Home nothing sweet home: domestic violence in times of Covid-19 and the intersectionality gap in public policies

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i12.10969

Keywords:

Domestic violence against women; Intersectional public policies; Covid-19; Patriarchy.

Abstract

This work problematizes the intensification of domestic violence against women in times of the Covid pandemic19 during home isolation, with the intersectionality as a fundamental element in the formulation and implementation of public policies for the care, confrontation and combat of violence against women. The article aims to analyze the domestic violence suffered by women in times of Covid-19, thus addressing the patriarchal family and its consequences, such as the reserved home as a space for women and the necessary inclusion of intersectionality in the formulation of public policies for women. The methodological approach was qualitative and the type of descriptive and exploratory study, based on bibliographical research, in addition to the use of empirical data from some official websites, such as the World Health Organization and media such as El país and Globo. The study concluded that staying at home in times of social isolation may be the opposite of being safe and that public policies are not formulated from an intersectional perspective, so it is necessary that institutions that serve women in situations of violence need to be attentive and act in order to protect women's lives.

Author Biographies

Francisca Kananda Lustosa dos Santos, Universidade Federal do Piauí

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Piauí, da Linha de Cultura, Identidade e Processos Sociais. Possui graduação em Serviço Social pelo Centro Universitário Santo Agostinho (2018). Participou do programa de monitoria junto a disciplina de pesquisa social I no ano de 2017. Participou da gestão "Remando contra a corrente" do Centro acadêmico de Serviço Social.

Elaine Ferreira do Nascimento, Fundação Oswaldo Cruz

Pesquisadora e Coordenadora Adjunta da Fiocruz Piauí. Possui Graduação em Serviço Social pela Universidade Federal Fluminense (1997), Mestrado em Ciências pelo Instituto Fernandes Figueira/ Fundação Oswaldo Cruz (2002) e Doutorado em Ciências pelo Instituto Fernandes Figueira /Fundação Oswaldo Cruz (2007). Tem experiência em pesquisa na área de Saúde Pública, com ênfase em Ciências Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, violência contra a mulher e feminicídio, sexualidades masculinas, serviço social, juventude, políticas públicas, questão racial, mortalidade materno-infantil, avaliação de serviços de saúde, doenças negligenciadas, saúde e violência da população LGBTQI+, determinantes sociais de saúde, Infecções Sexualmente Transmissíveis.

References

Akotirene, C. (2019). Interseccionalidade. Pólen Produção Editorial LTDA.

Araujo, M. E. A., da Silva, C. E. M., & Ramos, L. V. F. P. (2019, December). A trajetória da violência contra a mulher negra no Brasil: expressões de uma questão social, um debate necessário para o serviço social. In Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais.16, (1).

Barbosa, J. P. M., Lima, R. D. C. D.de Brito Martins G., Lanna, S. D., & Andrade, M. A. C. (2020). Interseccionalidade e outros olhares sobre a violência contra mulheres em tempos de pandemia pela Covid-19.

Brasil. (2020). Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Coronavírus: sobe o número de ligações para canal de denúncia de violência doméstica na quarentena. Recuperado de: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/marco/coronavirus-sobe-o-numero-de-ligacoes-para-canal-de-denuncia-de-violencia-domestica-na-quarentena.

Brasil. Painel de Monitoramento da Política Judiciária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheresdo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Brasília, 2019.

Brasil.LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal. 2006.

IPEA. (2020) Fórum brasileiro de violência contra mulheres de segurança pública.

Campbell, A. M. (2020). An increasing risk of family violence during the Covid-19 pandemic: Strengthening community collaborations to save lives. Forensic Science International: Reports, 100089.

Crenshaw, K. (2002). Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero. Revista estudos feministas, 10(1), 171-188.

Chauí, M. de Souza (1986). Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. Brasiliense. Recuperado de: https://kupdf.net/download/conformismo-e-resistencia-aspectos-da-cultura-popular-no-brasil-marilena chaui_5c3c3389e2b6f56622edd9eb_pdf.

CONFAP. (2020). Violência contra em tempos de Covid-19. Recuperado de: https://confap.org.br/news/violencia-contra-a-mulher-em-tempos-de-Covid-19/

Davis, A. (2016). Mulheres, raça e classe. Boitempo Editorial.

Dias, M. O. L. D. S. (1984). Quotidiano e poder em São no século XIX–Ana Gertrudes de Jesus. São Paulo: Brasiliense, 62-82.

Dias, R., & Matos, F. (2012). Políticas públicas: princípios, propósitos e processos. São Paulo: Atlas, 1-15.

Freyre, Gilberto. (2006). Casa-rrande& senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. São Paulo: Global.

IBGE (2018). (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA). Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. 2018. Recuperado de: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101629.pdf.

IBGE. (2019) Extrema pobreza atinge 13,5 milhões de pessoas e chega ao maior nível em 7 anos. Editoria: Estatísticas Sociais. Carmen Nery.

IBGE. (2020, Março). PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) contínua (mensal). Recuperado de: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9173-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-trimestral.html?=&t=series-historicas.

IPEA. (2018). Atlas da Violência 2018. Recuperado de: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2018/06/FBSP_Atlas_da_Violencia_2018_Relatorio.pdf

Lerner, G. (2020). A criação do patriarcado: história da opressão das mulheres pelos homens. Editora Cultrix.

López, L. C. (2009). "Que América Latina se sincere": uma análise antropológica das políticas e poéticas do ativismo negro em face às ações afirmativas e às reparações no Cone Sul. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Melo, Bernardo Dolabella et al. (org). (2020). Saúde mental e atenção psicossocial na pandemia COVID-19: violência doméstica e familiar na COVID-19. Rio de Janeiro: Fiocruz, Cartilha. 22 p.

