Uso de métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto e sua relação com a redução de ansiedade puerperal em uma maternidade da Rede SUS de Aracaju
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14899Palavras-chave:
Ansiedade; Trabalho de parto; Obstetrícia; Dor.Resumo
Este trabalho objetiva avaliar o impacto entre o uso de métodos não-farmacológicos de alívio da dor durante o parto e ansiedade puerperal na Maternidade de Risco Habitual, em Aracaju, verificando a frequência do uso destas técnicas e o nível de ansiedade das parturientes. Trata-se de estudo prospectivo, transversal, com abordagem quantitativa com 810 puérperas, de todas as idades, advindas dos 75 municípios do estado de Sergipe que buscaram a maternidade da Rede SUS de Aracaju. De set./2019 a fev./2020, os pesquisadores coletaram dados dos prontuários de puérperas nas primeiras 48 horas após o parto, mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ou Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). Avaliou-se se as parturientes utilizaram métodos não farmacológicos de alívio da dor e foram aplicados os questionários IDATE-Traço e IDATE-Estado para aferição de ansiedade nas puérperas. Analisou-se os dados coletados estatisticamente pelo programa Jasp versão 0.12.1. O CEP da Universidade Tiradentes aprovou o trabalho (parecer: 3.695.763). O estudo demonstrou correlação positiva (p-value < 0,05) entre métodos não farmacológicos de alívio de dor e IDATE-TRAÇO (SCORE) e IDATE-ESTADO (SCORE), em que mulheres com maior score para ansiedade não usaram métodos não farmacológicos de alívio da dor. Conclui-se haver relação estatística significativa entre métodos não farmacológicos de alívio da dor e ansiedade puerperal.
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