O silêncio dos números: Por que Goiás e Ceará apresentam padrões tão diferentes nas notificações de Hepatite
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i12.50225Palavras-chave:
Hepatites virais, Subnotificação, Vigilância epidemiológica, Séries históricas, DATASUS, Epidemiologia.Resumo
O presente artigo objetiva analisar a evolução temporal dos casos confirmados de hepatite em Goiás, na Região Central de Goiás e no Ceará, utilizando dados do TABNET DATASUS, a fim de identificar padrões de ocorrência e variações anuais. O estudo analisa a evolução dos casos confirmados nesses locais por meio de séries históricas, mostra períodos longos de notificações mínimas que não representam a circulação real dos vírus hepatotrópicos no país, identifica oscilações importantes e aumentos expressivos a partir de 2022, sugere maior sensibilidade dos sistemas de vigilância após a reorganização dos serviços de saúde e ampliação da testagem no pós pandemia. As diferenças regionais observadas evidenciam desigualdades na capacidade de detecção e registro, indicam subnotificação como eixo central para explicar o comportamento epidemiológico encontrado e apontam necessidade de fortalecer fluxos de notificação, qualificar profissionais e ampliar o acesso a exames para melhorar a vigilância e orientar ações de prevenção e controle das hepatites virais no Brasil.
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