Análise termográfica dos membros inferiores antes e após aplicação da técnica de vibração de corpo inteiro: Estudo comparativo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i7.49232

Palavras-chave:

Termografia, Vibração, Extremidade Inferior, Temperatura Cutânea.

Resumo

Introdução: A vibração de corpo inteiro pode gerar alteração na perfusão sanguínea periférica, tornando a termografia infravermelha um instrumento essencial para analisar as adaptações termográficas geradas. Objetivo: avaliar as repercussões termográficas nas regiões anterior e posterior da coxa e da perna, comparando os modos de oscilação e vibração de uma plataforma vibratória de corpo inteiro em indivíduos saudáveis. Materiais e métodos: Este estudo comparativo, descritivo e quantitativo, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Ribeirão Preto (CAAE 74029023.4.0000.5498), selecionou quatro mulheres sedentárias, com idade média de 21,5±0,5 anos. As participantes foram submetidas a sete sessões de 10 minutos no modo oscilação e sete no modo vibração, com termografia infravermelha (câmera FLIR C3x) realizada antes e após cada sessão em sala controlada. A análise dos dados foi feita estatisticamente pelo SPSS Statistics v.25, utilizando teste t-independente e pareado com p<0,05. Resultados: o modo oscilação diminuiu a temperatura em todas as regiões, com significância na região posterior da coxa bilateralmente (p<0,05). O modo vibração, por sua vez, resultou em as temperaturas médias maiores em todas as regiões avaliadas em comparação com a oscilação, apresentando aumentos significativos na maioria das áreas na reavaliação (p<0,05). Conclusão: a plataforma vibratória influencia a temperatura dos membros inferiores, com o modo vibração (frequência mais alta) gerando maior hiperradiância. As limitações incluem o pequeno tamanho da amostra e a falta de correlação funcional, sugerindo a necessidade de futuras pesquisas para otimizar a ferramenta na reabilitação e no desempenho.

Referências

Akamine, C. T. & Yamamoto, R. K. (2009). Estudo dirigido: estatística descritiva. (3ed). Editora Érica.

Dickin, D. C., McCain, M. A., Hubble, R. P., Doan, J. B. & Sessford, D. (2012). Alterações na frequência e complexidade da oscilação postural em ambientes sensoriais alterados após vibrações de corpo inteiro. Human Movement Science. 31(5), 1238–46. doi: 10.1016/j.humov.2011.12.007.

Games, K. E. & Sefton, J. M. (2013). A vibração de corpo inteiro influencia a função circulatória e neurológica dos membros inferiores. Revista Escandinava de Medicina e Ciência nos Esportes. 23(4), 516–23. doi: 10.1111/j.1600-0838.2011.01419.x.

Gomes, G. G. et al. (2022). Bite Force, Thickness, and Thermographic Patterns of Masticatory Muscles Post-Hemorrhagic Stroke. Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases. 31(1), 106173. doi: 10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2021.106173.

Khaksari, K., Nguyen, T., Hill, B., Quang, T., Perreault, J., Gorti, V. et al. (2021). Review of the efficacy of infrared thermography for screening infectious diseases with applications to COVID-19. J Med Imaging (Bellingham). 8(Suppl 1), 010901. doi: 10.1117/1.JMI.8.S1.010901.

Marín, P. J, García Rioja, J., Bernardo-Filho, M. & Hazell, T. J. (2015). Effects of Different Magnitudes of Whole-Body Vibration on Dynamic Squatting Performance. J Strength Cond Res. 29(10):2881-7. doi: 10.1519/JSC.0000000000000940.

Moreira, D. G. et al. (2017). Thermographic imaging in sports and exercise medicine: A Delphi study and consensus statement on the measurement of human skin temperature. Journal of Thermal Biology. 69, 155-62. doi: 10.1016/j.jtherbio.2017.07.006.

Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Ed.UAB/NTE/UFSM. Physical. (2023). Plataforma Body Slimmer. https://physical.ind.br/index.php/produto/plataforma-body-slimmer/.

