Verificação da existência e conhecimentos de biossegurança em laboratórios
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i8.49373Palavras-chave:
Biossegurança, Laboratórios, Conhecimentos, Saúde, Ensino.Resumo
O presente estudo teve como objetivo expor as características do ambiente laboratorial em que são desenvolvidas atividades diárias, abrangendo desde laboratórios químicos até laboratórios biológicos. A biossegurança envolve a análise de riscos ocupacionais, a adoção de boas práticas laboratoriais (BPLs), a qualificação das equipes e uma infraestrutura física adequada. A prevenção de acidentes, frequentemente associados a falhas humanas ou deficiências educacionais, exige conhecimento sobre fatores de risco e a utilização correta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletiva (EPCs). A pesquisa adotou uma abordagem quantitativa, com aplicação de questionários a 148 estudantes e profissionais da área da saúde no Vale do Paraíba/SP. Os dados focaram no conhecimento sobre biossegurança, existência de manuais e Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), além da ocorrência de acidentes laboratoriais. Observou-se que a maioria dos estudantes desconhecia a existência de POPs ou manuais de biossegurança em seus laboratórios, ao contrário dos profissionais, que demonstraram maior familiaridade. Foram relatados acidentes como cortes, perfurações, queimaduras, exposição a agentes químicos e inalação de substâncias voláteis. As medidas pós-acidente variaram de primeiros socorros a atendimento médico especializado. O uso do jaleco foi o EPI mais comum, enquanto luvas, óculos e máscaras foram frequentemente negligenciados. A pesquisa evidenciou falhas no conhecimento e na aplicação das normas de biossegurança, reforçando a necessidade de treinamentos regulares, divulgação de POPs acessíveis e promoção de uma cultura de segurança baseada na prevenção e responsabilidade coletiva.
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