Educação em saúde como ferramenta para redução de riscos ocupacionais em ambientes hospitalares
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.49968Palavras-chave:
Educação em saúde, Riscos ocupacionais, Ergonomia, Saúde mental, Tecnologia educativa.Resumo
A educação em saúde constitui um componente estratégico fundamental na prevenção de riscos ocupacionais em ambientes hospitalares, particularmente entre profissionais de enfermagem, que estão expostos diariamente a múltiplos fatores de risco físicos, cognitivos e psicossociais. Programas educativos estruturados têm se mostrado eficazes na mitigação desses riscos. Este estudo, tem como objetivo: subsidiar instituições de saúde na implementação de políticas e programas que fortaleçam o autocuidado profissional e preservem o bem-estar daqueles que sustentam a linha de frente do cuidado hospitalar. Estudos indicam que a combinação de abordagens teóricas, práticas e digitais promove maior eficácia na modificação de comportamentos de risco, fortalecendo o autocuidado e prevenindo complicações físicas e emocionais decorrentes da rotina hospitalar. Além disso, a integração de medidas voltadas à saúde mental, como prevenção do burnout, é essencial para mitigar a intensidade da dor ocupacional. A exaustão emocional, a despersonalização e a baixa realização profissional estão fortemente associadas ao aumento de dores crônicas, fadiga e redução da qualidade do cuidado. Exemplos práticos de aplicação incluem workshops de ergonomia em diferentes setores hospitalares, sessões de mindfulness adaptadas à carga horária do profissional, pausas programadas com exercícios de alongamento e plataformas digitais que registram o progresso individual e coletivos das equipes. Este estudo sintetiza evidências recentes sobre a eficácia de intervenções educativas estruturadas, enfatizando a necessidade de suporte institucional, avaliação contínua, personalização do conteúdo e integração de tecnologias móveis.
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