Tétano: Um problema de saúde pública no Brasil apesar das estratégias e medidas de prevenção
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14877Palavras-chave:
Enfermagem em Saúde Pública; Epidemiologia; Prevenção de Doenças; Tétano.Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de Tétano acidental no Brasil entre os anos de 2009 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo, com dados obtidos na plataforma DataSUS, por meio da seguinte estratégia: “Informações de Saúde (TABNET)”, no grupo “Doenças e Agravos de Notificação - 2007 em diante (SINAN)”, com destaque em “tétano”. Foram aplicadas as seguintes variáveis: regiões do Brasil, ano de notificação (2009 a 2019), idade, sexo, escolaridade e evolução. Resultados: Os achados da pesquisam revelam que o sexo masculino representa 85,3% dos casos de TA e que a região Nordeste apresenta o maior percentual de notificações (33,2%). Dos contaminados, 38,1% vieram a óbito. Os indivíduos com idade entre 20 e 59 anos representam 60,2% dos casos totais e aqueles que não completaram os estudos da 1ª a 4ª série do ensino fundamental representam 28,9%. O ano de 2011 é o que mais apresentou casos confirmados de TA (335). Conclusão: Os resultados indicam que, mesmo com a queda dos números de casos, o TA ainda é um problema de saúde pública e apresenta uma taxa de letalidade significativa. Portanto, urge a necessidade de manter em dia o esquema de vacinação e ampliar o conhecimento dos brasileiros acerca das formas de prevenção da doença.
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