Protocolo alternativo na utilização do estrógeno de curta duração no tratamento da incontinência urinária em cadela
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.6227Palavras-chave:
estriol, esfínter uretral, castraciónResumo
A incontinência urinária é uma alteração no armazenamento da urina que comumente acomete cadelas castradas. Em virtude da correlação hormonal entre a remoção das gônadas das fêmeas e a incompetência do mecanismo do esfíncter uretral, o tratamento com reposição de estrógeno pode reverter essa condição. Porém, o modo de uso desse hormônio em cadelas é protocolar dentro da posologia do produto. Já a resposta de cada cadela é individual e de acordo com a resposta clínica, variando em quantidade e tempo independente do peso ou porte. Por isso, o objetivo desse relato foi demonstrar uma dose e intervalo de tempo possível no tratamento da incontinência urinária em uma cadela castrada. Foi atendida uma cadela, fêmea, castrada, com aproximadamente 10 anos de idade, apresentando incontinência urinária, e estabilização do quadro clínico com 0,25mg/animal de estriol (Incurin®), a cada 72 horas, demonstrando que a instituição da terapêutica em alguns indivíduos pode diferir acentuadamente do recomendado em bula de 1mg/animal a cada 24 horas.
Referências
Angioletti, A., Francesco, I., Vergottini M., & Battocchio, M. L. (2004). Urinary Incontinence After Spaying in the Bitch: Incidence and Oestrogen-therapy. Veterinary Research Communication, 28(1), 153–155.
Bleser B., Brodbelt, D. C., Gregory, N. G., & Martinez, T. A. (2011). The association between acquired urinary sphincter mechanism incompetence in bitches and early spaying: a case-control study. Veterinary Journal, 187(1) 42‐47.
Byron, J. K., Taylor, K. H., Phillips, G. S., & Stahl, M. S. (2017). Urethral sphincter mechanism incompetence in 163 neutered female dogs: diagnosis, treatment, and relationship of weight and age at neuter to development of disease. Journal Veterinary Internal Medici, 31(2), 442-448.
Coit, A. V., Gibson, I. F., Evans, N. P., & Dowell, F. J. (2008). Neutering Affects Urinary Bladder Function by diferente mechanisms in male and female dog. European Journal of Pharmacology, 584(1), 153-158.
Forrester, S. D. Urinary incontinence. (2004). In: Ettinger, S.; Feldman, E. Textbook of veterinary internal medicine. St Louis: Elsevier, 09–114.
Gregory, S. P. (1994). Developments in the understanding of the pathophysiology of urethral sphincter mechanism in competence in the bitch. British. Veterinary Journal, 150(2), 135-150.
López, J. T. (2012). Distúrbios da micção. Manual de nefrologia e urologia clínica canina y felina. São Paulo: MedVet, ISBN: 978-85-62451-15-7.
Mandigers, P. J. J., & Nell, T. (2001). Treatment of bitches with acquired urinary incontinence with oestriol. Veterinary Record, 149(25), 764-767.
Nickel, R. F. (1998). Studies on the function of the urethra and bladder in continent and incontinent female dogs. Veterinary Quarterly, 20(1), 102-103.
Noel, S., Claeys, S. & Hamaide, A. (2010c). Acquired urinary incontinence in the bitch: update and perspectives from human medicine. Part 2: the urethral component, pathophysiology and medical treatment. Veterinary Journal, 186, 18-24.
Owen, L. J. (2019). Ureteral ectopia and urethral sphincter mechanism incompetence: an update on diagnosis and management options. Journal of Small Animal Practice, 60, 3–17
Ponglowhapan, S., Igreja, D. B., & Khalid, M. (2009). Expression of cyclooxygenase-2 in the canine lower urinary tract with regard to the effects of gonadal status and gender. Theriogenology, 71(8), 1276-1288.
Rawlings, I., Barsanti, J. A., Mahaffey, M. B., & Bement, S. (2001). Evaluation of colposuspension for treatment of incontinence in spayed female dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, 219(6), 770-775.
Reichler, I. M., Hubler, M., Jochle, W., Trigg. T. E., Piché, C. A. & Arnold, S. (2003). The effect of GnRH analogs on urinary incontinence after ablation of the ovaries in dogs. Theriogenology, 60(7), 1207-1216.
Reichler, I. M., Hung, E., Jochle, W., Piché, C. A., Roos, M., Hubler, M., & Arnold, S. (2005). FSH and LH plasma levels in bitches with differences in risk for urinary incontinence. Theriogenology, 63(8), 2164-2180.
Sontas, H. B., Dokuzeylu, B., Turna, O., & Ekici., H. (2009). Estrogen-induced myelotoxicity in dogs: A review. The Canadian Veterinary Journal, 50(10), 1054-1058.
Thrusfield, M.V., Holt, P. E., & Muirhead, R. H. (1998). Acquired urinary incontinence in bitches: its incidence and relationship to neutering practices. Journal of Small Animal Practice, 39(12), 559-66.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Paloma Santos Santana, Karla dos Santos Felssner, Camila Fernandes Domingues Duarte, Bárbara Paraná, Laís Pereira Silva, Alessandra Estrela Lima

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
