Efeito do tratamento químico sobre a qualidade fisiológica de sementes de soja submetidas ao armazenamento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34654Palavras-chave:
Deterioração; Glycine max L.; Vigor.Resumo
A prática do tratamento antecipado de sementes de soja pode ser prejudicial à qualidade fisiológica, devido ao potencial efeito fitotóxico. Assim, objetivou-se verificar o efeito do tratamento químico na qualidade fisiológica de sementes de soja quando estas são submetidas a diferentes períodos de armazenamento. O delineamento empregado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2x2x5, isto é, duas cultivares de soja (NS6906 IPRO e NS7667 IPRO), dois tratamentos químicos de sementes (controle e tratada com fungicida e inseticida) e cinco períodos de armazenamento (0; 15; 30; 45 e 60 dias), com quatro repetições de 50 sementes cada. Os parâmetros avaliados no teste de germinação foram primeira contagem e porcentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo médio e velocidade média de germinação, enquanto que no teste de emergência foram porcentagem e índice de velocidade de emergência e, por fim, a foi avaliada a condutividade elétrica. O período de armazenamento das sementes de soja exerceu efeito negativo sobre seu vigor e qualidade, tendo este fator seus efeitos maximizados quando aliado ao tratamento químico das sementes com inseticida e fungicida, em especial a partir dos 30 dias de armazenamento. O tratamento químico de sementes, no geral foi prejudicial para a condutividade elétrica, porcentagem de emergência, velocidade média e tempo médio de germinação. A cultivar NS6906 foi a que apresentou pior resposta ao período de armazenamento e ao tratamento químico das sementes, tendo a NS7667 maior tolerância às condições de armazenamento, portanto, indicada para o tratamento antecipado.
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