Saúde e qualidade de vida dos agentes de nível médio do trabalho de enfermagem a partir da terceira idade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21942Palavras-chave:
Qualidade de Vida; Enfermagem; Terceira Idade; Saúde.Resumo
A investigação da qualidade de vida relacionado a saúde profissional é relevante podendo esta refletir na saúde do profissional de enfermagem e assim impactar em sua qualidade de vida relacionada à saúde. Objetivo: analisar o perfil de saúde e a qualidade de vida relacionada à saúde dos agentes de nível médio da enfermagem a partir da terceira idade. Método: Estudo transversal de abordagem quantitativa, com os agentes de nível médio da enfermagem na terceira idade, com aplicação de roteiro norteador além do instrumento The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36), durante o segundo semestre de 2019. Os dados coletados foram organizados e tabulados por meio da frequência absoluta (n) e relativa (%) e apresentados em tabelas, além da realização do teste Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados e após procedeu-se com teste não paramétrico para medianas de Kruskal-Wallis, que quando significativo (p<0,05), realizou-se o teste de Conover-Iman para a comparação múltipla entre as medianas. Resultados: fatores como obesidade, sedentarismo, limitações físicas, doenças crônicas e ocupacionais, sobrecarga e desgastes oriundos do trabalho, foram identificados como agravantes à saúde e qualidade de vida dos profissionais. Com aplicação do instrumento SF-36 observou-se que o domínio aspectos sociais apresentou melhor escore médio, enquanto o domínio de estado geral da saúde refletiu um escore de menor média. Conclusão: Ademais, conclui-se que a enfermagem ainda carece de melhores condições em suas atividades laborais e de novas estratégias para o enfrentamento do adoecimento na enfermagem.
Referências
ABEP. (2021). Critérios de Classificação Econômica Brasil. <http://www.abep.org/criterio-brasil>.
Andrade, M. M. (2002). Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. (5ª. ed.) São Paulo: Atlas.
Neto, A. A., Araújo, R., Pitangui, A., Menezes, L., França, E., Costa, E., Andrade, F., & Junior, M. C. (2013). Qualidade de vida e nível de atividade física de profissionais de saúde de unidades de terapia intensiva. Revista Brasileira Atividade Física & Saúde. 18(6), 711-719. https://doi.org/10.12820/rbafs.v.18n6p711.
Alves, D. F. S., & Guirardello, E. B. (2016). Ambiente de trabalho da enfermagem, segurança do paciente e qualidade do cuidado em hospital pediátrico. Revista Gaúcha Enfermagem. 37(2), e58817.
Amaral, J. F., Ribeiro, J. P., & Paixão, D. X. (2015). Qualidade de vida no trabalho dos profissionais de enfermagem em ambiente hospitalar: uma revisão integrativa. Revista Espaço para a Saúde. 6(1), 66-74.
Barbosa, T. C., Mota. A. N., Mendonça, G. N., & Quaresma, F. R. P. (2018). Nível de atividade física de profissionais de duas unidades de pronto atendimento na região norte do Brasil. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. 17(2),104-112. https://doi.org/10.33233/rbfe.v17i2.2266.
Brasil. (2013). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Cadernos de Atenção Básica, n. 36.
Brasil. (1986). Lei 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a Regulamentação do Exercício da Enfermagem e dá outras providências. Brasília (DF): Ministério da Saúde.
Brasil. (1994). Lei 8.967, de 25 de dezembro de 1994. Altera a redação do parágrafo único do art. 23 da Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, que dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. Brasília (DF): Ministério da Saúde.
Brasil. (2017). Resolução N° 466, de 12 de dezembro de 2012. .
Brasil. (2016). Resolução No 510, de 07 de abril de 2016. <http://conselho.saude
.gov.br/resolucoes/2016/reso510.pdf>.
Cantele, A. B., Araújo, B.N., Pellizzari, G., & Bidel, R. M. R. (2017). Envelhecimento ativo: o conhecimento dos técnicos de enfermagem da estratégia saúde da família. Revista Saúde e Desenvolvimento. 11(9), 156-171.
Chandrakumar, S., & Adams, J. (2015). Attitudes to smoking and smoking cessation among nurses. Nursing Standard (2014+). 30(9), 36.
