Análise epidemiológica sobre coagulopatias no Brasil entre os anos 2017 e 2023
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i7.49245Palavras-chave:
Coagulopatias, Hemofilia, Doença de von Willebrand.Resumo
A análise epidemiológica das coagulopatias no Brasil entre os anos de 2017 e 2023 tem como objetivo identificar a prevalência, perfil dos pacientes e as mudanças nos padrões de diagnóstico ao longo dos anos, assim como a identificação da existência de subdiagnósticos. Utilizando dados de registros a pesquisa pretende mapear a incidência de distúrbios hemorrágicos, incluindo hemofilia, doença de von Willebrand e outras coagulopatias raras. Os dados obtidos servem como base para futuras intervenções e aprimoramento do cuidado aos pacientes com distúrbios hemorrágicos no Brasil. Espera-se que os resultados possam fornecer uma visão abrangente sobre o cenário atual das coagulopatias no país, contribuindo para a formulação de políticas de saúde pública para o diagnóstico e tratamento dos pacientes. Objetivos: Analisar a evolução epidemiológica das coagulopatias no Brasil avaliando a incidência, prevalência e distribuição geográfica desses distúrbios. Métodos: Tratou-se de uma pesquisa analítica, quantitativa, de levantamento de dados entre 2017 e 2023 no Brasil. Resultados: A análise comparativa dos dados nacionais sobre coagulopatias hereditárias entre os anos de 2017 e 2023 revela um crescimento substancial tanto em números absolutos quanto na representatividade proporcional de diversos diagnósticos. O aumento global de 6.797 casos no período, corresponde a uma variação percentual de 26,4%. Conclusão: Os números no Brasil ainda apontam para subdiagnóstico significativo, especialmente nas formas mais leves e raras dessas condições. Há necessidade de fortalecer as ações de triagem, capacitação profissional e ampliação do acesso ao diagnóstico especializado em todo o território nacional.
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