Barreiras e motivações para mulheres em tecnologia: Estudo com alunas do IF Sertão Pernambucano a partir de uma experiência extensionista
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i11.50133Palavras-chave:
Disparidade de gênero, Tecnologia da Informação, Mulheres em STEM, Inclusão feminina, Estereótipos de gênero.Resumo
Este estudo investigou os fatores que contribuem para a baixa representatividade feminina na área de Tecnologia da Informação (TI). O objetivo desta pesquisa é compreender os fatores que contribuem para a existência de um número reduzido de mulheres na área de computação e construir hipóteses que expliquem esse problema, analisando os aspectos socioculturais que influenciam a escolha, ingresso e permanência de mulheres no campo. A pesquisa tomou como base o projeto de extensão Clube da Programação, desenvolvido no IF Sertão-PE, Campus Floresta, que promove ações para ampliar o acesso e interesse de jovens pela programação. Dentro do Clube da Programação, destaca-se o núcleo denominado "Programeninas: Quebrando Barreiras e Construindo Futuros", que foca em incentivar a participação feminina na tecnologia por meio de atividades específicas. O estudo combinou revisão bibliográfica e aplicação de um questionário estruturado a 47 alunas do Ensino Médio Integrado em Informática e do curso de Gestão da Tecnologia da Informação, com análise orientada pelas etapas do Design Thinking. Os resultados indicaram que, apesar do alto interesse e do apoio familiar manifestados pelas participantes, as estudantes ainda enfrentam estereótipos de gênero, desconforto em ambientes predominantemente masculinos e carência de modelos femininos de referência. Conclui-se que políticas institucionais inclusivas, programas de mentoria e iniciativas de visibilidade, como as promovidas pelo Clube da Programação e seu núcleo Programeninas, são essenciais para reduzir a disparidade de gênero no setor tecnológico.
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