Avaliação in vitro do efeito do oxicloreto de cobre e flutriafol no controlo dos fungos associados a queima da folha e fruto do cajueiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34697Palavras-chave:
Cajueiro; Queima da folha e do fruto do cajueiro; Isolados; Fungicidas; Flutriafol; Oxicloreto de cobre.Resumo
Em Moçambique, a cajucultura é praticada pelo sector familiar e comercial. Porém, problemas fitossanitários têm interferindo na produção e produtividade com grande destaque para as doenças causados por fungos. A adopção de mecanismos de controlo traduz-se em benefício para economia nacional pelo aumento da produção e, consequentemente, aumento do volume das exportações. Entretanto, o conhecimento efectivo dos mecanismos para o maneio de doenças passa, necessariamente, pela testagem dos diversos métodos de controlo. Assim, o presente estudo teve como objectivo avaliar o efeito dos fungicidas Coprox Super 85% WP (Oxicloreto de cobre 850g/kg) e Starback 25% SC (Flutriafol 250 g/l) no controlo dos fungos responsáveis pela queima da folha e do fruto do cajueiro. Os fungicidas foram incorporados em PDA e, de seguida, fez-se inoculação de discos de micélios no centro da placa. Foi avaliado o diâmetro médio dos isolados em dois sentidos perpendiculares entre si, taxa de crescimento e percentagem de inibição. Resultados mostraram que o Flutriafol tem alta capacidade de controlo dos isolados causadores da queima da folha e do fruto do cajueiro, podendo por conseguinte, ser adoptado como potencial químico para o controlo da queima da folha e do fruto do cajueiro, depois de testado no campo.
Referências
Adriano, B., Romão, D., Uaciquete, A., Mondjana, A. M., Bila , J., & Mulandane, F. C. (2022). Morpho-cultural, molecular characterization and identification of the pathogen of the burning of leaf and cashew fruit. Research, Society and Development, [S. l.], 11(9): e18211931431. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.31431.
Andrade, W. P. & Vieira, G.H.C. (2016). Efeito dos óleos essenciais sobre a antracnose in vitro e em frutos de mamoeiro. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, 18(1): 367-372.
Araújo, J. P. P. (2013). Agronegócio Caju prática e inovações. Embrapa Agro-indústria Tropical. Embrapa: Brasília.
Azevedo, J. L. (1998). Microrganismos endofíticos. In: Melo, I. S., & Azevedo, J. L. de (Eds.). Ecologia Microbiana. Jaguariúna: EMBRAPA-CNPMA.
Camatti-Sartori, V., MagrinI, F. E., Crippa, L. B., Marchett, C., Venturin, L. & Silva-Ribeiro, R.T. (2001). Avaliação in vitro de extratos vegetais para o controle de fungos patogênicos de flores. Revista Brasileira de Agroecologia, 6(2): 117- 122.
Cruz, S. C., Tavares, S. C. C. H., Costa, N. D., Lima, M. L. C., Silva, P. C. G. C., Neves, R. A. F. & Santos, C. A. P. (2001). Teste de produtos químicos e biológico no controle in-vitro de Colletotrichum gloeosporioides Penz. Patógeno da cebola. Horticultura Brasileira, Brasília. 19. pp. 1 – 5.
Diniz, I., Monteiro, F., Catarino, L., Batista, D. (2021). Manual de Laboratório para Realização de Isolamento de Fungos e Bactérias. Apoio à Luta Contra Doenças e Pragas do Cajueiro na Guiné-Bissau. FAO, Lisboa.
EMBRAPA. (2003). Sistemas de Produção no Cultivo do Cajueiro. Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Dra. Sara Mesquita, 2270 – Pici. Fortaleza/CE, SSN 1678-8702.
Fernandez, M. R. (1993). Manual para laboratório de fitopatologia. Passo Fundo: Embrapa-CNPT. p. 128.
Fungicide Resistance Action Committee (FRAC) (2021). Fungicides sorted by mode of action (including FRAC Code numbering).
