Impacto da fisioterapia na qualidade de vida de pacientes críticos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i10.49625Palavras-chave:
Fisioterapia, UTI, Pacientes Críticos, Qualidade de Vida.Resumo
Introdução: A fisioterapia na UTI desempenha um papel essencial na recuperação de pacientes críticos, ajudando a melhorar sua qualidade de vida ao prevenir complicações associadas à imobilidade prolongada. Objetivo: Analisar os impactos da fisioterapia na qualidade de vida de pacientes críticos internados em UTIs. Metodologia: Revisão integrativa com abordagem qualitativa, utilizando descritores como “UTI”, “Qualidade de Vida” e “Fisioterapia”. A seleção de artigos seguiu o método validado por Ursi. Resultados e Discussão: De 480 publicações, 9 artigos publicados entre 2019 e 2024 foram selecionados, abordando diferentes metodologias, como estudos de coorte, revisões de literatura e ensaios clínicos randomizados. A internação em UTI pode gerar complicações físicas e funcionais que comprometem a qualidade de vida após a alta hospitalar. Disfunções musculoesqueléticas são frequentes devido à imobilização e sedação prolongadas. A fisioterapia, especialmente com mobilização precoce, é essencial para prevenir sequelas, restaurar a funcionalidade e promover uma reabilitação integral. Estudos mostram que sua atuação reduz o tempo de internação, melhora a autonomia e impacta positivamente a qualidade de vida. Ferramentas como o CPAx e protocolos como o EMPRESS reforçam a importância de abordagens baseadas em evidências, focando não apenas na recuperação física, mas no bem-estar global do paciente. Considerações finais: A fisioterapia apresenta potencial para otimizar a reabilitação de pacientes críticos, reduzindo sequelas físicas e favorecendo a qualidade de vida. No entanto, é necessário ampliar os estudos para definir protocolos mais eficazes e padronizados, garantindo a implementação de melhores práticas na assistência fisioterapêutica em UTIs.
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