Traditions and knowledge of the people from the Jenipapo quilombola community, Caxias, Maranhão

Authors

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31632

Keywords:

Traditional knowledge; Cosmo-vision; Superstition; Culture.

Abstract

The cultural manifestations of a social group can vary in time and space and in the way they are presented, without affecting its identity. The objective of this study was to describe the main social and cultural manifestations of the Jenipapo quilombola community, in the municipality of Caxias, state of Maranhão. The methodological stages were: bibliographic, historiographical and field research through interviews in households. The interface of the cultural experience of the Jenipapo quilombola community was carried out by participant observation. The main cultural manifestations were expressed by different types of dances: the “tambor de Crioula”, “bumba meu boi”, nursery rhymes, “quadrilhas juninas”, and the Lili’s dance, a folkloric expression that portrays the reality of the rural area of the municipality of Caxias. Beliefs and superstitions are also part of the imagination and routine of the people from the quilombo Jenipapo and are closely linked to their relationships with nature. Respecting the phases of the moon in everyday activities is part of this cosmo-vision, and the older residents are the main holders of this knowledge. It was identified that they maintain the respect in towards sacred aspects and saints of the Catholic Church, but they engage in healing and blessing rituals, paying obedience to the “beings of the forest” and “superior entities”. The desire of the residents in maintaining important cultural traditions of Maranhão is noticeable. Despite the technological resources that influence the way of life in the Jenipapo quilombola community, the social actors preserve their traditions and perpetuate the quilombola culture inherited from their enslaved ancestors.

References

Albuquerque, U. P. D., & Andrade, L. D. H. C. (2002). Conhecimento botânico tradicional e conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta Botanica Brasilica, 16, 273-285.

Ahlert, M. (2016). Carregado em saia de encantado: transformação e pessoa no terecô de Codó (Maranhão, Brasil). Etnográfica. Revista do Centro em Rede de Investigação em Antropologia, 20(2), 275-294.

Assunção, A. V. L. L., Martins, M. C., Marques, W. R., Costa, R. C., Cutrim, D. S. P., & Lobato, J. J. S. (2020). Estudo de História e Cultura Africana no ensino de Arte em uma escola quilombola maranhense: análise de experiências. Brazilian Journal of Development, 6(10), 75904-75922.

Begossi, A., Lopes, P. F., & de Oliveira, L. E. C. (2009). Ecologia de pescadores artesanais da Baía de Ilha Grande. IBIO/Ministério da Justiça. Apoio: Capesca: Preac/CIS-Guanabara/Lepac/CMU [UNICAMP] & IDRC, Canadá. Rio de Janeiro, 123p.

Bennett, M. (2010). Os quilombolas e a resistência. Revista Palmares, Cultura Afro-Brasileira, 6(6), 28-35.

Berkes, F., Folke, C., & Gadgil, M. (1994). Traditional ecological knowledge, biodiversity, resilience and sustainability. In Biodiversity conservation (pp. 269-287). Springer, Dordrecht.

Bernard, H. R. (1988). Research in cultural anthropology. Newbury Park: AltaMira Press. 520 p.

Bernardi, C. J., & Castilho, M. A. D. (2016). A religiosidade como elemento do desenvolvimento humano. Interações (Campo Grande), 17, 745-756.

Borralho, T. (2006). Os elementos animados no Bumba-meu-boi do Maranhão. Móin-Móin-Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, 1(02), 156-178.

Castro, E. V. D. (2012). Transformação” na antropologia, transformação da “antropologia. Mana, 18(1), 151-171.

Cunha, M. C. (2009). Cultura com aspas. Ubu Editora LTDA - ME. 440 p.

Dalmaso, F. (2018). Heranças de família: terras, pessoas e espíritos no sul do Haiti. Mana, 24, 96-123.

Douglas, M. (1966). Pureza e perigo: ensaios sobre sujeira e tabu. Lisboa, 70 Ed. 136p.

Fausto, C. (2002). Banquete de gente: comensalidade e canibalismo na Amazônia. Mana, 8(2), 7-44.

Ferretti, S. F. (2013). Encantaria maranhense de Dom Sebastião. Revista Lusófona de Estudos Culturais, 1(01), 262-285.

Gadgil, M., Berkes, F., & Folke, C. (2021). Indigenous knowledge: From local to global. Ambio, 50(5), 967-969.

