Vantagens e entraves do uso da telemedicina no acompanhamento de pacientes com insuficiência cardíaca

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17708

Palavras-chave:

Telemedicina; Telemonitoramento; Insuficiência cardíaca.

Resumo

A telemedicina é a prestação de serviços remotos de saúde em situações na qual a distância é um fator crítico. Em meio ao cenário da COVID 19 a telemedicina sofreu muitos avanços, porém, ainda se observa entraves em sua aplicabilidade. Nesse contexto, o presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão sistemática focando nas vantagens e entraves do uso da telemedicina no acompanhamento de pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Para isso foi realizado um levantamento bibliográfico por meio da biblioteca eletrônica PubMed, tendo como critérios de inclusão artigos cujo tema central era o uso da telemedicina no acompanhamento de pacientes com IC publicados no período de 2017 a 2021. Foram identificados, no total, 95 artigos, dos quais apenas 13 tiveram contribuições relevantes para o presente estudo. Analisando-os foi identificado que o uso de serviços remotos em saúde proporciona aumento na adesão do paciente ao tratamento, reduzindo, assim, a taxa de hospitalização e morte, além de ter ótimo custo-benefício. No entanto, a impossibilidade de realização do exame físico e a falta de acesso a dispositivos eletrônicos e internet por parte da população são empecilhos que dificultam sua aplicabilidade. Portanto, apesar dos muitos benefícios proporcionados pela telemedicina para os pacientes com IC, é necessária uma logística bem estabelecida para que entraves sejam superados.

Referências

Andrade, J. P. D., Mattos, L. A. P., Carvalho, A. C., Machado, C. A., & Oliveira, G. M. M. D. (2013). Programa nacional de qualificação de médicos na prevenção e atenção integral às doenças cardiovasculares. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 100(3), 203-211.

Brito, B. O., & Leitão, L. P. C. (2020). Telemedicina no Brasil: Uma estratégia possível para o cuidado em saúde em tempo de pandemia?. Saúde em Redes, 6(2 Suplem).

Chaet, D., Clearfield, R., Sabin, JE, & Skimming, K. (2017). Prática ética em telessaúde e telemedicina. Journal of general internal medicine, 32 (10), 1136-1140.

Ercole, F. F., Melo, L. S. D., & Alcoforado, C. L. G. C. (2014). Revisão integrativa versus revisão sistemática. Revista Mineira de Enfermagem, 18(1), 9-12.

Eurlings, CGMJ, Boyne, JJ, De Boer, RA e Brunner-La Rocca, HP (2019). Telemedicina na insuficiência cardíaca - mais do que bom ter?. Netherlands Heart Journal , 27 (1), 5-15.

Eyck, L.T., MacLeod, S., Hawkins, K., Guimont, R., & Hartley, S. (2019). The impact of a heart failure management program in a Medicare advantage population. Population health management, 22(2), 153-161.

Gensini, G. F., Alderighi, C., Rasoini, R., Mazzanti, M., & Casolo, G. (2017). Value of telemonitoring and telemedicine in heart failure management. Cardiac failure review, 3(2), 116.

Insuficiência, C. C. D. D., Colaboradores, C., & Rohde, L. E. P. (2018). Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol, 111(3), 436-539.

Kitsiou, S., Paré, G., & Jaana, M. (2015). Efeitos das intervenções de telemonitoramento domiciliar em pacientes com insuficiência cardíaca crônica: uma visão geral das revisões sistemáticas. Journal of medical Internet research, 17 (3), e63.

Koehler, F., Koehler, K., Deckwart, O., Prescher, S., Wegscheider, K., Kirwan, B. A., ... & Stangl, K. (2018). Efficacy of telemedical interventional management in patients with heart failure (TIM-HF2): a randomised, controlled, parallel-group, unmasked trial. The Lancet, 392(10152), 1047-1057.

Lin, M. H., Yuan, W. L., Huang, T. C., Zhang, H. F., Mai, J. T., & Wang, J. F. (2017). Clinical effectiveness of telemedicine for chronic heart failure: a systematic review and meta-analysis. Journal of Investigative Medicine, 65(5), 899-911.

Lopes, J. E., & Heimann, C. (2016). Uso das tecnologias da informação e comunicação nas ações médicas a distância: um caminho promissor a ser investido na saúde pública. Journal of Health Informatics, 8(1).

Lopes, M. A. C. Q., Oliveira, G. M. M. D., Ribeiro, A. L. P., Pinto, F. J., Rey, H. C. V., Zimerman, L. I., ... & Rezende, W. F. D. (2019). Guideline of the Brazilian Society of Cardiology on Telemedicine in Cardiology-2019. Arquivos brasileiros de cardiologia, 113(5), 1006-1056.

Maldonado, J. M. S. D. V., Marques, A. B., & Cruz, A. (2016). Telemedicina: desafios à sua difusão no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 32, e00155615.

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., & Altman, D. G. (2010). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. Int J Surg, 8(5), 336-341.

Organização Mundial da saúde. (OMS). Digital Atlas Health. Internet. https://digitalhealthatlas.org/en//.

Organização Pan-Americana da Saúde. (OPS). Definição de indicadores para projetos de telemedicina como ferramenta para redução das iniquidades em saúde: documento de análise e resultados de uma comunidade de práticas. Washington D. C; 2016 [http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/28563.

Tersalvi, G., Winterton, D., Cioffi, G. M., Ghidini, S., Roberto, M., Biasco, L., ... & Vicenzi, M. (2020). Telemedicine in heart failure during COVID-19: a step into the future. Frontiers in cardiovascular medicine, 7.

Vasconcelos, H. G., da Silva Vaz, S. H., Prado, L. F. R., Rezende, L. C., Machado, A. P. B., Pereira, D. F. G., ... & Andrade, V. F. (2020). Análise da mortalidade hospitalar por insuficiência cardíaca no estado de Minas Gerais, Brasil. Revista Eletrônica Acervo Científico, 12, e4568-e4568.

Veenis, JF, Radhoe, SP, Hooijmans, P., & Brugts, JJ (2021). Monitoramento remoto em pacientes com insuficiência cardíaca crônica: o monitoramento remoto não invasivo é o caminho a percorrer ?. Sensores, 21 (3), 887.

Vestergaard, A. S., Hansen, L., Sørensen, S. S., Jensen, M. B., & Ehlers, L. H. (2020). Is telehealthcare for heart failure patients cost-effective? An economic evaluation alongside the Danish TeleCare North heart failure trial. BMJ open, 10(1).

Zhu, Y., Gu, X., & Xu, C. (2020). Effectiveness of telemedicine systems for adults with heart failure: a meta-analysis of randomized controlled trials. Heart failure reviews, 25(2), 231-243.

Downloads

Publicado

19/07/2021

Como Citar

CRUZ, M. G. C. .; CAVALCANTI, L. A. de M. .; D’ALBUQUERQUE, A. C. .; VASCONCELOS , M. M. .; REIS , R. de C. . Vantagens e entraves do uso da telemedicina no acompanhamento de pacientes com insuficiência cardíaca. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e0410917708, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.17708. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17708. Acesso em: 1 jun. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde