Estudo sobre o perfil dos óbitos por causas externas no estado do Piauí
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v12i4.40835Palavras-chave:
Acidentes de trabalho; Atestado de óbito; Estatísticas vitais; Mortalidade ocupacional; Registros de mortalidade.Resumo
Objetivo: analisar os óbitos por causas externas no Estado do Piauí, no período de 2009 a 2019. Metodologia: trata-se de um estudo quantitativo, epidemiológico, documental, do tipo descritivo exploratório, retrospectivo e transversal, realizado por meio de consulta ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Paralelo a isso, houve a aplicação de formulário sociodemográfico, com as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça, estado civil, escolaridade e local de ocorrência do óbito. Resultados: o maior número de mortes por causas externas aconteceu em pessoas do sexo masculino, responsável por 87,4% dos 24.435 casos. Foi visto também, um predomínio da faixa etária de 20 a 29 anos, com 25,8% do total, seguido por adultos de 30 a 39 anos, com 20,2%. No mesmo período, os menores índices de mortalidade por causas externas ocorreram nos extremos etários, ou seja, em crianças menores de 14 anos, com 3,9% e nos adultos de 70 a 79 anos, com 4,8% do total de óbitos. Conclusão: os resultados mostram que os óbitos por causas externas ocorreram com maior frequência em pacientes do sexo masculino e com idade entre 20 e 29 anos, solteiros, com baixa escolaridade. Dessa forma, destaca-se a importância de estudos baseados na análise e interpretação de estatísticas vitais uma vez que a partir de tais dados, o Estado pode traçar políticas públicas para a redução dos índices de mortalidade, uma vez que, além da onerosidade causada na assistência prestada, há perdas de população economicamente ativa.
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