Síndrome de Twiddler: Uma complicação rara que devemos pensar como diagnóstico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49813

Palavras-chave:

Síndrome de Twiddler, Marca-passo, Anormalidades cardiovasculares.

Resumo

Introdução: A Síndrome de Twiddler é descrita como a alteração de posicionamento do dispositivo cardíaco implantável (DCI), decorrente de uma rotação/torção do dispositivo, podendo ter retração dos eletrodos. Objetivo: Descrever uma complicação rara relacionada ao DCI e comparar a condução de dois casos. Metodologia: Estudo retrospectivo com caráter descritivo, observacional e analítico de relatos de casos múltiplos. Resultados: Ambos pacientes deram entrada nos serviços, após um mês da implantação do marcapasso definitivo, evidenciado ao eletrocardiograma (ECG) bloqueio atrioventricular total e mau funcionamento do dispositivo, além da radiografia de tórax, constar torção do dispositivo e deslocamento dos eletrodos. Paciente 1: masculino, 90 anos, dispneico, com espasmos musculares no membro superior esquerdo, relacionados a contração do músculo peitoral maior, sinais vitais estáveis, ao ECG undersensing atrial e perda de captura. Paciente 2: feminino, 87 anos, com quadro de prostração e adinamia, baixos níveis pressóricos, sem outras queixas. Conclusão: A Síndrome de Twiddler, pode ser a causa do mau funcionamento do DCI em pacientes pós-implante do marcapasso, apesar de rara, com o aumento anual de implantações de DCI, a tendência é que o número de pacientes com essa síndrome aumente. A radiografia de tórax e o ECG, são essenciais para o diagnóstico e condução do quadro, com possível reabordagem cirúrgica para realocação do CDI. Existe a necessidade de o cardiologista clínico, conhecer e ter a síndrome como diagnóstico diferencial dentro dos pacientes com DCI, considerando o exame de escolha para diagnóstico, de baixo custo e rápido laudo, para eficaz condução dos quadros.

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Publicado

2025-10-21

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Síndrome de Twiddler: Uma complicação rara que devemos pensar como diagnóstico. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 10, p. e129141049813, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i10.49813. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/49813. Acesso em: 21 dez. 2025.