Utilização de extrato Artemisia vulgaris em hexano no controle in vitro de Rhipicephalus microplus
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.20759Palavras-chave:
Biocarrapaticida; Bovino; Ectoparasitas.Resumo
As infestações por Rhiphicephalus microplus causam perdas significativas na bovinocultura brasileira provocando diversos prejuízos como, perda de peso e baixa conversão alimentar, podendo comprometer a produção de carne e leite. O extrato de plantas é utilizado como uma forma alternativa para o controle de carrapatos, visto que o uso indiscriminado de acaricidas está gerando populações de carrapatos cada vez mais resistentes. Assim, em conformidade com o exposto, o presente trabalho objetivou testar a eficiência reprodutiva in vitro de ativos extraídos em solvente apolar (hexano) da planta Artemisia vulgaris sobre o carrapato Rhipicephalus microplus. Inicialmente, para a avaliação das eficácias in vitro dos extratos da A. vulgaris, foram utilizadas teleóginas da colônia de R. microplus do Laboratório de Quimioterapia Experimental em Parasitologia Veterinária da UFRRJ (LQEPV), sendo separadas em grupos de 10 e submetidas ao teste de imersão em hexano na concentração de 1250 ppm, bem como controle positivo e negativo. A leitura do percentual de eclodibilidade que foi realizada para o cálculo da Eficiência Reprodutiva do Produto, foi feita através de análise de variância. Deste modo, ainda que hajam poucos trabalhos que comprovem a eficácia de A. vulgaris como um biocarrapaticida, pôde-se concluir com o presente estudo que, quando esta foi extraída em hexano demonstrou uma boa eficácia no controle in vitro de R. microplus.
Referências
Ali, A., Parizi, L. F., Ferreira, B. R., & Vaz Junior, I. D. S. (2016). A revision of two distinct species of Rhipicephalus: R. microplus and R. australis. Ciência Rural, 46(7), 1240-1248.
Almeida, K. A., Costa Freitas, F. L., & Pereira, T. F. C. (2006). Etnoveterinária: a fitoterapia na visão do futuro profissional veterinário. Revista verde de agroecologia e desenvolvimento sustentável, 1(1).
Ambrosio, S. R.; Toledo, J. S.; Toledo, T. C. I.; Cerri, D. G.; Lopes, W.; Cruz, A. K., & Costa, F. B. (2007). Atividade leishmanicida de lactonas sesquiterpênicas de Tithonia diversifolia (Asteraceae). In: Reunião Anual Da Sociedade Brasileira De Química – SBQ, 30, Águas de Lindóia. Anais [...] Águas de Lindóia – SP.
Andreotti, R.; Garcia, M. V. & Koller W.W. (2019). Controle estratégico dos carrapatos nos Bovinos. In: Carrapatos na cadeia produtiva de bovinos. Brasília, DF, 123–133.
Aurnheimer, R. C., Pereira, M. A. V., Vita, G. F., & Damas, S. L. (2012). Eficácia in vitro de Ruta graveolens, nas formas fitoterápica e homeopática, para o controle de carrapatos. Ars Vet., 28(2) 122-127.
Bagavan, A., Kamaraj, C., Elango, G., Zahir, A. A., & Rahuman, A. A. (2009). Adulticidal and larvicidal efficacy of some medicinal plant extracts against tick, fluke and mosquitoes. Veterinary parasitology, 166(3-4), 286-292.
Brasil. Ministério da Agricultura e do Abastecimento. (1997) Secretaria de Defesa Agropecuária. Portaria n. 48 de 12 de maio de 1997. Regulamento técnico para licenciamento e/ou renovação de licença de produtos antiparasitários de uso veterinário.
Chagas, A. C. S, Georgetti, C. S., Carvalho, C. O., Oliveira, M. C. S., Rodrigues, R. A., Foglio, M. A., & Magalhães, P. M. (2011). In vitro activity of Artemisia annua L (Asteraceae) extracts against Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 20(1), 31-35
Cognini, E. F. T., Vargas, G. P., Fiorio, M. S., Wortmann, B. B., Oliveira, L. R. S., Rosa, R. L., Souza, E. M., Santi, L., & Silva, W. O. (2020). Métodos alternativos e sustentáveis de controle do carrapato bovino Rhipicephalus microplus. Revista Liberato, 20(34), 27-37.
Drummond, R. E. A., Ernst, S. E., Trevino, J. L., Gladney, W. J., & Graham, O. H. (1973). Boophilus annulatus and B. microplus: laboratory tests of insecticides. Journal of economic entomology, 66(1), 130-133.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). (2020). Anuário Leite. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1124722/anuario-leite-2020-leite-de-vacas-felizes
Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.
