A humanização do cuidado e a qualidade da assistência a pacientes em cardiologia paliativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i7.49302Palavras-chave:
Capacidades de Enfrentamento, Estratégias de Saúde, Terapia Assistida com Animais, Serviço Hospitalar de Cardiologia, Cuidados Paliativos.Resumo
Introdução: A hospitalização é um período de estresse e ansiedade. Este relato descreve quatro estratégias implementadas em uma Unidade de Cardiologia Geral de um hospital especializado da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo para aprimorar o enfrentamento dos pacientes. O objetivo é, portanto, descrever a experiência de um enfermeiro residente na aplicação dessas estratégias para melhoria da hospitalização. Método: Trata-se de um estudo de natureza qualitativa, descritiva e, do tipo específico de relato de experiência de um enfermeiro residente em saúde cardiovascular, ocorrido em julho de 2024, na Unidade de Cardiologia Geral de um Hospital Público de Cardiologia em São Paulo. As estratégias incluíram: "Terapia Assistida por Cães", "Café com Conforto", "Visitas Multidisciplinares dos Cuidados Paliativos" e o Projeto "Ágape". Resultados: As estratégias de enfrentamento proporcionaram resultados efetivos, impactando positivamente o comportamento, bem-estar, acolhimento e interações sociais dos pacientes. Expressões de alívio e gratidão demonstraram a eficácia das intervenções em criar um ambiente acolhedor e reconfortante, ressaltando seu papel no enfrentamento do processo saúde-doença em pacientes hospitalizados. As ações foram estratégias eficazes para a melhoria do cuidado e dos resultados de saúde em pacientes com longos períodos de internação. Conclusão: Este relato de experiência destacou a relevância das estratégias implementadas na Unidade de Cardiologia Geral, baseadas na vivência do enfermeiro residente. A adoção da "Terapia Assistida por Cães", "Café com Conforto", "Visitas Multidisciplinares dos Cuidados Paliativos" e do Projeto "Ágape" demonstrou ser eficaz na promoção de benefícios emocionais e sociais para pacientes e acompanhantes.
Referências
Almeida, V. C. F., Lopes, M. V. O., & Damasceno, M. M. C. (2005). Teoria das relações interpessoais de Peplau: análise fundamentada em Barnaum. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 39(2), 202–210.
Alves, R. S. F., & Oliveira, F. F. B. (2022). Cuidados paliativos para profissionais de saúde: Avanços e dificuldades. Psicologia: Ciência e Profissão, 42, e238471.
Barker, S. B., & Wolen, K. A. (2008). The better of two worlds: an integrative review of animal-assisted therapy. Anthrozoös, 21(1), 59-69.
Belcher, J. R., & Fish, L. J. B. (2000). Hildegard E. Peplau. In J. B. George, Teorias de enfermagem: os fundamentos para a prática profissional (4a ed., pp. 45-58). Artes Médicas.
Brasil. (2004). Política Nacional de Humanização: Humaniza SUS. Documento básico para gestores e trabalhadores do SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização.
Chavis, P., & White, J. (2018). Animal-assisted therapy: A review of the current evidence. Journal of Clinical Outcomes Management, 25(8), 353-8.
Cole, K. M., Gawlinski, A., Steers, N., & Kotlerman, J. (2007). Animal-assisted therapy in patients with heart failure. American Journal of Critical Care, 16(6), 575-85.
Comitê Coordenador da Diretriz de Insuficiência Cardíaca. (2018). Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 111(3), 436-539.
Figueiredo, M. O., Alegretti, A. L., & Magalhães, L. (2021). Terapia ocupacional assistida por cães: uma revisão de escopo da literatura brasileira. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 29, e2087.
Kamioka, H., Okada, S., Tsutani, K., Park, H., Kitayuguchi, J., Kamada, M., ... & Mutoh, T. (2014). Effectiveness of animal-assisted therapy on psychiatric disorders: a systematic review. Psychogeriatrics, 14(3), 205-212.
Kruger, K. A., & Serpell, J. A. (2006). Animal-assisted interventions in mental health. In A. Fine (Ed.), Handbook on animal-assisted therapy: Theoretical foundations and guidelines for practice (2nd ed., pp. 21-44). Academic Press.
Marcus, D. A. (2013). The science behind animal-assisted therapy. Current Pain and Headache Reports, 17(4), 322.
Medeiros, A. B. A., Enders, B. C., & Lira, A. L. B. C. (2015). Teoria Ambientalista de Florence Nightingale: Uma Análise Crítica. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 19(3), 518-24.
NANDA International. (2018). Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-2020 (11th ed.). Artmed.
National Consensus Project for Quality Palliative Care. (2018). Clinical Practice Guidelines for Quality Palliative Care, (4th Edition). https://www.nationalcoalitionhospiceandpalliativecare.org/ncp-guidelines-4th-edition/.
Odendaal, J. S. J. (2000). Animal-assisted therapy—magic or medicine? Journal of Psychiatric Practice, 6(4), 213-216.
Pereira, A. S., et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Prado, C. M. C. S., & Pinheiro, S. L. (2022). Fisioterapia com brinquedos e terapia assistida por cães em lactentes: estudo observacional. Fisioterapia e Pesquisa, 29(2), 189–195.
Puchalski, C. M., & Ferrell, B. (2010). Making healthcare whole: The Interprofessional Spiritual Care Education Curriculum (ISPEC). Journal of Palliative Medicine, 13(12), 1435-1442.
Radbruch, L., & Payne, S. (2009). Research in palliative care: a handbook for the field. Oxford University Press.
Reis, C. G. C., Moré, C. L. O. O., Menezes, M., & Krenkel, S. (2024). Redes sociais significativas de familiares no processo de luto antecipatório no contexto dos cuidados paliativos. Psicologia USP, 35, e220030.
Santos, C. M. C. P., Pimenta, C. A. M., & Nobre, M. R. C. (2007). The Pico Strategy for the Research Question Construction and Evidence Search. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 15(3), 508-11.
Souza, L. M., Freitas, K. S., Silva Filho, A. M., Teixeira, J. R. B., Souza, G. S. S., Fontoura, E. G., et al. (2022). Prevalência e fatores associados a sintomas de depressão em familiares de pessoas hospitalizadas em unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 34(4), 499–506.
World Health Organization. (2020). Palliative care. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Vitória Fagian de Souza, José Reensor Teofilo Moura, Denise Viana Rodrigues de Oliveira, Sérgio Henrique Simonetti, Maria Teresa Cabrera Castillo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
