Concepções de Espiritualidade e Religiosidade entre jovens universitários do Curso de Medicina da PUC Goiás
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50201Palavras-chave:
Espiritualidade, Medicina, “Sem religião”.Resumo
O conceito de religião é debatido em diversas disciplinas, destacando-se duas visões principais: a essencialista, que vê a religião como uma realidade universal e imutável, e a construtivista, que a considera um fenômeno social e cultural. Isso enfatiza a necessidade de explorar a pluralidade das tradições religiosas e concepções de espiritualidade, especialmente no contexto dos jovens contemporâneos que demonstram uma crescente adesão ao pluralismo religioso e ao fenômeno "sem religião". O objetivo consiste em avaliar as concepções de espiritualidade entre estudantes de medicina da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), com idades entre 18 e 30 anos. Foi realizada uma pesquisa epidemiológica observacional, descritiva e analítica com 33 estudantes, utilizando um questionário aplicado presencialmente. A pesquisa revelou que 81,8% dos participantes possuem alguma religião, com o Catolicismo sendo a mais prevalente (45,5%). No entanto, 33% dos religiosos não frequentam instituições religiosas há mais de seis meses. Além disso, 12,1% dos estudantes se declaram "Sem Religião", e 27,3% exercem sua espiritualidade de formas não convencionais. Nota-se uma mudança significativa no perfil religioso tradicional entre os estudantes de medicina da PUC Goiás, com uma menor adesão ao vínculo institucional. Parte dos alunos se declaram "Sem Religião" e há diversidade nas formas de expressão espiritual e na vivência da espiritualidade, mas mantendo a identificação com a fé cristã de maneira mais pessoal e menos formal.
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