Complicações de vias biliares durante colecistectomias em um serviço de referência no Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.37000Palavras-chave:
Colecistectomia, Lesão, Via biliar.Resumo
Objetivo: Quantificar os casos de lesões iatrogênicas das vias biliares (LIVB) durante Colecistectomias videolaparoscopicas (CVL) no Serviço de Cirurgia Geral da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA) entre 2017 e 2021. Este estudo será responsável por identificar os fatores de risco, a incidência e o desfecho de LIVB. Metodologia: Realizou-se um estudo observacional, retrospectivo e descritivo, através de dados em prontuários de pacientes submetidos a CVL na FSCMPA no período proposto. Análise dos dados: Foi realizada através do programa BioEstat 5.0, foi utilizado o teste G para comparação das categorias e o valor de significância para análise foi o menor que 5% (alfa de 5%). Resultado: Identificou-se um total de 1.118 colecistectomias, destas, 76,11% (n: 851) era do gênero feminino, 13 apresentaram algum tipo de lesão de via biliar, correspondendo a 1,16%. A identificação precoce ocorreu em 38,5% dos casos, 30,8% por observação direta intraoperatória, pela realização de colangiografia intraoperatória (7,7%), tardiamente, com CPRE em 15,4% dos casos ou a colangio- RNM em 46,1%. Os principais tratamentos na reparação das lesões de vias biliares foram: derivação biliodigestiva (DBD), CPRE- 15,4 %, reparo primário com dreno de Kehr - 15,4 %. Considerações finais: Os dados mostram-se elevados em comparação com outros estudos, as lesões foram mais prevalentes no sexo feminino e o exame mais utilizado no diagnóstico foi a colangio RNM. Com relação ao tratamento, na maior parte dos casos foi realizada DBD.
Referências
Bansal, V. K., Krishna, A., Misra, M. C., Prakash, P., Kumar, S., Rajan, K., Babu, D., Garg, P., Kumar, A., & S, R. (2015). Factors Affecting Short-Term and Long-Term Outcomes After Bilioenteric Reconstruction for Post-cholecystectomy Bile Duct Injury: Experience at a Tertiary Care Centre. The Indian Journal of Surgery, 77(Suppl 2), 472–479. https://doi.org/10.1007/s12262-013-0880-x
Bharathy, K. G. S., & Negi, S. S. (2014). Postcholecystectomy bile duct injury and its sequelae: Pathogenesis, classification, and management. Indian Journal of Gastroenterology, 33(3), 201–215. https://doi.org/10.1007/s12664-013-0359-5
Bonadiman, A., Basaglia, P., Fava, C. D., & Jesus, I. P. A. de. (2019). Conduta atual na colecistite aguda. Revista Uningá, 56(3), 60–67. https://revista.uninga.br/uninga/article/view/2747/2016
Chaib, E., Kanas, A. F.; Galvao, F. H. F. (2014). Bile duct confluence: anatomic variations and its classification. Surg Radiol Anat., 36, 105-109.https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23817807/
Chaudhary, P., Kumar, R., & Arora, M. P. (2015). Biliary tract injuries. Hellenic Journal of Surgery, 87(2), 149–155. https://doi.org/10.1007/s13126-015-0200-y
Dekker, S. W. A., & Hugh, T. B. (2008). Laparoscopic bile duct injury: understanding the psychology and heuristics of the error. ANZ Journal of Surgery, 78(12), 1109–1114. https://doi.org/10.1111/j.1445-2197.2008.04761.x
Gupta, V., & Jain, G. (2019). Safe laparoscopic cholecystectomy: Adoption of universal culture of safety in cholecystectomy. World Journal of Gastrointestinal Surgery, 11(2), 62–84. https://doi.org/10.4240/wjgs.v11.i2.62
Halbert, C., Altieri, M. S., Yang, J., Meng, Z., Chen, H., Talamini, M., Pryor, A., Parikh, P., & Telem, D. A. (2016). Long-term outcomes of patients with common bile duct injury following laparoscopic cholecystectomy. Surgical Endoscopy, 30(10), 4294–4299. https://doi.org/10.1007/s00464-016-4745-9
Irigonhê, A. T. D.,Franzoni, A. A. B., Teixeira, H. W., Rezende, L. O., Klipp, M. U. S., Purim, K. S. M., Tsunanuma, F. K., Chibata,M. (2020). Análise do perfil clínico epidemiológico dos pacientes submetidos a colecistectomia videolaparoscopia em um hospital de ensino em Curitiba. Revista colégio brasileiro de cirurgiões, 47. https://www.scielo.br/j/rcbc/a/xkYcBmgzymPh5HsJWnKKfVJ/?lang=pt
Kapoor, V. K. (2015). Bile duct injury repair —— earlier is not better. Frontiers of Medicine, 9(4), 508–511. https://doi.org/10.1007/s11684-015-0418-7
Korovin, L. N., Farrell, T. M., Hsu, C. - H., White, M., & Ghaderi, I. (2020). Surgeons’ expertise during critical event in laparoscopic cholecystectomy: An expert-novice comparison using protocol analysis. The American Journal of Surgery, 219(2), 340–345. https://doi.org/10.1016/j.amjsurg.2018.12.024
Lam, R., Zakko, A., Petrov, J. C., Kumar, P., Duffy, A. J., & Muniraj, T. (2021). Gallbladder Disorders: A Comprehensive Review. Disease-a-Month, 67(7), 101130. https://doi.org/10.1016/j.disamonth.2021.101130
Liberato, D. G., Rezende, L. G., Morais, E. M. (2019). Classificação, escalas e escores em cirurgia. Trabalho conclusão curso medicina. Faculdade Pernambucana de Saúde. https://tcc.fps.edu.br/jspui/handle/fpsrepo/461
