Proliferação, migração e diferenciação osteogênica de células-tronco mesenquimais expostas a um nanocompósito de hidroxiapatita e goma gelana dopada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i12.50276Palavras-chave:
Células-tronco, Engenharia de tecidos, Terapia celular, Osteogênese.Resumo
A perda precoce de tecidos requer pesquisas que busquem inovação para o tratamento e a aceleração do processo regenerativo. As lesões no tecido ósseo causam prejuízos sociais e econômicos significativos e são foco de estudos que visam aprimorar o processo de regeneração. As células-tronco mesenquimais de medula óssea (BMSCs) são candidatas promissoras para esse tipo de aplicação. Neste estudo, foi utilizado um novo biomaterial composto de hidroxiapatita e goma de gelana dopada com íons cério. Esse compósito apresenta estruturas semelhantes às da goma arábica, já utilizada em outros estudos, e proporciona vantagens relevantes e significativas para aplicação na osteogênese. O objetivo deste trabalho foi avaliar a citotoxicidade do biomaterial e seus efeitos na proliferação, adesão, migração e diferenciação osteogênica de células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea. A regeneração óssea completa depende da presença de agentes osteoindutores, como células ou biomoléculas. Diversos biomateriais têm sido desenvolvidos e aplicados em modelos animais para acelerar esse processo, incluindo cimentos de fosfato de cálcio e biopolímeros. Um dos grandes avanços nesta área é o uso de biomateriais como suporte para integração, manutenção e diferenciação celular. As células que compõem os tecidos e órgãos estão inseridas em uma complexa rede molecular denominada matriz extracelular (ECM), cujas moléculas promovem vias de sinalização que direcionam o crescimento e a diferenciação celular.
Referências
Antonini, L. M., et al. (2019). Osteogenic differentiation of bone marrow-derived mesenchymal stem cells on anodized niobium surface. Journal of Materials
Science: Materials in Medicine, 30(9), 104.
Assis-Ribas, T., et al. (2018). Extracellular matrix dynamics during mesenchymal stem cells differentiation. Developmental Biology, 437(2), 63–74.
Atak, B. H., et al. (2017). Preparation and characterization of amine functional nano-hydroxyapatite/chitosan bionanocomposite for bone tissue engineering applications. Carbohydrate Polymers, 164, 200–213.
Ball, J. P., et al. (2015). Biocompatibility evaluation of porous ceria foams for orthopedic tissue engineering. Journal of Biomedical Materials Research Part A, 103(1), 8–15.
Chandrasekaran, S., et al. (2011). Microenvironment induced spheroid to sheeting transition of immortalized human keratinocytes (HaCaT) cultured in microbubbles formed in polydimethylsiloxane. Biomaterials, 32(29), 7159–7168.
Ciapetti, G., Granchi, D., & Baldini, N. (2012). The combined use of mesenchymal stromal cells and scaffolds for bone repair. Current Pharmaceutical
Design, 18(13), 1796–1820.
Fisher, J. N., Peretti, G. M., & Scotti, C. (2016). Stem cells for bone regeneration: From cell-based therapies to decellularised engineered extracellular matrices. Stem Cells International, 2016, 1–15.
Frost, H. M. (2001). Why should many skeletal scientists and clinicians learn the Utah paradigm of skeletal physiology? Journal of Musculoskeletal & Neuronal Interactions, 2(2), 121–130.
Hadavi, M., et al. (2017). Novel calcified gum Arabic porous nano-composite scaffold for bone tissue regeneration. Biochemical and Biophysical Research Communications, 488(4), 671–678.
Jamshidi, P., et al. (2016). Modification of gellan gum with nanocrystalline hydroxyapatite facilitates cell expansion and spontaneous osteogenesis. Biotechnology and Bioengineering, 113(7), 1568–1576.
Kaneps, A. J., Stover, S. M., & Lane, N. E. (1997). Changes in canine cortical and cancellous bone mechanical properties following immobilization and remobilization with exercise. Bone, 21(5), 419–423.
