Emparedar o castigo e dançar: Um enfoque educacional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49604Palavras-chave:
Corpo, Ambiente escolar, Performance, Território de invenção, Ensino e aprendizagem.Resumo
Este ensaio investiga as relações entre corpo, espaço e poder no ambiente escolar, tomando como ponto de partida a memória do castigo de “cheirar a parede”. O objetivo é analisar criticamente os mecanismos disciplinares que imobilizam e silenciam os corpos, propondo, em contrapartida, uma pedagogia sensível ao movimento e à expressividade. Metodologicamente, o texto articula reflexões teóricas, com base em autores como Foucault, Butler, Hooks e Massumi, e dialoga com obras de artistas da performance, como Santiago Sierra e Marina Abramovic, que ressignificam a parede como suporte político e poético. Os resultados evidenciam a potência da dança e da performance como práticas capazes de descolonizar o corpo e subverter as lógicas de controle institucional. Conclui-se que a reinvenção do espaço escolar passa pela adoção de uma educação performativa, relacional e afetiva, na qual os corpos possam ocupar criticamente o ambiente, transformando-o em um território de invenção e liberdade.
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