Linhares, B. L., Magalhães, A. da G., Cardoso, P. M. S., Linhares Filho, J. P. P., Pinho, J. E. B., & Costa, M. L. V. (2011). Lesão iatrogênica de via biliar pós-colecistectomia. Revista Do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 38(2), 95–99. https://doi.org/10.1590/s0100-69912011000200005
Litynski, G. S. (1999). Mouret, Dubois, and Perissat: The Laparoscopic Breakthrough in Europe (1987-1988). JSLS : Journal of the Society of Laparoendoscopic Surgeons, 3(2), 163–167. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3015318/
Manatakis, D. K., Papageorgiou, D., Antonopoulou, M.-I., Stamos, N., Agalianos, C., Ivros, N., Davides, D., Pechlivanides, G., & Kyriazanos, I. (2019). Ten-year Audit of Safe Bail-Out Alternatives to the Critical View of Safety in Laparoscopic Cholecystectomy. World Journal of Surgery, 43(11), 2728–2733. https://doi.org/10.1007/s00268-019-05082-z
Mercado, M.-A. (2015). Iatrogenic bile duct injury with loss of confluence. World Journal of Gastrointestinal Surgery, 7(10), 254. https://doi.org/10.4240/wjgs.v7.i10.254
Milcent, M., Santos, E. G., & Bravo Neto, G. P. (2005). Lesão iatrogênica da via biliar principal em colecistectomia videolaparoscópica. Revista Do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 32(6), 332–336. https://doi.org/10.1590/s0100-69912005000600010
Moore, M. J., & Bennett, C. L. (1995). The learning curve for laparoscopic cholecystectomy. The Southern Surgeons Club. American Journal of Surgery, 170(1), 55–59. https://doi.org/10.1016/s0002-9610(99)80252-9
Pekolj, J., Yanzón, A., Dietrich, A., Del Valle, G., Ardiles, V., & de Santibañes, E. (2015). Major liver resection as definitive treatment in post-cholecystectomy common bile duct injuries. World Journal of Surgery, 39(5), 1216–1223. https://doi.org/10.1007/s00268-014-2933-0
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da Pesquisa Científica. [free-ebook]. Santa Maria/RS. Ed. UAB/NTE/UFSM. https://www.ufsm.br/app/uploads/sites/358/2019/02/Metodologia-da-Pesquisa-Cientifica_final.pdf
Perrakis, E., Rapti, N., Ioannidis, P., Rallis, G., Papadopoulos, K., Alifierakis, E., & Perrakis, A. (2015). Incidence, diagnostics and management of iatrogenic bile duct injuries: 20 years experience in a high volume centre. Hellenic Journal of Surgery, 87(2), 144–148. https://doi.org/10.1007/s13126-015-0199-0
Pinto, M. A. L., Andrade, R. F. C. G. de, Silva, L. G. de O. e, Pinto, M. A. de L., Muharre, R. J., & Leal, R. A. (2015). Single access laparoscopic cholecystectomy: technique without the need for special materials and with better ergonomics. Revista Do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 42(5), 337–340. https://doi.org/10.1590/0100-69912015005012
Rystedt, J., Lindell, G., & Montgomery, A. (2015). Bile Duct Injuries Associated With 55,134 Cholecystectomies: Treatment and Outcome from a National Perspective. World Journal of Surgery, 40(1), 73–80. https://doi.org/10.1007/s00268-015-3281-4
Stewart, L., & Way, L. W. (2009). Laparoscopic bile duct injuries: timing of surgical repair does not influence success rate. A multivariate analysis of factors influencing surgical outcomes. HPB, 11(6), 516–522. https://doi.org/10.1111/j.1477-2574.2009.00096.x
Strasberg, S. M., Hertl, M., & Soper, N. J. (1995). An analysis of the problem of biliary injury during laparoscopic cholecystectomy. Journal of the American College of Surgeons, 180(1), 101–125. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/8000648/
Törnqvist, B., Strömberg, C., Akre, O., Enochsson, L., & Nilsson, M. (2015). Selective intraoperative cholangiography and risk of bile duct injury during cholecystectomy. British Journal of Surgery, 102(8), 952–958. https://doi.org/10.1002/bjs.9832
Tornqvist, B., Stromberg, C., Persson, G., & Nilsson, M. (2012). Effect of intended intraoperative cholangiography and early detection of bile duct injury on survival after cholecystectomy: population based cohort study. BMJ, 345(oct11 1), e6457–e6457. https://doi.org/10.1136/bmj.e6457
Yokoe, M., Hata, J., Takada, T., Strasberg, S. M., Asbun, H. J., Wakabayashi, G., Kozaka, K., Endo, I., Deziel, D. J., Miura, F., Okamoto, K., Hwang, T.-L., Huang, W. S.-W., Ker, C.-G., Chen, M.-F., Han, H.-S., Yoon, Y.-S., Choi, I.-S., Yoon, D.-S., & Noguchi, Y. (2018). Tokyo Guidelines 2018: diagnostic criteria and severity grading of acute cholecystitis (with videos). Journal of Hepato-Biliary-Pancreatic Sciences, 25(1), 41–54. https://doi.org/10.1002/jhbp.515
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jéssica Seibert dos Santos; Guilane Lima Anaissi; Lucas Fialka de Castro Leão; Felipe Emanuel Roque da Silva; Ana Flávia Bastos Arraes; Felipe Fialka de Castro Leão; Sarah Fialka de Castro Leão
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
