Morbimortalidade por câncer de próstata nas regiões brasileiras no período de 2016 a 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26293

Palavras-chave:

Indicadores de Morbimortalidade, Neoplasias da Próstata, Saúde do homem.

Resumo

De acordo com a literatura, o câncer de próstata é considerado o segundo tipo de neoplasia mais prevalente na população masculina, afetando sobretudo aqueles que apresentam fatores de risco não modificáveis, como a idade avançada e o histórico familiar da doença. Sendo assim, foi proposto como objetivo deste estudo avaliar a morbimortalidade por câncer de próstata nas diferentes regiões brasileiras, através da análise de números absolutos e taxas de internação e de mortalidade. Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, de natureza descritiva e com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos a partir do endereço eletrônico do Departamento de Informática do SUS/DATASUS e categorizados em números de internações e de óbitos por Neoplasia Maligna da Próstata, distribuídos nas cinco regiões brasileiras e apresentados na forma de números absolutos e taxas. Dentro do período compreendido no estudo, de 2016 a 2020, foi observado que a região Norte possui as mais elevadas taxas de mortalidade e as menores taxas de internação por câncer de próstata. Dessa forma, aponta-se que a limitada procura da população masculina aos serviços de saúde, bem como o preconceito e receio existente em relação ao exame de toque retal, prejudicam o diagnóstico precoce e consequentemente, o tratamento oportuno e efetivo do câncer de próstata. Portanto, os serviços de saúde devem enfatizar ações assistenciais direcionadas à saúde deste público, desenvolvendo estratégias e ofertando serviços que priorizem a redução nos níveis de morbimortalidade decorrente desta patologia e promovam a igualdade na assistência.

Biografia do Autor

  • Lizandra de Farias Rodrigues Queiroz, HUAC/EBSERH

    Enfermeira. Mestre em Recursos Naturais. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Rosângela Vidal de Negreiros, Universidade de São Paulo; Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira. Doutoranda pela Universidade de São Paulo - USP. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Professora da Universidade Federal de Campina Grande.

  • Audimere Monteiro Pereira, HUAC/EBSERH

    Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência, UTI e nefrologia. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Ana Cristina Rodrigues Luna e Silva, HUAC/EBSERH

    Enfermeira. Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Giovanna Raquel Sena Menezes, Universidade Federal de Campina Grande

    Graduanda em Enfermagem pela Universidade Federal de Campina Grande

  • Márcia Alencar de Medeiros Pereira, Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira. Especialista em Saúde da Família. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Martapolyana Torres Menezes da Silva, Universidade Federal do Vale do São Francisco; HUAC/EBSERH

    Enfermeira. Mestre em Biociências pela Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Juliana Dias Pereira de Sousa, Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Érida Oliveira Gonçalves, Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira. Especialista em Urgência, Emergências e UTI. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

  • Rafaela Fernandes Porto, Universidade Federal de Campina Grande

    Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Membro da equipe de Enfermagem do HUAC/EBSERH. Universidade Federal de Campina Grande.

Referências

Alcantara, S. S. A., Martinelli, P. M., Sousa, L. V. A., & Fonseca, F. L. A. (2021). Epidemiological profile of prostate cancer mortality and access to hospital care in Brazilian regions - an ecological study. Journal of Human Growth and Development, 31(2), 310-317. https://dx.doi.org/10.36311/jhgd.v31.12227

Almeida Filho, N., & Barreto, M. L. (2011). Epidemiologia & Saúde: Fundamentos, Métodos, Aplicações. Guanabara Koogan.

