Prevalência da disfunção temporomandibular em pacientes portadores de próteses totais e associação com fatores psicológicos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.15056Palavras-chave:
Disfunção temporomandibular; Articulação temporomandibular; Prótese total; Depressão.Resumo
O termo DTM é utilizado para definir condições que envolvem alterações da estrutura e/ou função do sistema mastigatório envolvendo a Articulação Temporomandibular (ATM) e estruturas musculoesqueléticas relacionadas. Apesar do desenvolvimento da Odontologia Preventiva durante as últimas décadas e do advento dos implantes ósseo integrados, ainda é possível encontrar indivíduos que necessitam de reabilitação com prótese total convencional. Independentemente da causa do edentulismo, as DTM podem acometer pacientes desdentados totais, portadores ou não de próteses. Inexplicavelmente, por um longo período os indivíduos desdentados não foram considerados, e ainda, no contexto atual, as publicações científicas com significativa relevância, referentes à prevalência de DTM em indivíduos desdentados totais, portadores ou não de próteses totais, ainda são escassas e controversas, não provendo subsídios para uma conclusão consistente. Tipo de estudo: estudo transversal. Objetivo: A partir de um estudo transversal avaliar e investigar a prevalência de DTM em indivíduos desdentados totais. Material e métodos: Foram avaliados 50 pacientes portadores de próteses totais, os quais foram agrupados de acordo com o diagnóstico clínico e psicológico através do RDC/TMD. Foi realizado teste de retenção e estabilidade das próteses e medidas de dimensão vertical de oclusão dos usuários de Prótese totais. Resultados: A presença de DTM foi encontrada em apenas 14% da amostra enquanto 86% dos pacientes relataram baixa estabilidade e retenção das próteses, DVO com padrão de normalidade em 70% dos pacientes e 62% dos pacientes foram diagnosticados com depressão moderada. Conclusão: Não houve associação entre DTM e uso de prótese total, já que apenas 14% da amostra apresentou DTM, porém 62% dos pacientes tiveram associação entre a presença de DTM e depressão.
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