Avaliação de um curso on-line sobre regulação emocional para estudantes universitários
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.48717Palavras-chave:
Regulação emocional, Estudante universitário, Inteligência emocional, Curso online, Ensino a distância, Ensino e aprendizagem.Resumo
As emoções fazem parte da nossa vida, inclusive no processo de adaptação ao ambiente universitário. Dentro de todas as demandas e mudanças decorrentes do ingresso na universidade, a aprendizagem de estratégias que o auxiliem a gerir as emoções resultantes é imprescindível. Ao desenvolver habilidades e estratégias de enfrentamento há um aumento do bem-estar do discente e a diminuição da evasão escolar. O presente estudo teve por objetivo apresentar a aplicação de um curso de curta duração, incluído num projeto maior com o propósito de auxiliar no bem-estar do estudante universitário. Nesse estudo, buscou-se avaliar a eficácia do curso online sobre regulação emocional. O curso possuia cinco módulos: (1) Apresentação, (2) Reconhecimento e compreensão, (3) Rotugem e expressão, (4) Regulação e (5) Conclusão. Foi aplicado o Inventário de Competências Emocionais no primeiro e último módulo, respectivamente, pré e pós-teste. A amostra de alunos que completaram todo o curso foi de 17 pessoas. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas. Todavia, é possível perceber, ao comparar a variação interquartil dos dados do pré-teste com os do pós-teste, que houve diminuição na variabilidade dos escores em F1 - Regulação de emoções em outras pessoas, F4 - Percepção de emoções e F5 - Regulação de emoções de alta potência. Além disso, os participantes afirmaram estar 100% satisfeitos com o conteúdo e atividades do curso. Vale ressaltar a importância de novas propostas de intervenções preventivas para os universitários pensando na relevância do cuidado com a saúde mental.
Referências
Aguiar, J. T. B. de. (2024). Promoção de saúde mental em estudantes do ensino superior: Avaliação da eficácia de um programa de intervenção (Dissertação de mestrado, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra). Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra. Disponível em: http://hdl.handle.net/10400.26/51284.
Brackett, M. (2021). Permissão para sentir. Rio de Janeiro: Sextante.
Bueno, J. M. H. et al. (2015). Competências emocionais: estudo de validação de um instrumento de medida. Avaliação Psicológica, 14(1), p. 153-163. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-04712015000100018&lng=pt&nrm=iso.
Carvalho, M. de S., & Nunes, F. C. (2024). Inteligência emocional na educação formal: uma revisão de escopo. Revista Contexto & Educação, 39(121), e15485. Disponível em: https://doi.org/10.21527/2179-1309.2024.121.15485
David, S. (2018). Agilidade Emocional. São Paulo: Cultrix.
Dancey, C. P., & Reidy, J. (2013). Estatística sem matemática para psicologia. 5. ed. Porto Alegre: Penso.
Enguídanos, D.; Aroztegui, J.; Iglesias-Soilán, M.; Sánchez-San-José, I.; Fernández, J. (2023). Academic Emotions and Regulation Strategies: Interaction with Higher Education Dropout Ideation. Educ. Sci. 2023, 13, 1152. Disponível em: https://doi.org/10.3390/ educsci13111152
Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas.
Kuk, A.; Guszkowska, M., & Gala-Kwiatkowska, A. (2021). Changes in emotional intelligence of university students participating in psychological workshops and their predictors. Current Psychology, 40, p. 1864–1871. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s12144-018-0115-1.
Laban, G., Wang, J., & Gunes, H. (2025). A robot-led intervention for emotion regulation: From expression to reappraisal. arXiv. https://arxiv.org/abs/2503.18243v2
Leahy, R. L. (2021). Não acredite em tudo que você sente. Porto Alegre: Artmed.
Mohamed, N. F., et al. (2022). Emotional Intelligence Online Learning and its Impact on University Students' Mental Health: A Quasi-Experimental Investigation. Pertanika Journal of Social Sciences & Humanities. Disponível em: http://www.pertanika.upm.edu.my/resources/files/Pertanika%20PAPERS/JSSH%20Vol.%2030%20(2)%20Jun.%202022/13%20JSSH-8398-2021.pdf.
Monteiro, M. C., & Soares, A. B. (2023). Adaptação Acadêmica em Universitários. Psicologia: Ciência e Profissão, 43, e244065. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1982-3703003244065.
Moutinho, H. A., et. al. (2019). Papel da Inteligência Emocional, Felicidade e Flow no Desempenho Académico e Bem-Estar Subjetivo em Contexto Universitário. Revista Iberoamericana de Diagnóstico y Evaluación e Avaliação Psicológica, 3(52). Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=459661296009.
Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. (2007). Princípios básicos de Análise do Comportamento. 1. ed. Porto Alegre: Artmed.
Oliveira, A. F. de, Marcon, S. R., Kogien, M., Bittencourt, M. N., & Leones, K. R. (2023). Inteligência emocional no contexto universitário: uma revisão de escopo. Mental, 15(28), 1-15. https://doi.org/10.5935/1679-4427.v15n28.0009
Prati, S. R. A., Porto, W. J., & Ferreira, L. (2020). Estilo de vida de universitários: uma investigação sobre hábitos alimentares, atividade física e estresse. Biomotriz, 14(2), p. 69–78. DOI: 10.33053/biomotriz.v14i2.30. Disponível em: https://revistaeletronica.unicruz.edu.br/index.php/biomotriz/article/view/30.
Seppälä, E. M., et al. (2020). Promoting Mental Health and Psychological Thriving in University Students: A Randomized Controlled Trial of Three Well-Being Interventions. Frontiers in Psychiatry, 11(590). https://doi.org/10.3389/fpsyt.2020.00590.
Silva, É. C., & Heleno, M. G. V. (2012). Qualidade de Vida e Bem-Estar Subjetivo de Estudantes Universitários. Revista Psicologia e Saúde, 4(1). DOI: 10.20435/pssa.v4i1.126. Disponível em: https://pssaucdb.emnuvens.com.br/pssa/article/view/126.
Wang, Q., & Lu, Y. (2020). Coaching college students in the development of positive learning dispositions: A randomized control trial embedded mixed-methods study. Psychol Schs, 57, p. 1417–1438. Disponível em: https://doi.org/10.1002/pits.22421
Woyciekoski, C., & Hutz, C. S. (2009). Inteligência emocional: teoria, pesquisa, medida, aplicações e controvérsias. Psicologia: Reflexão e Crítica, 22(1), p. 1-11. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0102-79722009000100002
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Esther dos Santos Ferreira Costa, Joene Vieira-Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
