Estudo sobre o uso abusivo de cigarros eletrônicos por alunos universitários
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36702Palavras-chave:
Vape; Pod; Universitários; e-cigarettes.Resumo
O primeiro cigarro eletrônico comercializado foi produzido em 2003, por um farmacêutico chinês, Hon Lik, que era tabagista desde os 18 anos, criado com o intuito de ajudar outras pessoas a pararem de fumar. Curiosamente, Hon Lik nunca parou de fumar nem o cigarro eletrônico e nem o tabaco convencional. No âmbito contemporâneo o mercado está recheado de cigarros eletrônicos que funcionam com um liquido, constituído de produtos químicos e nicotina, o qual é esquentado por uma bateria e então vaporizado e inalado pelo usuário. Ressalta-se que os cigarros eletrônicos são chamados por outros nomes cotidianamente como pod, vape e e-cigarrete. Nesse sentido, essa pesquisa tem objetivo de explorar os malefícios do uso abusivo do cigarro eletrônico, explorando a falta da regulação estatal, a falsa ideia que o produto ajuda parar com o hábito tabagista e o que motivou os alunos começarem a fumar. Dessa maneira, para conhecer a realidade dos universitários, foi aplicado um questionário aos alunos de Medicina, Direito e Engenharia Civil do Centro Universitário Assis Gurgacz-PR contemplando as questões de Fagerström, o qual avalia a dependência de nicotina, e também foi questionado sobre o uso do cigarro eletrônico. Nesse sentido, a pesquisa, que entrevistou 144 alunos, sendo 62 graduandos do curso de Direito, 65 de Medicina e 17 de Engenharia civil, do 1º ao 11º período, comprovou a hipótese principal dos pesquisadores: os alunos, em sua grande maioria, começaram o seu hábito tabagista devido a praticidade do dispositivo e parte dos graduandos já desenvolveu dependência.
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