Síndrome de realimentação em pacientes internados com mais de 60 anos de idade submetidas a terapia de nutrição nasoenteral
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i7.49158Palavras-chave:
Síndrome de Realimentação, Desnutrição, Idosos, Fragilidade.Resumo
Introdução: Idosos internados frequentemente possuem dificuldade na alimentação oral, dessa forma em alguns casos é indicada via alternativa de nutrição como a enteral. Esta pode provocar mudanças no metabolismo acarretando em reações anabólicas culminando em Síndrome de Realimentação. Objetivos: Avaliar pacientes internados, com mais de 60 anos, com necessidade de transição de alimentação oral por nasoenteral e a frequência do desencadeamento da Síndrome de Realimentação (SRA). Métodos: Estudo ecológico, observacional analítico e prospectivo de 100 pessoas idosas (maiores de 60 anos) internados em enfermarias gerais de um hospital filantrópico que necessitaram de alimentação nasoenteral, por meio de recrutamento no setor de nutrição. A SRA foi caracterizada por redução sérica nos níveis de potássio, magnésio e fosfato em 10–20% (leve), 20–30% (moderada) ou superior a 30% (grave), com ou sem alteração orgânica, no intervalo de três a cinco dias após o retorno da ingesta calórica antes restringida. Resultados: Foram incluídos 100 pacientes com 75±9 (60-99) anos de idade, sendo 56% mulheres, 24% com demência, 81% com infecção. Dos pacientes incluídos 26% desenvolveram SRA, apenas 25% desses foram realizadas medidas preventivas ou iniciado tratamento com tiamina (p = 0,001). Os pacientes com síndrome de fragilidade foram responsáveis por 42,3% dos portadores de SRA. A principal dieta empregada foi normocalórica e normoproteica (75%). Conclusão: A SRA é uma situação frequente em pacientes idosos frágeis internados em consequência, principalmente, do desconhecimento de sua prevenção e manejo dos pacientes que necessitem de dieta enteral substitutiva.
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