De blocos a rochas: um relato de experiência explorando as diferenças entre o mundo Minecraft e a geologia da vida real
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v14i9.49531Palavras-chave:
Geologia, Rochas, Minecraft, Ensino de Ciências.Resumo
Em uma era dominada por tecnologias digitais e jogos eletrônicos, o popular universo do jogo Minecraft se destaca como uma plataforma que, embora virtual, apresenta correlações com conceitos do mundo real e lúdico. Este estudo tem como objetivo principal apresentar um relato de experiência de uma estudante do 4º ano do ensino fundamental dos anos iniciais, no qual a aluna realizou uma comparação das características de rochas como obsidiana, lápis lazúli e esmeralda bruta, tanto em seu contexto geológico real quanto em sua representação no universo do jogo Minecraft. Através de um planejamento didático pedagógico, foi possível investigar as características física-geológicas de três rochas presentes no jogo – obsidiana, lápis lazúli e esmeralda bruta – com base em sua formação, cor, dureza e curiosidades associadas. Os resultados, apresentados demonstram que, através do relato de experiência, a estudante conseguiu elaborar e caracterizar os princípios científicos da Geologia e estudo das rochas, apresentando analogias que permitiu maior compreensão e construção de saberes sobre o conteúdo, garantindo a associação das rochas reais com as virtuais presentes no jogo. Neste sentido, foi possível concluir que o jogo Minecraft é uma significativa ferramenta didática e motivacional no ensino de Ciências, estimulando a curiosidade discente e facilitando a compreensão de conceitos científicos de forma divertida, lúdica e participativa.
Referências
Brasil, Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Secretaria de Educação Básica.
Campos, C. R. P., Suanno, S. B., & Silva, R. A. (2024). Ensino por investigação sobre geologia de rochas ornamentais, em busca da aprendizagem significativa. Terræ Didática, 20 (Publicação Contínua), 1–10, e024028. https://doi.org/10.20396/td.v20i00.8677362 .
Costa, A. G. (2021). Rochas ígneas e metamórficas: Petrografia, aplicações e degradação (2ª ed.). Oficina de Textos.
Costa, D., Gonçalves, J. C., & Gonçalves, J. R. (2020). The essential capacity of games in education: Minecraft study. Research, Society and Development, 9(11), e80691110603. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10603
Dias, N. F., & Rosalen, M. (2014). Minecraft: uma estratégia de ensino para aprender mais jogando. Anais CIET: Horizonte, São Carlos SP, 2(1).
Garrido, T. C. V., & Emmerich, D. C. (2023). Conhecimento geológico do material mineral, uma contribuição para arqueologia: conceitos e características petrográficas. Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza, 7(1), 2–21. https://doi.org/10.56814/pecen.v7i1.1915
Gil, A. C. (2025). Pesquisa qualitativa básica. Atlas.
Knittel, T., Santana, L., Pereira, M., & Menuzzi, M. (2017). Minecraft: experiências de sucesso dentro e fora da sala de aula. In Anais do XVI Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital (SBGames 2017) (pp. 1–7). Sociedade Brasileira de Computação.
Larcher Pinto, L. de C. (2019). O diário de bordo e suas potencialidades pedagógicas. ouvirOUver, 15(1), 100–111. https://doi.org/10.14393/OUV24-v15n1a2019-7.
Lopes, O. R., & Carneiro, C. D. R. (2009). O jogo “Ciclo das Rochas” para ensino de Geociências. Revista Brasileira de Geociências, 39(1), 30–41. https://doi.org/10.25249/0375-7536.20093913041.
Lopes, O. R. (2007). Jogo “Ciclo das rochas”: um recurso lúdico para o ensino de Geociências (Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências). Repositório da UNICAMP.
Marandino, M. (2005). A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de ciências. História, Ciências e Saúde. Manguinhos, 12, p.161-181.
Mendes, C. P., Liccardo, A., & Pimentel, C. S. (2024). Educação não formal em museus universitários ligados às Geociências no Paraná. Terr@ Plural, 18, 1–15. https://doi.org/10.5212/TerraPlural.v.18.21428.001
Moreira, M. A. (2011). Teorias de aprendizagem (2ª ed.). EPU.
Museu de Geologia e Ciências Naturais da Unesp/Assis (SP). (s.d.). Acervo - Rochas.
Oliveira, K. L., Dias Neto, B., & Torres, J. D. P. (2023, dezembro). Caracterização petrográfica e mineralógica do depósito de esmeraldas de Carnaíba: explicação didática e educacional para o entendimento dos processos metalogenéticos envolvidos [Pôster]. Anais do IX CONEDU. Realize Editora. Recuperado de https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/95926 .
Pacífico, M., Peroza, M. A. de R., & Galvão, M. A. G. (2019). Jogos virtuais e ludicidade: uma análise do jogo Minecraft. Revista Amazônida, 4(1), 1–21. https://doi.org/10.29280/rappge.v4i1.4943.
Pereira, A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free ebook]. Santa Maria. Editora da UFSM.
Pinheiro, R. B., & Lima, G. S. (2022). As concepções dos professores de Ciências acerca das potencialidades do cinema para o ensino e aprendizagem. Revista de Ensino de Ciências e Matemática (REnCiMa), 13(1).
Quixabeira, D. S., Guedes-Coelho, E. A. C., Voss, L. F., Fechine, J. A. L., & Coelho, F. P. (2023). Potencial didático do jogo digital Minecraft para ensino de Geografia no nível Fundamental II. Revista Contemporânea, 3(10), 18578–18603. https://doi.org/10.56083/RCV3N10-104
Souza, L. C. P., & Caniello, A. (2015). O potencial significativo de games na educação: análise do Minecraft. Comunicação & Educação, 2 (2).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Manuela Pinto Soares, Poliana Barbosa da Riva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