Gomez, A., & Gomez, K., (1984). Statistical procedures for agricultural research. An International Rice Research Institute Book. Second Edition, United States of America.
Instituto de Fomento de Caju (INCAJU) (2019). Balanço do PES I Trimestre de 2019. Maputo – Moçambique.
Menten, J. O. M. (1976). Efeito de alguns fungicidas no crescimento micelial de Macrophomina phaseolina (Tass) Goid. "in vitro". Fitopatologia Brasileira, Brasília, 1: 57-66.
Medeiros, E. V., Júnior, R. S. & Michereff, S. J. (2006). Eficiência de Fungicidas no Controle “in vitro” de Monosporascus cannonballus. Caatinga, Mossoró - Brasil, 19(4): 360-368.
Ministério de Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) (2015). Lista de Pesticídas Registados em Moçambique. Departamento de Sanidade Vegetal.
Ribeiro, J. G., Serra, I. M. R. S. & Araújo, M. U. P. (2016). Uso de produtos naturais no controle de antracnose causado por Colletotrichum gloeosporioides em Mamão. Summa Phytopathologica, 42(2): 160-164.
Rodrigues, M. A. T. (2006). Classificação de Fungicidas de acordo com o Mecanismo de Acção proposto pelo FRAC. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Faculdade de Ciências Agronómicas. Campus de Botucatu – SP.
Santos, L. A., Marek, J., Werner, L. C., Mariano, L. C. & Faria, C. M. D. R. (2017). Sensibilidade Micelial in-vitro de Cercospora beticola ao Oxicloreto de Cobre. Scientia Agraria Paranaensis. Marechal Cândido Rondon, 16(2): 153-157.
Silva, F. A. N. (2001). Controle químico da podridão peduncular de mamão causada por Colletotrichum gloeosporioides. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, 25(3): 519-524.
Sousa, R. C. (2018). Díptera e Thysanoptera Fitófagas Associadas ao Cajueiro (Anacardium occidentale L.). Monografia de Engenheiro Agrônomo na Universidade Federal do Ceará. Centro de Ciências Agrárias. Departamento de Fitotecnia. Fortaleza.
Sobrinho, C. A., Da Silva, P. H. S., De Sousa, H. U., Santos, F. J. S., & Rodrigues, B. H. N. (2021). Monitoramento de Doenças Fúngicas do Cajueiro em Consórcio com Abacaxi, com Feijão-Caupi e com Mandioca no Estado do Maranhão. 1 – 17 Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 139. Embrapa Meio-Norte.
Tavares, G. M. & Souza, P. E. (2005). Efeito de fungicidas no controle in-vitro de Colletotrichum gloeosporioides, agente etiológico da antracnose do mamoeiro (carica papaya l.). Ciênc. Agrotec., 29(1): 52-59.
Torman, V. B. L., Coster, R. & Riboldi J. (2012). Normalidade de variáveis: métodos de verificação e comparação de alguns testes não-paramétricos por Simulação. Seção de Bioestatística. Revista HCPA, 32(2): 227-234
Uaciquete, A. (2013). Characterization, epidemiology and control strategies for the anthracnose pathogen (Colletotrichum spp.) on cashew (Anacardium occidentale L.) in Mozambique. Ph.D. (Plant Pathology) thesis. In the Faculty of Natural and Agricultural Sciences Department of Microbiology and Plant Pathology University of Pretoria, Pretoria.
Viana, Í. E. T, Martins, M. V. V, Fonseca, W. L., Lima, C. S., & Araújo, F. S. A. (2020). Comportamento de Clones de Cajueiro-anão ao Oídio e o Dano em Flores e Maturis. pp 1 – 17. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 199. Fortaleza, CE, Embrapa.
Veloso, J. S., Duarte, I. G., Farias, O. R. & Câmara, M. P. S. (2022). Antracnose do Cajueiro: Etiologia, Sintomatologia e Aspectos Epidemiológicos. Revisão Anual de Patologias de plantas, 28: 200-215.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Benjamim Adriano; Dércio Romão; Américo Uaciquete; Ana Maria Mondjana; João Bila
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