Araújo, J. S., Conceição, V. M., Silva, S. E. D., Santana, M. E., Vasconcelos, E. V., & Sousa, R. F. (2013). As representações sociais de homens sobre o câncer de próstata. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 5(2), 3884-93. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2013v5n2p3884

Braga, S. F. M., Souza, M. C., Oliveira, R. R., Andrade, E. G., Acurcio, F. A., & Cherchiglia, M. L. (2017). Sobrevida e risco de óbito de pacientes após tratamento de câncer de próstata no SUS. Rev. Saúde Pública, 51(46), 1-10. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006766

Costa, T. B. & Moura, V. L. F. (2013). O significado do toque da próstata para o homem: enfermeiro na promoção da saúde. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 5(4), 537-546. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4767740

Czorny, R. C. N., Pinto, M. H., Pompeo, D. A., Bereta, D., Cardoso, L. V., & Silva, D. M. da. (2017). Fatores de risco para o câncer de próstata: População de uma unidade básica de saúde. Cogitare Enfermagem, 22(4), 1-10. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v22i4.51823

Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa. (6a ed.). Atlas.

Instituto Nacional de Câncer. Próstata. (2014). http://www.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecance r/site/home/prostata+/definicao

Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2017). Câncer de próstata: Vamos falar sobre isso? INCA. https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/cancer-de-prostata-vamos-falar-sobre-isso

Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2019). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. INCA. https://tinyurl.com/estimativa2020inca

Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2020). Câncer de próstata. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata

Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2021). Câncer de Próstata. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata

Krüger, F. P. G., & Cavalcanti, G. (2018). Conhecimento e atitudes sobre o câncer de próstata no brasil: revisão integrativa. Revista Brasileira De Cancerologia, 64(4), 561-567. https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n4.206

Modesto, A. A. D., Lima, R. L. B., D’Angelis, A. C., & Augusto, D. K. (2018). Um novembro não tão azul: debatendo rastreamento de câncer de próstata e saúde do homem. Interface – Comunicação, Saúde, Educação, 22(64), 251-262. https://doi.org/10.1590/1807-57622016.0288

Moura, E. C., Santos, W., Neves, A. C. M., Gomes, R., & Schwarz, E. (2014). Atenção à saúde dos homens no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva, 19(2), 429-438. https://doi.org/10.1590/1413-81232014192.05802013

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e diretrizes. (2008). Ministério da Saúde, Brasil.

Porto, A. O., Leal, C. B. M., & Ferreira, R. B. S. (2018). Processo de Enfermagem Aplicado ao Paciente com Infecção de Sítio Cirúrgico Pós-Prostatectomia: relato de experiência. Revista Prevenção de Infecção e Saúde, 4, 1-11. https://doi.org/10.26694/repis.v4i0.7215

Santos, M. O. (2018). Estimativa 2018: Incidência de Câncer no Brasil. Revista Brasileira de Cancerologia, 64(1), 119-120. https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n1.115

Solano, L. C., Bezerra, M. A. C., Medeiros, R. S., Carlos, E. F., Carvalho, F. P. B., & Miranda, F. A. N. (2017). O acesso do homem ao serviço de saúde na atenção primária. Revista Online de Pesquisa, Cuidado é Fundamental, 9(2), 302-308. https://doi.org/10.9789/2175-5361.2017.v9i2.302-308

Tao, Z. Q., Shi, A. M., Wang, K. X. & Zhang, W. D. (2015). Epidemiology of prostate cancer: current status. Eur Rev Med Pharmacol Sci, 19(5), 805-812. https://www.europeanreview.org/article/8627

Venâncio, C. B., Mafra, A. L. S., Santos, E. M., Cesarino, C. B., Silva, L. B., & Martin, C. C. (2018). Toque retal: significados atribuí­dos por homens. Saúde Coletiva, 8(45), 857-861. http://revistas.mpmcomunicacao.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/1143

Downloads

Publicado

2022-02-21

Edição

Seção

Ciências da Saúde

Como Citar

Morbimortalidade por câncer de próstata nas regiões brasileiras no período de 2016 a 2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 3, p. e26511326293, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i3.26293. Disponível em: https://rsdjournal.org/rsd/article/view/26293. Acesso em: 2 set. 2025.