Costa, A. C., Fortes, A. F. A., & Soane, A. M. N. C. (2019). A imagem e o preparo do enfermeiro acerca do próprio envelhecimento. Enfermagem Brasil. 12(4), 198-205.
Costa, K. N. F. M., et al. (2017). Qualidade de vida relacionada à saúde dos profissionais de enfermagem. Revista enfermagem UFPE on line, p. 881-889.
Domingues, J. G., Silva, B. B. C., Bierhals, I. O., & Barros, F. C. (2019). Doenças crônicas não transmissíveis em profissionais de enfermagem de um hospital filantrópico no Sul do Brasil. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 28(2), e2018298. 10.5123/S1679-49742019000200011.
Dutra, F. C. M. S., Costa, L. C., & Sampaio, R. F. (2016). A influência do afastamento do trabalho na percepção de saúde e qualidade de vida de indivíduos adultos. Fisioterapia e Pesquisa. 23(1), 98-104.
Faria, E. B. L., & Machado, C. J. (2016). Qualificação para o Trabalho em Saúde: Um Estudo Exploratório sobre Escolaridade e Cargo na Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, 2009. Revista Brasileira de Educação e Cultura| RBEC. 14, 34-60.
Fernandes, L. S., Nitsche, M. J. T., & Godoy, I. (2017). Bornout Syndrome in nursing professionals from an Intensive Care Unit. Revista Fundação Care Online. 9(2), 551-557.
Flores, C. A. S., Almeida, P. B. A., & Junior, E. M. J. (2017). Investigação e Documentação Histórica da Enfermagem na Região Norte do Estado de Mato Grosso – Brasil. História da Enfermagem Revista eletrônica [Internet].8(1), 18-26.
Freire, A. K. S., & Santiago, E. J. P. (2017). Doenças ocupacionais nos trabalhadores de enfermagem e educação em saúde: revisão integrativa. Revista Saúde e Desenvolvimento. 11(6), 202-218.
Freire, M. N., & Costa, E. R. (2016). Qualidade de vida dos Profissionais de Enfermagem no Ambiente de Trabalho. Revista Enfermagem Contemporânea. 5(1):151-158. http://dx.doi.org/10.17267/2317-3378rec.v5i1.871.
Gil, A. C. (2010). Métodos e técnicas de pesquisa social. In: Métodos e técnicas de pesquisa social. Atlas.
Hyeda, A., & Costa, É. S. M. (2017). A relação entre a ergonomia e as doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco. Revista brasileira medicina do Trabalho. 15(2): 173-181.
Junqueira, M. A. B., Ferreira, M. C. M., Soares, G. T., Brito, I. E., Pires, P. L. S., Santos, M. A., & Pillon, S. C. (2017). Uso de álcool e comportamento de saúde entre profissionais da enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 51, e03265. 10.1590/S1980-220X2016046103265.
Kotekewis, K., Ribeiro, R. P., Ribeiro, B. G. A., & Martins, J. T. (2017). Doenças crônicas não transmissíveis e o estresse dos trabalhadores de enfermagem de bloco cirúrgico. Enfermería Global. 16(2), 295-314. 10.6018/eglobal.16.2.252581.
Lima, L. M., Souza, R. J. S., Cunha, M. R. H., Leopoldo, A. S., & Lima-Leopoldo, A. P. (2017). Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Idosas do Centro de Convivência para a Terceira Idade de Vitória. ES. Revista Brasileira Ciência da Saúde. 21(2), 119-26.
Machado, M. H., Wermelinger, M., Vieira, M., Oliveira, E., Lemos, W., Aguiar Filho, W., Lacerda, A. F., Santos, M. R., Souza Junior, P. B., Justino, E, & Barbosa, C. (2016a). Características gerais da enfermagem: o perfil sócio demográfico. Enfermagem em Foco.7( ¼), 11-17.
Machado, M. H., Wermelinger, M., Vieira, M., Oliveira, E., Lemos, W., Aguiar Filho, W., Lacerda, A. F., Santos, M. R., Souza Junior, P. B., Justino, E, & Barbosa, C. (2016b). Aspectos gerais da formação da enfermagem: o perfil da formação dos enfermeiros, técnicos e auxiliares. Enfermagem em Foco. 7( ESP), 15-34.
