Eficácia e segurança das terapias com células-tronco mesenquimais em lesões de cartilagem do joelho: uma revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49599

Palavras-chave:

Cartilagem Articular, Células-Tronco Mesenquimais, Lesões do Joelho, Regeneração Tecidual, Terapia Celular, Revisão.

Resumo

Introdução: As terapias com células-tronco têm emergido como uma alternativa inovadora e promissora para o tratamento de lesões cartilaginosas do joelho, visando promover a regeneração tecidual e retardar a necessidade de artroplastia. Objetivo: Avaliar a eficácia e a segurança das terapias com células-tronco, especialmente mesenquimais e autólogas, no tratamento em adultos, de lesões cartilaginosas do joelho. Métodos: Esta revisão sistemática seguiu as diretrizes PRISMA, com protocolo registrado no PROSPERO (CRD420251028539). Foram incluídos estudos clínicos entre 2015-2025, sobre terapia com células-tronco mesenquimais (CTMs) em adultos com lesões cartilaginosas do joelho. A busca foi feita em PubMed, LILACS e SciELO, com seleção, extração e avaliação do risco de viés, realizadas por revisores independentes. Resultados: Os nove estudos analisados indicam que o uso de CTMs, derivadas de medula óssea ou tecido adiposo, apresenta efeitos positivos no tratamento da osteoartrite do joelho. Os principais desfechos mostraram melhora na dor, função articular e qualidade de vida, com baixo risco de eventos adversos. No entanto, a heterogeneidade dos desenhos metodológicos, tipos celulares e protocolos de aplicação impede a realização de meta-análise e limita a generalização dos achados. Embora promissores, os resultados reforçam a necessidade de mais estudos controlados, com maior número de participantes e seguimento prolongado, para validar a eficácia e segurança das CTMs no contexto clínico. Conclusões: Conclui-se que as terapias com CTMs são promissoras para a osteoartrite do joelho, com benefícios clínicos observados. Contudo, são necessários mais estudos padronizados para confirmar a eficácia e estabelecer diretrizes seguras de aplicação.

Referências

Buckwalter, J. A. & Mankin, H. J. (1998). Articular cartilage: tissue design and chondrocyte-matrix interactions. Instr Course Lect. 47, 477–86.

Chahla, J. et al. (2020). Defining the minimal clinically important difference and patient acceptable symptom state for microfracture of the knee: a psychometric analysis at short-term follow-up. The American Journal of Sports Medicine. 48(4), 876–83. DOI: https://doi.org/10.1177/0363546520903279.

Chung, Y. W. et al. (2021)Allogeneic umbilical cord blood-derived mesenchymal stem cells combined with high tibial osteotomy: a retrospective study on safety and early results. International orthopaedics. 45(2), 481. DOI: https://doi.org/10.1007/s00264-020-04852-y.

de Windt, T. S., et al. (2017). Allogeneic MSCs and Recycled Autologous Chondrons Mixed in a One-Stage Cartilage Cell Transplantion: A First-in-Man Trial in 35 Patients. Stem cells (Dayton, Ohio). 35(8), 1984. https://doi.org/10.1002/stem.2657.

Gobbi, A. & Whyte, G. P. (2016). One-stage cartilage repair using a hyaluronic acid-based scaffold with activated bone marrow-derived mesenchymal stem cells compared with microfracture: five-year follow-up. American Journal of Sports Medicine. 44(11), 2846–54. DOI: https://doi.org/10.1177/0363546516656179.

Hoburg, A. et al. (2023). Sustained superiority in KOOS subscores after matrix-associated chondrocyte implantation using spheroids compared to microfracture. Knee Surgery, Sports Traumatology, Arthroscopy. 31(6), 2482–93. DOI: https://doi.org/10.1007/s00167-022-07194-x.

Kraeutler, M. J. et al. (2018). Microfracture versus autologous chondrocyte implantation for articular cartilage lesions in the knee: a systematic review of 5-year outcomes. The American Journal of Sports Medicine. 46(4), 995–9. DOI: https://doi.org/10.1177/0363546517701912.