Fetrow, C. W., & Avila, J. R. (2000). Manual de medicina alternativa para o profissional. Guanabara Koogan.
Geissman, T. A. (1970). Sesquiterpene lactones of Artemisia—A. verlotorum and A. vulgaris. Phytochemistry, 9(11), 2377-2381.
Guedes, D. S., Jr., Araújo, F. R., Silva, F. J. M., Rangel, C. P., Barbosa, J. D., Neto, & Fonseca, A. H. (2008). Frequency of antibodies to Babesia bigemina, B. bovis, Anaplasma marginale, Trypanosoma vivax and Borrelia burdgorferi in cattle from the northeastern region of the state of Pará, Brazil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 17(2), 105-109.
McGaw, L. J., & Eloff, J. N. (2008). Ethnoveterinary use of southern African plants and scientific evaluation of their medicinal properties. Journal of Ethnopharmacology, 119(3), 559-574.
Meshnick, S. R., Jefford, C. W., Posner, G. H., Avery, M. A., & Peters, W. (1996). Second-generation antimalarial endoperoxides. Parasitology Today, 12(2), 79-82.
Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.
Molan, A. L., Meagher, L. P., Spencer, P. A., & Sivakumaran, S. (2003). Effect of flavan-3-ols on in vitro egg hatching, larval development and viability of infective larvae of Trichostrongylus colubriformis. International Journal for Parasitology, 33(14), 1691-1698.
Moreira, F. (1985). As plantas que curam. São Paulo: Hemus, 256 p.
Moreira, M. D., Picanço, M. C., Silva, E. D., Moreno, S. C., Martins, J. C., Venzon, M., & Pallini, A. (2006). Uso de inseticidas botânicos no controle de pragas. Controle alternativo de pragas e doenças. Viçosa: EPAMIG/CTZM, 89-120.
Oliveira, M. I., Castro, E. M., Costa, L. C. B., & Oliveira, C. (2009). Características biométricas, anatômicas e fisiológicas de Artemisia vulgaris L. cultivada sob telas coloridas. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 11(1), 56-62.
Panizza, S. (1997). Plantas que curam: cheiro do mato. (19a ed.), IBRASA. 279 p.
Perinotto, W. M. S., da Costa Angelo, I., Gôlo, P. S., Camargo, M. G., de Sá, F. A., de Oliveira Monteiro, C. M., & Bittencourt, V. R. E. P. (2012). Eficiência da formulação comercial de Beauveria bassiana no controle de Rhipicephalus microplus em condições laboratoriais. Brazilian Journal of Veterinary Medicine, 34(Supl. 1), 95-101.
Raynal, J. T., Borges, A. A., Bastos, B. L., Bahiense, T. C., Meyer, R., & Portela, R. W. (2018). Avaliação da eficiência de acaricidas sobre Rhipicephalus (Boophilus) microplus no estado da Bahia. PUBVET, 12, 133.
Reck, J., Marks, F. S, Rodrigues, R. O, Souza, U. A, Webster, A., Leite, R. C, & Martins, J. R (2014). A infestação por carrapatos Rhipicephalus microplus aumenta o risco de miíase causada por Cochliomyia hominivorax em bovinos? Medicina veterinária preventiva , 113 (1), 59-62.
Santos, F. D., & Vogel, F. S. F. (2012). Avaliação in vitro da ação do óleo essencial de capim limão (Cymbopogon citratus) sobre o carrapato bovino Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 14(4), 712-716.
Souza, M. C. L. Avaliação da ação inseticida e de repelência de Artemisia vulgaris L. sobre Ctenocephalides Felis Felis (Bouché, 1835) (Siphonaptera, Pulicidae) em condições de laboratório. 2013. Monografia (Especialista em Entomologia Urbana) – Universidade Estadual Paulista Júlio De Mesquita Filho, 2013.
Sprenger, L. K., Buzatti, A., Campestrini, L. H., Yamassaki, F. T., Maurer, J. B. B., Baggio, S. F. Z., & Molento, M. B. (2015). Atividade ovicida e larvicida do extrato hidroalcoólico de Artemisia annua sobre parasitas gastrintestinais de bovinos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 67(1), 25-31.
Tigno, X. T., de Guzman, F., Flora, A. M., & Theresa, V. (2000). Phytochemical analysis and hemodynamic actions of Artemisia vulgaris L. Clinical hemorheology and microcirculation, 23(2, 3, 4), 167-175.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Thiago Luiz Pereira Marques; Gabriela Santos Freitas; Gabriela Barbosa Martins; Letícia Meirelles Ávila; Karoline Alves Machado; Erica Cristina Rocha Roier; Bárbara Rauta de Avelar; Katherina Coumendouros

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.