Khor, E., & Lim, L. Y. (2003a). Implantable applications of chitin and chitosan. Biomaterials, 24(13), 2339–2349.
Khor, E., & Lim, L. Y. (2003b). Implantable applications of chitin and chitosan. Biomaterials, 24(13), 2339–2349.
Kolios, G., & Moodley, Y. (2013). Introduction to stem cells and regenerative medicine. Respiration, 85(1), 3–10.
Kumar, A., et al. (2012). Cashew gum: A versatile hydrophyllic polymer: A review. Current Drug Therapy, 7(1), 2–12.
Langer, R., & Vacanti, J. P. (1993). Tissue engineering. Science, 260(5110), 920–926.
Lee, S.-J., et al. (2010). Enhancement of bone regeneration by gene delivery of BMP2/Runx2 bicistronic vector into adipose-derived stromal cells. Biomaterials, 31(21), 5652–5659.
Lu, X., et al. (2018). Influence of particle additions on corrosion and wear resistance of plasma electrolytic oxidation coatings on Mg alloy. Surface and Coatings Technology, 352, 1–14.
Markarian, C. F., et al. (2014). Isolation of adipose-derived stem cells: A comparison among different methods. Biotechnology Letters, 36(4), 693–702.
Matlock-Colangelo, L., & Baeumner, A. J. (2012). Recent progress in the design of nanofiber-based biosensing devices. Lab on a Chip, 12(15), 2612–2620.
Meirelles, L. da S., & Nardi, N. B. (2003). Murine marrow-derived mesenchymal stem cell: Isolation, in vitro expansion, and characterization. British Journal of Haematology, 123(4), 702–711.
Nardi, N. B. (2005). All the adult stem cells, where do they all come from? An external source for organ-specific stem cell pools. Medical Hypotheses, 64(4), 811–817.
Nguyen, A. T. M., Tran, H. L. B., & Pham, T. A. V. (2019). In vitro evaluation of proliferation and migration behaviour of human bone marrow-derived mesenchymal stem cells in presence of platelet-rich plasma. International Journal of Dentistry, 2019, 1–8.
Park, J.-H., et al. (2013). Microcarriers designed for cell culture and tissue engineering of bone. Tissue Engineering Part B: Reviews, 19(2), 172–190.
Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica [E-book]. Editora da UFSM.
Pires, A. L. R., Bierhalz, A. C. K., & Moraes, Â. M. (2015). Biomaterials: Types, applications, and market. Química Nova.
Portinho, D., Boin, V. G., & Bertolini, G. R. F. (2008). Efeitos sobre o tecido ósseo e cartilagem articular provocados pela imobilização e remobilização em ratos Wistar. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 14(5), 408–411.
Quelemes, P. V., et al. (2017). Quaternized cashew gum: An anti-staphylococcal and biocompatible cationic polymer for biotechnological applications. Carbohydrate Polymers, 157, 567–575.
Santos, V. B., et al. (2019). Development of composite scaffolds based on cerium doped-hydroxyapatite and natural gums—Biological and mechanical properties. Materials, 12(15), 2389.
Shitsuka, R., et al. (2014). Matemática fundamental para tecnologia (2nd ed.). Editora Érica.
Steward, A. J., & Kelly, D. J. (2015). Mechanical regulation of mesenchymal stem cell differentiation. Journal of Anatomy, 227(6), 717–731.
Verwer, K., Eberli, G. P., & Weger, R. J. (2011). Effect of pore structure on electrical resistivity in carbonates. AAPG Bulletin, 95(2), 175–190.
Vieira, S. (2021). Introdução à bioestatística. GEN/Guanabara Koogan.
Yamanaka, S. (2020). Pluripotent stem cell-based cell therapy—Promise and challenges. Cell Stem Cell, 27(4), 523–531.
Zheng, W., et al. (2013). High genome heterozygosity and endemic genetic recombination in the wheat stripe rust fungus. Nature Communications, 4(1), 2673.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Joselma Aparecida de Oliveira; Melissa Camassola

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
