Automedicação entre universitários e sua influência em exames bioquímicos: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49906Palavras-chave:
Automedicação, Marcadores bioquímicos, Universitários, Erros no diagnóstico.Resumo
A automedicação consiste no uso de medicamentos sem prescrição ou orientação profissional adequada, prática comum entre universitários e que pode interferir em exames bioquímicos. O presente estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão integrativa da literatura, a prática da automedicação entre universitários e suas possíveis interferências em exames bioquímicos. A pesquisa foi realizada nas bases de dados BVS, SciELO, CAPES e NIH, utilizando descritores em português e inglês relacionados à automedicação, exames laboratoriais e saúde pública. Foram excluídos artigos duplicados, fora da temática ou que não atenderam aos critérios de inclusão. Dos 38 estudos encontrados, 12 atenderam aos critérios e foram selecionados para análise. Os resultados evidenciaram que os medicamentos mais utilizados pelos universitários foram analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Observou-se que o uso indiscriminado destes fármacos pode interferir em parâmetros bioquímicos, comprometendo a interpretação dos exames laboratoriais e mascarando condições clínicas. Conclui-se que a automedicação entre universitários tem se tornado uma prática cada vez mais frequente, impulsionada pela facilidade de acesso a medicamentos, pela autoconfiança no autodiagnóstico e pela falta de tempo para procurar atendimento médico.
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