10.1097/AOG.0000000000004169
Sharma, V., & Sharma, S. (2021). Molar pregnancy: A clinical and pathological perspective. International Journal of Gynaecology and Obstetrics, 154(3), 541-546. doi:10.1002/ijgo.13840
Shitsuka, R. et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia. (2ed). Editora Érica.
Toma, L., Amazonas, A., Leal, M., & Ribeiro, C. (2023). Gestational trophoblastic disease in Brazil. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
Turocy, J. M., & Hinson, J. M. (2024). Molar pregnancy. In StatPearls. StatPearls Publishing
Update on the diagnosis and management of gestational trophoblastic disease. (2025). International Journal of Gynecology & Obstetrics. Advance online publication. https://doi.org/10.1002/ijgo.15615
Zeng, H., Guo, M., Su, X., Ma, Y., & Chen, M. (2022). Risk factors for the development of gestational trophoblastic neoplasia after molar pregnancy: A retrospective cohort study. Journal of Obstetrics and Gynaecology Research, 48(12), 3041-3047. doi:10.1111/jog.15424
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Tárcis Andriara Pereira Araújo, Samuel Pedro Pereira Silveira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
