Fundamentos psicanalíticos na construção da subjetividade na Psicose
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18738Palavras-chave:
Psicanálise; Psicose; Transferência; Manejo.Resumo
Este trabalho de pesquisa sobre a temática da psicose segue uma linha psicanalítica de estudos, com caráter qualitativo de revisão bibliográfica narrativa. O mesmo investiga os fundamentos da clínica das psicoses, trazendo um estudo do caso Schreber feito por Freud, como a leitura de estudiosos que revistaram suas obras a fim de compreender melhor os seus desdobramentos. Outro objetivo é verificar a dimensão da transferência ligada ao manejo clínico, o qual tange a relação analista-paciente, como um outro princípio norteador para o tratamento da psicose. Sabe-se que a transferência faz parte tanto da clínica neurose, como da psicose. Mas é na clínica da psicose, que Freud afirma que ela é negativa. Esse “obscurecimento” por esta palavra usada por Freud, é o que vai levar muitos psicanalistas a se debruçarem nessa temática. Sobre o manejo, nas entrelinhas do caso Schreber, Freud dá algumas indicações. Mas, os avanços significativos vêm nas obras de autores pós-freudianos interessados em desbravar o terreno “árido” das psicoses. Considerando a soma dessas temáticas, percebe-se a possibilidade de tratamento para estes pacientes, como um saber renovado sobre o sujeito da loucura. Aqui, o “louco”, o psicótico, como sujeito em sua, em “nossa” história, a fim de assegurar um lugar que lhe é próprio – não por merecimento de um estado de “sanidade”, cuja sociedade lhe confere como justo, mas pelo que lhe é de direito.
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