Neutralização e degomagem de azeites artesanais de coco babaçu (orbignya speciosa) e de dendê (elaeis guineensis) utilizados para comercialização
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34946Palavras-chave:
Acidez; Índices oleoquímicos; Óleos vegetais; Refino.Resumo
O objetivo do trabalho foi realizar neutralização química e degomagem ácida de azeites artesanais de coco babaçu (Orbignya speciosa) e de dendê (Elaeis guineensis) na forma bruta com avaliação físico-química de acidez, peróxido e percentual de ácidos graxos livres empregando as metodologias da American Oil Chemists Society-AOCS, para controle da qualidade dos mesmos e de óleos industriais, para efeito de comparação. As amostras foram submetidas a tratamento de degomagem, sob aquecimento, utilizando ácido fosfórico P.A e água destilada. Posteriormente, as amostras foram neutralizadas, seguida de decantação em temperatura ambiente, por 24h para separação do conteúdo liquido e da “borra” formada. Foram realizados os tratamentos de degomagem e neutralização separadamente nas amostras para verificação dos efeitos isoladamente. Foram obtidos valores médios de acidez no intervalo de 0,443 a 4,23 NaOH/g e peróxido de 0,195 a 0,394 mEq O2 / Kg para as amostras de coco babaçu e para as amostras de dendê valores médios de 0,145 a 7,45 NaOH/g pra acidez e de 0,58 a 5,07 mEq O2 / Kg para peróxido. Estes valores estão dentro do preconizado pela Instrução Normativa IN 87/2021. Nas amostras de óleos brutas e degomadas, foram observados valores médios mais elevados para percentual de ácidos graxos livres (27,08 e 29,82 para as amostras de coco e 48,74 e 52,56 para o dendê). Estes tratamentos se mostraram eficientes, pois melhorou a qualidade dos óleos tratados, visto que estes parâmetros são importantes para o estado de conservação do óleo.
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