Piva, G., Crepaldi, A., Zenunaj, G., Caruso, L., Rinaldo, N., Gasbarro, V. et al. (2022). The Value of Infrared Thermography to Assess Foot and Limb Perfusion in Relation to Medical, Surgical, Exercise or Pharmacological Interventions in Peripheral Artery Disease: A Systematic Review. Diagnostics (Basel). 12(12), 3007. doi: 10.3390/diagnostics12123007.

Pokorná, J., Bálintová, Z., Bernard, V. & Staffa, E. (2025). Infrared thermography examination of post-traumatic conditions of the hand nerves in paediatric patients compared to EMG examination. Infrared Physics & Technology. 147, 105838. ISSN 1350-4495. doi: 10.1016/j.infrared.2025.105838.

Ramirez-GarciaLuna, J. L., Bartlett, R., Arriaga-Caballero, J. E., Fraser, R. D. J. & Saiko, G. (2022). Infrared Thermography in Wound Care, Surgery, and Sports Medicine: A Review. Front Physiol. 13, 838528. doi: 10.3389/fphys.2022.838528.

Rittweger, J. (2010). Vibration as an exercise modality: How it may work, and what its potential might be. Eur J Appl Physiol. 108, 877–904.

Schlee, G., Reckmann, D. & Milani, T. L. (2012). O treinamento de vibração de corpo inteiro reduz a sensibilidade plantar do pé, mas melhora o controle do equilíbrio em indivíduos saudáveis. Neuroscience Letters. 506(1), 70–3. doi: 10.1016/j.neulet.2011.10.051.

Shitsuka et al. (2014). Matemática fundamental para a tecnologia. Editora Érica.

Soares, L. T. et al. (2014). Balance, gait and quality of life in Parkinson's disease: Effects of whole body vibration treatment. Fisioter. mov. 27(2). doi: 10.1590/0103-5150.027.002.AO11.

Sonza, A., Maurer, C., Achaval, M., Zaro, M. A. & Nigg, B. M. (2013). Human cutaneous sensors on the sole of the foot: altered sensitivity and recovery time after whole body vibration. Neurosci Lett. 533, 81-5. doi: 10.1016/j.neulet.2012.11.036.

Sonza, A., Robinson, C. C., Achaval, M. & Zaro, M. A. (2015). Whole body vibration at different exposure frequencies: infrared thermography and physiological effects. ScientificWorldJournal. 2015, 452657. doi: 10.1155/2015/452657.

Torvinen, S., Kannu, P., Sievanen, H., Jarvinen, T. A., Pasanen, M., Kontulainen, S. et al. (2002). Effect of a vibration exposure on muscular performance and body balance. Randomized cross-over study. Clin Physiol Funct Imaging. 22, 145–52.

Torvinen, S., Kannus, P., Sievänen, H. et al. (2003). Efeito da vibração vertical de corpo inteiro durante 8 no desempenho ósseo, muscular e equilíbrio corporal: um estudo randomizado controlado. Journal of Bone and Mineral Research. 18(5), 876–84. doi: 10.1359/jbmr.2003.18.5.876.

Vieira, S. (2021). Introdução à bioestatística. Editora GEN/Guanabara Koogan.

Ye, J., Ng, G. & Yuen, K. (2014). Acute effects of whole-body vibration on trunk muscle functioning in young healthy adults. J Strength Cond Res. 28, 2872–9.

Zaidell, L. N., Mileva, K. N., Sumners, D. P. & Bowtell, J. L. (2013). Experimental evidence of the tonic vibration reflex during whole-body vibration of the loaded and unloaded leg. PLoS One. 8, e85247.

Downloads

Publicado

2025-07-15

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Análise termográfica dos membros inferiores antes e após aplicação da técnica de vibração de corpo inteiro: Estudo comparativo. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 7, p. e4914749232, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i7.49232. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/49232. Acesso em: 5 dez. 2025.