Liquerologia: Uma ferramenta no diagnóstico de esclerose múltipla e outras doenças neurodegenerativas e desmielinizantes
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i12.49815Palavras-chave:
Doenças desmielinizantes, Líquido cefalorraquidiano, Esclerose múltipla, Bandas oligoclonais.Resumo
As doenças neurodegenerativas se destacam pelo surgimento insidioso e pelos fortes agravos que promovem em seu intercurso, gerando muitas incapacitações e até mesmo o óbito dos seus portadores. Esse estudo teve como objetivo avaliar a aplicação das análises laboratoriais do líquor no diagnóstico e prognóstico da esclerose múltipla e outras doenças desmielinizantes. Essa pesquisa trata-se de uma revisão narrativa da literatura, que buscou em bases de dados como SciElO (Scientific Electronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Google Acadêmico e PubMed artigos acadêmicos atuais que lastreassem esse estudo. Os estudos foram unanimes em demonstrar a importância da análise do líquor no diagnóstico de doenças neurodegenerativas como a esclerose múltipla, principalmente na avaliação de síntese intratecal de albumina e aplicação do diagrama de Reiber para distinguir se a elevação de imunoglobulinas é fruto de difusão passiva por lesão de barreira hematoencefálica ou se é decorrente de síntese intratecal como é característico da esclerose múltipla. Os avanços tecnológicos e científicos na análise liquórica permitem que a mesma seja uma ferramenta central no diagnóstico e prognóstico de doenças neurodegenerativas como a esclerose múltipla.
Referências
Barros, C., Alberro, A., & Fernandes, A. (2024). Microglia and immune cells interactions in multiple sclerosis cognitive impairment: a postmortem study. Journal of Neuroinflammation, 21, Artigo 332.
Coutinho-Costa, V. G., et al. (2023). Central nervous system demyelinating diseases: glial cells, autoimmunity, and etiopathogenesis. Frontiers in Immunology, 14.
Domingues, R. B., et al. (2024). Concordância entre bandas oligoclonais e o índice Kappa na avaliação da síntese intratecal de imunoglobulina G em pacientes com suspeita de esclerose múltipla. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 82(4), 307–314.
Domingues, R. B., et al. (2020). Quantitative and qualitative evaluation of IgG synthesis in cerebrospinal fluid of patients with multiple sclerosis. Journal of Neuroimmunology, 346, 577321. https://doi.org/10.1016/j.jneuroim.2020.577321
Gebka-Kępińska, B., et al. (2024). Cytokine profiling in cerebrospinal fluid of patients with relapsing-remitting multiple sclerosis. Journal of Neuroimmunology.
Gottle, P., Groh, J., Reiche, L., Gruchot, J., Rychlik, N., Werner, L., ... Küry, P. (2023). Teriflunomide as a therapeutic means for myelin repair. Journal of Neuroinflammation, 20, 7.
Gottlieb, A., Pham, H. P. T., Saltarrelli, J. G., & Lindsey, J. W. (2024). Expanded T lymphocytes in the cerebrospinal fluid of multiple sclerosis patients are specific for Epstein-Barr-virus-infected B cells. Proceedings of the National Academy of Sciences, 121(3), e2315857121.
Hosny, H. S., et al. (2023). Predictors of severity and outcome of multiple sclerosis relapses. BMC Neurology, 23(1), 1–9.
Johansson, E., et al. (2025). Impact of lifestyle factors post-infectious mononucleosis on multiple sclerosis risk. European Journal of Epidemiology, 40(3), 339–346. https://doi.org/10.1007/s10654-025-01212-1
Khinowska-Łyszczarz, A., Guo, Y., & Lucchinetti, C. F. (2025). Update on pathology of central nervous system inflammatory demyelinating diseases. Neurology.
Kaya, İ. İ., et al. (2025). The effect of demographic features and environmental risk factors on the clinical course in patients with multiple sclerosis. Turkish Journal of Neurology, 31(2), 118–127. https://doi.org/10.55697/tnd.2025.211
Khalil, M., & Zetterberg, H. (2025). Novel cerebrospinal fluid biomarkers in multiple sclerosis and related disorders. Nature Reviews Neurology, 21.
Klineova, S., & Lublin, F. D. (2019). Clinical course of multiple sclerosis. Current Opinion in Neurology, 31(3), 239–245.
Liu, L., Guo, K., & Yang, D. (2025). Advances in biomarkers for optic neuritis and neuromyelitis optica spectrum disorders: a multi-omics perspective. Frontiers in Neurology, 16, 1559172.
Liu, Y., Wang, H., & Zhang, Q. (2024). Clinical utility of cerebrospinal fluid analysis in inflammatory demyelinating diseases of the CNS. Journal of Neurology, 271(7), 3350–3362.
Mercer, O., Quilichini, P. P., Magalon, K., Gil, F., Ghestem, A., Richard, F., Boudier, T., Cayre, M., & Durbec, P. (2023). Transient demyelination causes long-term cognitive impairment, myelin alteration and network synchrony defects. Nature Communications, 14(1), 1–15. https://doi.org/10.1038/s41467-023-40251-3
Multz, R. A., Jamshidi, P., & Ahrendsen, J. T. (2025). Multiple sclerosis: a practical review for pathologists. Journal of Pathology and Translational Medicine, 59(4), 203–213.
Padrón-González, A. J., et al. (2019). Empleo del Reibergrama en manifestaciones neurológicas. Revista Cubana de Medicina, 56(5), 1–7.
Qin, D., Li, D., & Guo, S. (2023). Ferroptosis and central nervous system demyelinating diseases. Journal of Neurochemistry, 165(6), 759–771.
Ramo-Tello, C., Tintoré, M., Rovira, A., et al. (2021). Recommendations for the diagnosis and treatment of multiple sclerosis relapses. Multiple Sclerosis Journal, 27(1), 3–13.
Rabaneda-Lombarte, N., Teniente-Serra, A., Massuet-Vilamajó, A., Ramo-Tello, C., & Presas-Rodríguez, S. (2024). Case report: Tumefactive demyelinating lesions after the second cycle of alemtuzumab in multiple sclerosis; immune cell profile and biomarkers. Frontiers in Immunology.
Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática x revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem. 20(2), 5-6.
Salzer, J., et al. (2024). Cerebrospinal fluid markers in demyelinating diseases: from diagnosis to prognosis. Frontiers in Immunology, 15.
Snyder, H. (2019). Literature Review as a Research Methodology: An Overview and Guidelines. Journal of Business Research, 104, 333-339. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.07.039.
Pereira, A. S. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Pontieri, L., et al. (2024). Patterns and predictors of multiple sclerosis phenotype transition. Brain Communications, 6(6), Artigo fcae422.
Van de Burgt, N. A., et al. (2025). Autoantibodies against myelin oligodendrocyte glycoprotein in a subgroup of patients with psychotic symptoms. Frontiers in Neurology, 16, Artigo 1593042. https://doi.org/10.3389/fneur.2025.1593042
Wang, L. Y., et al. (2025). Emerging epidemiological trends of multiple sclerosis: From risk factors to prevention. Frontiers in Neurology, 16, Artigo 1616245.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Laura Maria de Araújo Pereira, Talyta Valeria Siqueira do Monte Guedes, Rafaell Batista Pereira, Davi Abrantes Lucena Messias, Marfran José Cunha Urtiga, Davi Rodrigues Vieira, Samuel da Costa Chaves Trindade Martins, José Guedes da Silva Júnior

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
