Incidência e mortalidade pelo câncer gástrico no Brasil e na Bahia nos últimos 10 anos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29719Palavras-chave:
Incidência; Mortalidade; Câncer gástrico; Brasil; Bahia.Resumo
Introdução: O câncer gástrico (CG) acomete principalmente o sexo masculino e faixa etária mais avançada podendo levar ao óbito. O principal fator de risco para o desenvolvimento desse tumor é a infecção pela bactéria H.pylori. Sabe-se que o diagnóstico e tratamento precoce resulta em um melhor prognóstico para o paciente. Objetivo: Investigar a incidência e a mortalidade pelo CG no Brasil e na Bahia nos últimos 10 anos. Método: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e série temporal. Os dados coletados são de domínio público e foram obtidos do Registro de Câncer de Base Populacional do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA) e Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (DATASUS/MS) no período de 2009 a 2020. Resultados: Observou-se um aumento na taxa de incidência e mortalidade pelo CG no Brasil no período analisado, sendo a maior taxa de incidência na região Sudeste e Sul (média: 3.424,6 e 2.243,7 casos novos/ano, respectivamente) e maior taxa de mortalidade nas regiões Sudeste e Nordeste (média: 6.593,7 e 3.164 óbitos/ano, respectivamente). No quesito faixa etária e sexo, observou-se maior incidência entre 60 e 69 anos (média: 2.647,6 casos novos/ano) e maior número de óbitos entre 70 e 79 anos (média: 3.705,8 óbitos/ano) com predomínio no sexo masculino em todas as faixas etárias consideradas no Brasil, tanto na incidência (média: 5.372,8 casos novos/ano) quanto na mortalidade (média: 9.039,3 óbitos/ano). Conclusão: A partir dos resultados foi possivel identificar a necessidade de uma maior investigação da neoplasia gástrica no sistema de saúde, especialmente em pacientes com característica descritas nesse perfil.
Referências
Antunes, J. L. F., & Cardoso, M. R. A. (2015). Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol.Serv.Saúde, 24(3):565-576.
Amorim, C. A, Moreira, J. P, Rial, L, Carneiro, A. J., Fogaça, H. S., Elia, C., Luiz, R. R., & de Souza, H. S. P. (2014). Ecological study of gastric cancer in Brazil: Geographic and time trend analysis. World Journal of Gastroenterol, 20(17):5036-5044.
Braga, L. L. B. C., Ramos, A. N., Neto, B. B., Ferreira, A. F., Queiroz, D. M. M., Maia, D. C. C., Alencar, C. H., & Heukelbach, J. (2019). Unequal burden of mortality from gastric cancer in Brazil and its regions, 2000–2015. Gastric Cancer, 22:675–683.
Bray, F., Ferlay, J., Soerjomataram, I., Siegel, R. L., Torre, L. A., & Jemal, A. (2018). Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer Journal Clinical, 68:394-424.
Chen Z., Zhang P., X.i H., W.e.i B, Chen L., & Tang Y. (2021). Recent Advances in the Diagnosis, Staging, Treatment, and Prognosis of Advanced Gastric Cancer: A Literature Review. Front Med, 8:1-12.
Conselho Nacional de Saúde - Ministério da Saúde (2016). Resolução no510, de 7 de abril de 2016.
Dattoli V. C. C, Veiga R. V, da Cunha S. S, Pontes-de-Carvalho L. C, Barreto M. L, & Alcântara-Neves N. M (2010). Seroprevalence and potential risk factors for Helicobacter pylori infection in Brazilian children. Helicobacter, 15:273-278.
Giusti A. C. B. S., Salvador T. C. O, Santos J, Meira K. C, Camacho A. R, Guimaraes R. M, & Souza D. LB (2016). Trends and predictions for gastric cancer mortality in Brazil. World J Gastroenterol, 22:6527-6538.
Guimaraes R.M, & Muzi C. D (2012). Trend of mortality rates for gastric cancer in Brazil and regions in the period of 30 years (1980-2009). Arq Gastroenterol, 49(3).
Ilic M, & Ilic I (2022). Epidemiology of stomach cancer. World Journal of Gastroeneterology, 28(12):1187-1203.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. IBGE, https://www.ibge.gov.br/.
Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva, INCA. INCA, https://www.inca.gov.br/.
Machlowska J, Baj J, Sitarz M, Maciejewski R, & Sitarz R (2020). Gastric Cancer: Epidemiology, Risk Factors, Classification, Genomic Characteristics and Treatment Strategies. International Journal of Molecular Sciences, 21, 412.
Martel C., Forman D., & Plummer M (2013). Gastric cancer: epidemiology and risk factors. Gastroenterol Clin North Am, 42:219-240.
McHugh R. K, Votaw V. .R, Sugarman D R, & Greenfield S. F (2017). Sex and Gender Differences in Substance Use Disorders. Clin Psychol Rev.
Morais B. C. F, Resende B. T., Lopes C. E. Z., Diniz M. F. L., Hollunder R. G., Pujatti P. B., & Paula A. J. F. (2020). Perfil sócio demográfico e clínico de pacientes com Câncer Gástrico atendidos em um hospital de referência no interior de Minas Gerais, 30:11-16.
Parkin D. M., Bray F., Ferlay J., & Pisani P. (2001). Estimating the world cancer burden: Globocan 2000. Int J Cancer, 94:153–156.
Pereira A. S., Shitsuka D. M., Parreira F. J., & Shitsuka R. (2018). Metodologia da pesquisa científica. UFSM.
Ramos M. F. K. P, Pereira M. A, Sagae V. M. T, Mester M, Morrell A. L. G, Dias A. R, Zilbertein B., Junior U. R., & Cecconello I. (2019). Gastric cancer in young adults: a worse prognosis group? Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 46(4):e20192256.
Rosas M. S. L., Silva B. N. M., Pinto R. G. M. P., Silva B. V., Silva R. A., Guerra L. R., Soares G. C. M. T., Castro H. C., & Lione V. O. F. (2013). Incidência do Câncer no Brasil e o Potencial Uso dos Derivados de Isatinas na Cancerologia Experimental. Virtual Quim, 5(2), 243-265.
Sitarz R., Skierucha M., Mielko J., Offerhaus G. J. A., Maciejewski R., & Polkowsk W. P. (2018). Gastric cancer: epidemiology, prevention, classification, and treatment. Cancer Management and Research, 239-248.
Yoon H., & Kim N (2015). Diagnosis and Management of High Risk Group for Gastric Cancer. Gut Liver, 9(1):5-17.
Zaterka S., Eisig, J. N., Chinzon, D., & Rothstein, W. (2007). Factors related to Helicobacter pylori prevalence in an adult population in Brazil. Helicobacter, 12:82-88.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Letticia Hellen Rocha Silva; Eduardo Gomes de Aquino; Lais de Brito Pedreira Lopes; Graciela Maldi de Melo; Gabriela Vilas Boas Gomez

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.