Machado, M. H., Wermelinger, M., Vieira, M., Oliveira, E., Lemos, W., Aguiar Filho, W., Lacerda, A. F., Santos, M. R., Souza Junior, P. B., Justino, E, & Barbosa, C. (2016c). Condições de trabalho da enfermagem. Enfermagem em Foco. 6(¼), 79-90.
Machado, M. H., Wermelinger, M., Vieira, M., Oliveira, E., Lemos, W., Aguiar Filho, W., Lacerda, A. F., Santos, M. R., Souza Junior, P. B., Justino, E, & Barbosa, C. (2016d). Mercado de trabalho da enfermagem: aspectos gerais. Enfermagem em Foco. 7 (ESP), 35-53.
Magalhães, F. J., Mendonça, L. B. A., Rebouças, C. B. A., Lima, F. E. T., Custódio, I. L., & Oliveira, S. C. (2014). Fatores de risco para doenças cardiovasculares em profissionais de enfermagem: estratégias de promoção da saúde. Revista Brasileira de Enfermagem. 67 (3), 394-400.
Marques, D. O., Pereira, M. S., Silva e Souza, A. C., Vila, V. S. C., Almeida, C. C. O. F., & Oliveira, E. C. (2015). O absenteísmo - doença da equipe de enfermagem de um hospital universitário. Revista Brasileira de Enfermagem. 68(5), 876-82. 10.1590/0034-7167.2015680516i.
Medronho, R. A. (2009). Epidemiologia. São Paulo: Atheneu.
Meira, E. D., Reis, L. A., Gonçaleves, L. H. T., Rodrigues, V. P., & Philipp, R. R. (2017). Vivências de mulheres cuidadoras de pessoas idosas dependentes: orientação de gênero para o cuidado. Escola Anna Nery. 21(2), e20170046. 10.5935/1414-8145.20170046.
Meireles, A. R., Machado, M. G., Silva, M. S., Santos, O. P., Moraes Filho, I. M., & Santos e Silva Ribeiro, F. M. (2018). Estresse ocupacional da equipe de enfermagem de um serviço de atendimento móvel de urgência. Revista de Divulgação Científica Sena Aires. 7(3), 34-228.
Mendes, M. A. (2016). Mulheres Chefes de Família: a complexidade e ambigüidade da questão. Anais, p. 1-13.
Mendonça, G. O., Toreti, J. A., Moreira, L. B., Marino, D. N., & Souza, L. (2015). Relação entre doenças crônicas não transmissíveis e qualidade de vida em mulheres. Arquivo Ciências da Saúde. 22(4), 82 – 86. 10.17696/2318-3691.22.4.2015.312.
Moreira, L. C., & Ramos, F. R. S. (2004). O processo histórico de trabalho de enfermagem no município de Cuiabá - Mato Grosso. Revista Brasileira de Enfermagem. 57(6), 764-767.
Nichter, M., Carkoglu, A., Nichter, M., Ozcan, s., & Uysal, M. A. (2018). Engaging nurses in smoking cessation: Challenges and opportunities in Turkey. Health Policy. 122(2), 192-197. 10.1016/j.healthpol.2017.12.007.
Pacheco, E. S. (2016). Prevalence of musculoskeletal symptoms related to nursing work in the hospital field/Prevalência dos sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho de enfermagem no âmbito hospitalar/Prevalencia de síntomas musculoesqueléticos relacionados. Revista de Enfermagem da UFPI. 5(4), 31-37.
Pereira, S. S., Teixeira, C. A. B., Reisdorfer, E., Vieira, M. V., Donato, E. C. S. G., & Cardoso, L. (2016). A Relação entre Estressores Ocupacionais e Estratégias de Enfrentamento em Profissionais de Nível Técnico de Enfermagem. Texto Contexto - Enfermagem. 25(4), e2920014.
Pires, A. S., et al. (2018). A permanência no mundo do trabalho de profissionais de enfermagem com possibilidade de aposentadoria/The permanence in the world of labor of nursing staff with the possibility of retirement. Ciência, Cuidado e Saúde, 12(2), 338-345.
