Derivação ureteral subcutânea e stent uretral no tratamento de obstruções malignas urinárias em gatos: Uma revisão integrativa de estudos retrospectivos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i12.50325Palavras-chave:
Obstrução Ureteral, Neoplasias Urológicas, Gatos.Resumo
As obstruções malignas do trato urinário em gatos representam um desafio clínico relevante devido ao risco de perda funcional renal acelerada e ao comportamento infiltrativo das neoplasias uroteliais, o que demanda intervenções que garantam descompressão urinária eficaz e duradoura. Este estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão integrativa composta exclusivamente por estudos retrospectivos, os desfechos clínicos associados ao uso da derivação ureteral subcutânea e do stent ureteral no tratamento de obstruções malignas em felinos. A metodologia envolveu a leitura detalhada e a extração sistemática de dados de sete artigos retrospectivos, incluindo informações sobre população, intervenções, complicações, patência dos dispositivos e impacto sobre a função renal. Os resultados evidenciaram maior estabilidade e patência prolongada do SUB em comparação ao stent, especialmente em obstruções tumorais, embora complicações tardias, como infecções recorrentes, obstrução parcial e migração transmural, tenham sido descritas. Em contraste, os stents apresentaram maior taxa de reobstrução e irritação do trato urinário inferior. A discussão revelou que a manutenção da perviedade e o controle da infecção são pontos centrais para a sobrevida e preservação renal. Conclui-se que o SUB apresenta desempenho superior em longo prazo, embora a escolha do dispositivo deva considerar o perfil clínico individual e a evolução tumoral, propondo-se que estudos futuros explorem biomateriais inovadores e monitoramento precoce de falhas.
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