Liu, H. et al. (2022). Mesenchymal stem cells in the treatment of osteoarthritis: new insights and perspectives. Stem Cell Research & Therapy. 13(1), 132,. DOI: https://doi.org/10.1186/s13287-022-02804-6 .

Liu, J. N. et al. (2019). Establishing clinically significant outcomes after meniscal allograft transplantation. Orthopaedic Journal of Sports Medicine. 7(1). DOI: https://doi.org/10.1177/2325967118818462.

Maheshwer, B. et al. (2021). Establishing the minimal clinically important difference and patient-acceptable symptomatic state after arthroscopic meniscal repair and associated variables for achievement. Arthroscopy. 37(12), 3479–86. DOI: https://doi.org/10.1016/j.arthro.2021.04.058.

Min, B. H. et al. (2017). Development and efficacy testing of a “hollow awl” that leads to patent bone marrow channels and greater mesenchymal stem cell mobilization during bone marrow stimulation cartilage repair surgery. Arthroscopy. 33(11), 2045–51. DOI: https://doi.org/10.1016/j.arthro.2017.06.022.

Page, M. J. et al. (2021). The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ. 372(71). DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.n71.

Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Ed. UAB/NTE/UFSM.

Qiao, Z. et al. (2020). Human adipose-derived mesenchymal progenitor cells plus microfracture and hyaluronic acid for cartilage repair: a Phase IIa trial. Regenerative Medicine. 15(1), 1193–214. DOI: https://doi.org/10.2217/rme-2019-0068.

Sadri, B. et al. (2023). Cartilage regeneration and inflammation modulation in knee osteoarthritis following injection of allogeneic adipose-derived mesenchymal stromal cells: a phase II, triple-blinded, placebo controlled, randomized trial. Stem Cell Research & Therapy. 14(1), 162. DOI: https://doi.org/10.1186/s13287-023-03359-8.

Saris, T. F. F. et al. (2021). Five-year outcome of 1-stage cell-based cartilage repair using recycled autologous chondrons and allogenic mesenchymal stromal cells: a first-in-human clinical trial. American Journal of Sports Medicine. 49(4), 941–7. DOI: https://doi.org/10.1177/0363546520988069.

Shin, S. et al. (2021). Comparative proteomic analysis of the mesenchymal stem cells secretome from adipose, bone marrow, placenta and Wharton's jelly. International Journal of Molecular Sciences. 22(2), 845. DOI: https://doi.org/10.3390/ijms22020845.

Snyder, H. (2019). Literature Review as a Research Methodology: An Overview and Guidelines. Journal of Business Research, 104, 333-339. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2019.07.039.

Soler, R. et al. (2016). Final results of a phase I-II trial using ex vivo expanded autologous mesenchymal stromal cells for the treatment of osteoarthritis of the knee confirming safety and suggesting cartilage regeneration. Knee. 23(4), 647–54. DOI: https://doi.org/10.1016/j.knee.2015.08.013.

Teixeira, F. G. et al. (2016). Modulation of the mesenchymal stem cell secretome using computer-controlled bioreactors: impact on neuronal cell proliferation, survival and differentiation. Scientific Reports. 6, 27791. DOI: https://doi.org/10.1038/srep27791.

Vega, A. et al. (2015). Treatment of knee osteoarthritis with allogeneic bone marrow mesenchymal stem cells: a randomized controlled trial. Transplantation. 99(8), 1681–90. DOI: https://doi.org/10.1097/TP.0000000000000678.

Yoon, K. H., Lee, J. & Park, J. Y. (2024). Costal chondrocyte-derived pellet-type autologous chondrocyte implantation versus microfracture for repair of articular cartilage defects: a prospective randomized trial. The American Journal of Sports Medicine. 52(2), 362–7. DOI: https://doi.org/10.1177/03635465231222797.

Downloads

Publicado

2025-09-27

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Eficácia e segurança das terapias com células-tronco mesenquimais em lesões de cartilagem do joelho: uma revisão sistemática. Research, Society and Development, [S. l.], v. 14, n. 9, p. e8914949599, 2025. DOI: 10.33448/rsd-v14i9.49599. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/49599. Acesso em: 5 dez. 2025.