A evolução da cobertura do número de equipes de saúde bucal nos estados do Nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29703Palavras-chave:
Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde; Saúde Bucal.Resumo
Introdução: as práticas de saúde no Brasil modificaram-se ao longo dos anos, adotando uma abordagem mais preventiva. Nisso, vinculada à atenção primária surgiu a Estratégia da Saúde da Família (ESF), responsável pela promoção de saúde nas famílias brasileiras, incluindo a prestação de assistência odontológica. Contudo, há dificuldades no acesso a esses serviços, em virtude da falta de insumos e indisponibilidade de alguns tratamentos odontológicos pelo SUS, além de cobertura insuficiente da população pelas equipes de saúde bucal (ESB). Portanto, o estudo objetiva descrever a evolução da cobertura das equipes de saúde bucal na região Nordeste nos anos de 2018 a 2021. Metodologia: realizou-se um estudo ecológico, analisando os nove estados nordestinos, buscando dados secundários na plataforma e-gestor (Ministério da Saúde), com recorte temporal de 2018 a 2021. As frequências absolutas e relativas da cobertura das ESBs vinculadas à ESF de cada estado foram coletadas e organizadas, calculando-se a média aritmética das porcentagens e dispostas em gráficos no software Excel para fins representativos. Resultados: houve um aumento progressivo na cobertura das ESBs desde 2018 nos estados do Nordeste. Destes, o Piauí possui a maior cobertura, enquanto a Bahia possui a menor, embora apresentasse um crescimento nessa taxa ao longo dos anos. Sergipe foi o único estado a registrar queda. Conclusão: a despeito das taxas distintas, a região Nordeste possui a maior cobertura de equipes de saúde bucal por população, porém é necessária uma distribuição mais efetiva, além do aumento na oferta de serviços e melhoria no acesso à saúde bucal.
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