As intervenções realizadas para redução do tempo de tela em crianças e adolescentes têm obtido sucesso? Respostas de uma revisão sistemática da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49469Palavras-chave:
Tempo de Tela, Criança, Adolescente, Ensino e aprendizagem.Resumo
A exposição excessiva a telas tem se tornado uma preocupação crescente na sociedade contemporânea. Com a ampla difusão de dispositivos eletrônicos, como smartphones, tablets e computadores, as pessoas permanecem cada vez mais tempo diante das telas. O objetivo deste estudo foi fornecer uma visão crítica e fundamentada sobre a efetividade das intervenções propostas para reduzir o tempo de tela em crianças e adolescentes. A revisão sistemática da literatura ocorreu entre agosto e dezembro de 2023. Realizou-se busca de alta sensibilidade na base Medline, via PubMed, encontrando-se inicialmente 349 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram 6 artigos selecionados para análise, seguida de extração de dados e avaliação de viés. Os estudos foram examinados quanto ao risco de viés, sendo alguns classificados como de alto risco e outros sem informações suficientes (viés incerto), levantando dúvidas sobre sua confiabilidade. Considerando os trabalhos incluídos para avaliar o impacto do tempo de tela na vida de crianças e adolescentes, observou-se que a maioria utilizou intervenções distintas, gerando desfechos primários variados. Essa heterogeneidade comprometeu a comparação direta entre resultados. Torna-se, portanto, necessária a criação de um protocolo padronizado, validado e legitimado, que proporcione resultados consistentes e sustentáveis na redução do tempo de tela, garantindo benefícios efetivos à saúde e ao bem-estar. Tal padronização permitiria maior comparabilidade entre estudos, favorecendo a construção de evidências sólidas por meio de novas revisões sistemáticas da literatura.
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