Do uso tradicional à evidência científica: Potencial medicinal da planta amazônica Hura crepitans L
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49529Palavras-chave:
Fitoterapia, Farmacologia, Testes de Toxicidade, Revisão.Resumo
Este estudo tem como objetivo revisar criticamente a literatura científica sobre o uso medicinal de Hura crepitans L. (assacu), com foco em sua composição fitoquímica, atividades farmacológicas e toxicidade. Foi realizada uma revisão narrativa nas bases PubMed, Scopus e LILACS, incluindo 17 estudos que atenderam aos critérios de inclusão. As partes da planta — especialmente o látex, as sementes e a casca — contêm metabólitos bioativos, como flavonoides, taninos, diterpenos do tipo daphnane, lectinas e proteínas inativadoras de ribossomos, associados a atividades antioxidante, anti-inflamatória, antitumoral, antimicrobiana, antidiabética e antiparasitária. Estudos in vitro e in vivo demonstraram citotoxicidade seletiva contra células tumorais, regulação glicêmica e inibição do crescimento de Plasmodium falciparum. Entretanto, os mesmos compostos responsáveis pela bioatividade também contribuem para a toxicidade, como observado em casos de intoxicação relacionada ao látex. Apesar do uso tradicional bem estabelecido, ainda persistem lacunas quanto à segurança em humanos, mecanismos de ação e avaliação clínica. H. crepitans demonstra expressivo potencial terapêutico, ressaltando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar que integre o conhecimento tradicional e a ciência moderna para um uso seguro e eficaz.
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