Fatores de Risco para Macrossomia Fetal: Determinantes maternos e impactos neonatais – revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i6.48891Palavras-chave:
Macrossomia fetal, Fatores de risco, Enfermagem, Gestação de risco, Recém-nascido.Resumo
A macrossomia fetal, caracterizada pelo nascimento de recém-nascidos com peso igual ou superior a 4.000 g ou acima do 90º percentil para a idade gestacional, representa um importante desafio obstétrico devido aos seus impactos na morbimortalidade materna e neonatal. Este estudo teve como objetivo identificar os principais determinantes maternos da macrossomia fetal, analisar possíveis interações entre os fatores de risco e discutir suas repercussões neonatais e estratégias preventivas. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada em bases de dados nacionais. Os resultados apontam que diabetes gestacional, obesidade materna, ganho de peso excessivo durante a gestação, idade materna avançada, multiparidade, estatura elevada, gestação pós-termo e sexo masculino do feto são os principais fatores associados. Evidenciou-se ainda que a coexistência desses fatores exerce um efeito sinérgico, ampliando substancialmente o risco de macrossomia. As complicações neonatais mais prevalentes incluem distocia de ombro, hipoglicemia, trauma de parto, policitemia e maior incidência de cesarianas, além de predisposição a distúrbios metabólicos na infância e vida adulta. As estratégias preventivas englobam o controle rigoroso da glicemia materna, a vigilância adequada do ganho ponderal, o monitoramento ultrassonográfico do crescimento fetal e a adoção de condutas obstétricas individualizadas. Conclui-se que a redução da incidência e das complicações da macrossomia fetal depende de ações integradas entre atenção pré-natal de qualidade, educação em saúde e intervenções baseadas em evidências.
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