Doença Falciforme: Interfaces entre a vulnerabilidade social, o perfil epidemiológico e o manejo psicológico no cuidado integral ao paciente
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50044Palavras-chave:
Doença Falciforme, Vulnerabilidade Social, Epidemiologia, Psicologia Clínica, Assistência Centrada no Paciente.Resumo
A doença falciforme é uma das hemoglobinopatias hereditárias mais prevalentes no Brasil, apresentando forte associação com determinantes sociais da saúde. Estudos recentes indicam que as desigualdades raciais, econômicas e educacionais influenciam de forma direta o curso clínico da enfermidade e a qualidade de vida dos pacientes. A vulnerabilidade social intensifica o sofrimento físico e psíquico, interferindo na adesão ao tratamento e na percepção de autocuidado. Este estudo tem como objetivo analisar as interfaces entre o perfil epidemiológico, as condições sociais e o manejo psicológico da doença falciforme, ressaltando a importância de práticas integrativas e humanizadas no cuidado ao paciente. A metodologia adota uma revisão integrativa da literatura científica nacional e internacional publicada entre 2021 e 2025, contemplando estudos quantitativos e qualitativos sobre os aspectos clínico-epidemiológicos e psicossociais da doença. Espera-se identificar correlações consistentes entre vulnerabilidade social e desfechos clínicos adversos, destacando o papel do acompanhamento psicológico na promoção de resiliência e fortalecimento da adesão terapêutica. Conclui-se que o manejo da doença falciforme requer uma abordagem interdisciplinar e contínua, que una ciência, cuidado e humanização, consolidando o paradigma do cuidado integral e equitativo no contexto da saúde pública.
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