Ribeiro, I. J. S., Carvalho, P. A. L., Constâncio, T. O. S., Yarid, S. D., & Vilela, A. B. A. (2018). Estudo bibliométrico sobre teses em enfermagem acerca da qualidade de vida. Revista Saúde Contemporânea. 14(1), 1081-1087.
Ribeiro, A. C., Souza, J. F., & Silva, J. L. (2014). A precarização do trabalho no sus na perspectiva da enfermagem hospitalar. Cogitare Enfermagem. 19 (3), 569-75.
Rocha, J. C., & Ruiz, V. M. (2019). Quality of life and work ability of physicians and nurse workers from hospitals. Braz. J. of Develop. 5(11), 23546-23576.
Rocha, P., & David, H. M. S. L. (2015). Padrão de consumo de álcool e outras drogas entre profissionais de saúde. SMAD - Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português). 11(1), 42-48.
Santos, S. V. M., Macedo, F. R. M., Resck, Z. M. R., Sanches, R. S. M Nogueira, D. A., & Terra, F. S. (2017). Características socioeconômicas, epidemiológicas e laborais de profissionais de enfermagem hospitalar. Revista de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro. 7:e1391. 10.19175/recom.v7i0.1391.
Scholze, A. R., Silva, A. D., Martins, J. T., Dálcol, C., Cremer, E., & Melo, E. C. (2017). Uso de substancias psicoativas entre los trabajadores de enfermería. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental. 18, 23-30. 2017. 10.19175/recom.v10i0.3737.
Silva, T. P. D., Araújo, W. N., Stival, M. M., Toleto, A. M., Burke, T. N., & Carregaro, R. L. (2018). Desconforto musculoesquelético, capacidade de trabalho e fadiga em profissionais da enfermagem que atuam em ambiente hospitalar. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 52, e03332. 10.1590/S1980-220X2017022903332.
Souza, D. O., Gonçalves, F. G. A., Pires, A. S., & David, H. M. S. L. (2017). DaInfluência do neoliberalismo na organização e processo de trabalho hospitalar de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem. 70 (5), 961-969. 10.1590/0034-7167-2016-0092.
Souza, L. M., Davila, E. S., Scopel, C. D., & Barbieri, P. N. A. (2018a). Absenteísmo e sintomas osteomusculares em técnicos e auxiliares de enfermagem de unidades de internação hospitalar. Revista de Enfermagem da UFSM. 8(2), 366-379. 10.5902/2179769228685.
Souza, N. V. D. O., Cunha, L. S., Pires, A. S., Gonçalves, F. G. A., Ribeiro, L. V., Lourenço, S. S., & Silva, F. (2012). Perfil Socioeconômico e de saúde dos trabalhadores de enfermagem da policlínica Piquet Carneiro. Revista Mineira de Enfermagem.16 (2), 232-240.
Souza, V. S., Silva, D. S., Lima, L. V., Teston, E. F., Benedetti, G. M. S., Costa, M. A. R., & Mendonça, R. R. (2018b). Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem atuantes em setores críticos. Rev Cuid. 9(2), 86-2177. 10.15649/cuidarte.v9i2.506.
Tanferri, E. C., Trevisan-Martins, J., Quina-Galdino, M. J., Perfeito-Ribeiro, R., Fernandez-Lourenço-Haddad, M. C., & Dalmas, J. C. (2017). Calidad de vida de los auxiliares y técnicos de enfermería jubilados enun hospital universitario. Enfermería Global. 16(47), 302-311. 10.6018/eglobal.16.3.256021.
Wermelinger, M., Machado, M. H., Lobato, M. F., Oliveira, E. S., Moyses, N. N., & Ferraz, W. (2010). A feminilização do mercado de trabalho em saúde. Divulgação em Saúde para Debate. 45, 54-70.
Zavala, M. O. Q., Klinj, T. P., & Carrillo, K. L. S. (2016). Qualidade de vida no trabalho do pessoal de enfermagem de instituições públicas de saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 24, e2713. 10.1590/1518-8345.1149.2713.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 João Pedro Neto de Sousa; Antônio César Ribeiro ; Juliano Bortolini
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
