Oficina terapêutica na Enfermagem: Experiência extensionista no cuidado e desenvolvimento de pessoas com deficiência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i12.50262Palavras-chave:
Enfermagem, Oficinas terapèuticas, Inclusão, Deficiências.Resumo
O cuidado às pessoas com deficiência requer uma abordagem integral, centrada não apenas no tratamento clínico, mas também na promoção da autonomia, da inclusão social e da qualidade de vida. Nesse contexto, a enfermagem desempenha papel fundamental ao integrar ações educativas, terapêuticas e humanizadas. O presente estudo teve como objetivo relatar a experiência extensionista desenvolvida por acadêmicos de enfermagem na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Redenção – PA, por meio do projeto “Oficinas Terapêuticas como Ferramenta para Desenvolvimento de Pessoas com Deficiência: A Atuação da Enfermagem”. As oficinas foram elaboradas com base em práticas lúdicas, artísticas e educativas, incluindo leitura, contação de histórias e atividades manuais adaptadas. Os resultados evidenciaram avanços significativos no desenvolvimento cognitivo, motor e emocional dos participantes, além da ampliação da socialização e do fortalecimento da autoestima. Verificou-se, ainda, que a participação nas oficinas favoreceu a autonomia e o autocuidado, reafirmando o potencial das práticas terapêuticas no contexto da saúde inclusiva. Para os acadêmicos, a experiência proporcionou a consolidação de competências técnicas, éticas e relacionais, promovendo uma formação mais sensível e comprometida com os princípios da equidade e da humanização. Conclui-se que as oficinas terapêuticas representam uma estratégia eficaz de cuidado e inclusão, reforçando o papel da enfermagem na promoção do desenvolvimento integral das pessoas com deficiência.
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