Mendes, Maria B. T. (2001). Em Busca dos contos perdidos: o significado das funções femininas nos contos de Perrault. São Paulo: UNESP.

Nascimento, Elaine Ferreira do., Monte, Liana Maria Ibiapina do., Sousa, Ranieri Flávio Viana de. (2020). O capuz é vermelho: aviolência contra mulheres negras lésbicas no Brasil. in: violências e resistências: estudos de gênero, raça e sexualidade. Org. Johas, Bárbara; Amaral, Marcela; Marinho, Rossana. Teresina: EDUFPI, 203–217.

Nogueira, T. P. C. C. R. (2017). Mucama Permitida: a identidade negra do trabalho doméstico no Brasil. Cadernos de Gênero e Diversidade, 3(4), 47-58.

Nunes, Ana Carolina Almeida Santos. (2017). Análise de arranjos de implementação de políticas públicas de enfrentamento à violência contra mulheres em municípios de pequeno porte. Revista do Serviço Público - RSP, 68 (3), 503-532.

ONU (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS). (2020). Webinar Diálogo Interamericano sobre el impacto de laCOVID-19 sobre losderechos humanos, especialmente losderechos de lasmujeres y lasniñasen América Latina. Recuperado de: https://acnudh.org/pt-br/bachelet-comenta-impactos-desproporcionados-da-Covid-19-em-mulheres-e-meninas-da-america-latina/.

ONU MULHERES. (2020). Coloque mulheres e meninas no centro dos esforços para se recuperar daCovid-19. Declaração do Secretário Geral da ONU, António Guterres. Recuperado de: http://www.onumulheres.org.br/noticias/mulheres-e-meninas-devem-estar-no-centro-da-recuperacao-da-Covid-19-diz-chefe-da-onu/.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. (2020). Relatório mundial sobre violência e saúde. Brasília (DF): OMS/OPAS. Recuperado de: https://opas.org.br/relatorio-mundial-sobre-violencia-e-saude/Acesso em: maio, 2020.

Papa, Fernanda de Carvalho. (2012). Transversalidade e políticas públicas para mulheres no Brasil: percursos de uma pré-política. Dissertação (Administração Pública e Governo), São Paulo. Recuperado de: https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/9850/disserta%c3%a7%c3%a3o_FernandaPapa_final.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

Pereira A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. 1ed. UAB/NTE/UFSM. Recuperado de: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1.

Prado, D., Sanematsu, M. (2017). Feminicídio: #InvisibilidadeMata. Fundação Rosa Luxemburgo. Sao Paulo: Instituto Patrícia Galvão.

Ribeiro, Arilda Ines Miranda. (2006). Mulheres e educação no Brasil-colônia: histórias entrecruzadas. HISTEDBR, Navegando na história da educação brasileira.

Ribeiro, Djamila. (2020). Doméstica idosa que morreu no Rio cuidava da patroa contagiada pelo coronavírus. Folha de São Paulo. Recuperado de: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/djamila-ribeiro/2020/03/domestica-idosa-que-morreu-no-rio-cuidava-da-patroa-contagiada-pelo-coronavirus.shtml.

Ribeiro, Paulo Rennes Marçal. (1993). História da educação escolar no Brasil: notas para uma reflexão. Paidéia (Ribeirão Preto), 4, 15-30. Recuperado de: https://www.scielo.br/pdf/paideia/n4/03.pdf

Rosaldo, Michelle Z. (1979). A mulher, a cultura e a sociedade: uma revisão teórica. A mulher, a cultura e a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 33-64.

Saffioti, Heleieth. (1979). A mulher na sociedade de classes: mitos e realidade. Rio de Janeiro: Rocco.

Santos, Hildete Leal., Santos, Adelino Pereira.(2017). Entre Amélias e Cinderelas: representações femininas em contos da tradição oral. REVELL: Revista de Estudos Literários da UEMS, 2, (16), 74-95.

Santos, N. C. R. D., Freitas, R., & Ceara-Silva, G. L. (2019). Violência conjugal lésbica: relatos de assistentes sociais que atendem mulheres na cidade de Niterói. Serviço Social & Sociedade, (134), 124-141.

Silveira, R. S. & Nardi, H. C. (2014). Interseccionalidade gênero, raça e etnia e a lei Maria da Penha. Psicologia & Sociedade. 26, 14-24.

Soares, V. (1994). Movimento feminista: Paradigmas e desafios. Revista Estudos Feministas, 2, (2) Universidade Federal de Santa Catarina.

Tokita, Márcia Figueiredo. (2013). Mulheres negras. anais do v simpósio internacional lutas sociais na América Latina, 120-133.

Vilarinho, Gabriel. (2020). A segurança e o outro nos tempos do coronavírus. Revista Estudos Libertários, 2. (4), 88-98.

Villa, Eugênia Nogueira do Rêgo Monteiro. (2020). Convenção de Belém do Pará: fragmentos para descolonização de corpos femininos. in: violências e resistências: estudos de gênero, raça e sexualidade. Org. JOHAS, Bárbara; AMARAL, Marcela; MARINHO, Rossana. Teresina: EDUFPI, 67–81.

Published

16/12/2020

How to Cite

SANTOS, F. K. L. dos .; NASCIMENTO, E. F. do . Home nothing sweet home: domestic violence in times of Covid-19 and the intersectionality gap in public policies. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 12, p. e14791210969, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i12.10969. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/10969. Acesso em: 25 apr. 2024.

Issue

Section

Human and Social Sciences