Consequência do uso de metilfenidato sem prescrição médica por estudantes universitários
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37368Palavras-chave:
Metilfenidato; Automedicação; Estimulantes do sistema nervoso central.Resumo
Os fármacos estimulantes do Sistema Nervoso Central (SNC), como anfetaminas, dextroanfetaminas e o metilfenidato (MPH), são drogas utilizadas principalmente no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Nesse sentido, tais medicamentos configuram-se como elementos capazes de elevar o estado de vigília do usuário, o qual demonstra melhora no humor e desempenho cognitivo. Fato que os tornam cada vez mais procurados para o modo “recreativo”, onde ilicitamente busca-se o aumento da disposição como auxílio de um melhor desempenho acadêmico e profissional. Diante deste contexto, o presente estudo objetivou, por meio de uma revisão integrativa, avaliar o uso do Metilfenidato em acadêmicos sem prescrição médica e quais as principais consequências que este consumo inadequado pode causar no organismo humano. Assim, embora o uso do MPH promova concentração, atenção, disposição e energia, seu uso indiscriminado também ocasiona modificações no estado de vigília e humor de seus usuários. De modo que o indivíduo passa a apresentar efeitos adversos como alterações na frequência cardíaca, surtos de insônia e psicose. A utilização excessiva de psicofármacos, relaciona-se com aspectos econômicos, sociais, clínicos e educativos dos consumidores. Logo, farmacêuticos, médicos e profissionais de saúde devem auxiliar na realização de campanhas, panfletos e palestras de conscientização.
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