Grossi, P. K., Oliveira, S. B. de, & Oliveira, J. da L. (2018). Mulheres Quilombolas, Violência E As Interseccionalidades De Gênero, Etnia, Classe Social E Geração. Revista De Políticas Públicas, 22, 929–948. Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/9825

Fundação Cultural Palmares (2022). Quadro geral de comunidades remanescentes de quilombos (CRQS). Recuperado de de http://www.palmares.gov.br/

Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (2021). http:// http://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/caxias/panorama

Leff, E. (2000). Ecologia, capital e cultural: racionalidade ambiental, democracia participativa e desenvolvimento sustentável. Edifurb.123p.

Lévi-Strauss, C. (2021). O cru e o cozido (Vol. 1). Editora: Zahar. 512 p.

Lourenço, S. R., & da Silva, D. K. P. (2016). Uma análise antropológica sobre a cosmologia da Comunidade quilombola de Lagoinha de Cima: entre santos," arrumações" e seres não-humanos. ACENO-Revista de Antropologia do Centro-Oeste, 3(6), 71.

Macêdo, E. M., Batista, M. L. P., Figueiredo, L. S., & de Barros, R. F. M. (2020). Elementos sociais, econômicos e culturais constitutivos de uma comunidade quilombola no Nordeste do Brasil. Research, Society and Development, 9 (11).

Malinowski, B. K. (1978). Os pensadores: Argonautas do Pacífico Ocidental: Um relato do empreendimento e da aventura dos nativos nos Arquipélagos da Nova Guiné Melanésia. Abril Cultural, São Paulo.

Marconi, M. D. A., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. (5a ed.), Atlas.

Matos, L. R., Pacheco, Z. M. L., Pinheiro, R., & Almeida, G. B. S. (2020). O desvelar do cuidar de si da mulher quilombola/ Unveiling the self-care of the quilombola woman. Ciência, Cuidado e Saúde, 19. http:// https://doi.org/10.4025/ciencuidsaude.v19i0.49037

Morais, I. R. D., Lopes, W. C., & Dantas, E. M. (2015). Cultura e espaço: das práticas festivas, o enredo do lugar. HOLOS, 6, 532-543.

Nascimento, J. E., Gomes, J. M. A., & Fé, E. G. M. (2021). Fundo rotativo solidário do quilombo maranhense Piqui da Rampa: instrumento de finança solidária e autogestão. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 17(1).

Prates, L. A., Possati, A. B., Timm, M. S., Cremonese, L., Oliveira, G., & Ressel, L. B. (2018). Meanings of Health Care Assigned by Quilombola Women/Significados Atribuídos por Mulheres Quilombolas ao Cuidado à Saúde. RPCFO, 10(3), 847-855.

Soares, I. P. (2018). Conflitos socioambientais e a ameaça ao processo de demarcação de terras quilombolas no Brasil. Revista de Políticas Públicas, 22(2), 687-709.

Santos C., R., & Carvalho, D. F. (2021). Os conhecimentos tradicionais sobre a lua na comunidade jardim: reconhecendo saberes para afirmar direitos. Communitas, 5(9), 365-378.

Ribeiro, K. V. , Nojoza, A. A, Barros, R. F. M. A Sétima maravilha do Piauí: arcabouço turístico e cultural do município de Amarante, Nordeste do Brasil. (2018). In: Soares, M. J. N., Dantas, J. O., Galvíncio, J. D., Gomes, L. J., & de Almeida, R. N. Rede Prodema em ação nas Ciências Ambientais, Aracaju: Criação p 342-365.

de Sousa, I. T. S., & Brustolin, C. (2018). Quilombos na cena política: os experimentos organizativos do Maranhão-Brasil. PerCursos, 19(39), 28-49.

Sousa, F. A. O. (2014). A dança do Lili: cultura popular em Caxias – MA, nos anos 2000 a 2013 / Francisca Augusta Oliveira Sousa. FAMEP.

Toledo, V. M. M., & Barrera-Bassols, N. (2009). A etnoecologia: uma ciência pós-normal que estuda as sabedorias tradicionais. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 20.

Turner, V. (2005). Floresta de Símbolos: Aspectos do Ritual Ndembu. Niterói: EDUFF, Dramas, Campos e Metáforas. 278p.

Vieira, F. J., Santos, L. G. P., Barros, R. F. M., & Araújo, J. L. L. (2008). Quilombola of Macacos Community, São Miguel do Tapuio City, Piauí State: history, use and conservation of plant resources. Functional Ecosystems and Communities, 2, 81-87.

Published

06/07/2022

How to Cite

MELO, A. F. de .; FIGUEIREDO, L. S.; ALMEIDA NETO, J. R.; BARROS, R. F. M. Traditions and knowledge of the people from the Jenipapo quilombola community, Caxias, Maranhão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e16511931632, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.31632. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31632. Acesso em: 25 apr. 2024.

Issue

Section

Agrarian and Biological Sciences