Aumento da resistência bacteriana de antibióticos na pandemia da COVID-19: Uma revisão narrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v13i6.46040Palavras-chave:
COVID-19; Azitromicina; Antimicrobianos; Saúde global.Resumo
A COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, intensificou o uso excessivo de antibióticos em todo o mundo. Apesar de não serem eficazes contra vírus, os antibióticos foram amplamente utilizados para prevenir ou tratar a doença e suas infecções secundárias associadas. No entanto, o uso excessivo e inadequado desses medicamentos pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, um problema de saúde global, que torna os antibióticos ineficazes contra infecções desse tipo. O medicamento mais prescrito pelos profissionais da saúde durante o período pandêmico foi a azitromicina, um macrolídeo amplamente utilizado para infecções bacteriana, mas, em casos de COVID-19, foi indicado a fim de amenizar os sintomas da doença. resultando em um maior aparecimento de resistência bacteriana contra o fármaco. O questionamento central abordado neste trabalho é: "Como o uso de antibióticos para combater a COVID-19 influenciou no aumento da resistência bacteriana contra esses medicamentos e como isso reflete após o fim da pandemia?". A partir dessa pesquisa, visa-se contribuir para uma melhor compreensão das consequências do uso excessivo de antibióticos durante pandemias semelhantes à da COVID-19. Este trabalho tem como objetivo avaliar o aumento da resistência bacteriana contra antibióticos utilizados na pandemia, sobretudo a azitromicina. Para obter uma conclusão a respeito da pergunta principal, foi utilizado o método de pesquisa revisão bibliográfica detalhada, incluindo análises epidemiológicas e microbiológicas, além de estudos que detalham a respeito do uso da azitromicina e seus impactos em casos de resistência microbiológica.
Referências
Acosta, R. G. & Vargas, C. M. (2018). Mecanismos de resistência bacteriana. Diagnóstico, 57(2), 82-86.
Almeida, I. D. (2021). Metodologia do trabalho científico. Ed. UFPE.
Anvisa (2024). Vendas de medicamentos industrializados e manipulados. https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZjg0ZmFkYjItZmNmOC00M2M1LWI2YjQtMzU4OGMzNjA2NzcwIiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3MDg1ZjVlZGQ4MSJ9.
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70.
Fio, F. S.; Mattos Filho, T. R.. & Groppo, F. C. (2000). Resistência bacteriana. Revista Brasileira de Medicina, 57 (10), 1129-1140.
Freires, M. S. & Rodrigues Junior, O. M. (2022). Resistência bacteriana pelo uso indiscriminado da azitromicina frente a Covid-19: uma revisão integrativa. Research, Society And Development, 11 (1), 1-10.
Furlan, L. & Caramelli, B. (2021). The regrettable story of the “Covid Kit” and the “Early Treatment of Covid-19” in Brazil. The Lancet Regional Health - Americas, 4 (100089), 1-3.
Getahun, H.; Smith, I.; Trivedi, K.; Paulin, S. & Balkhy, H. H. (2020). Tackling antimicrobial resistance in the COVID-19 pandemic. Bulletin Of The World Health Organization, 98 (7), 442-442.
Hsu, J. (2020). How covid-19 is accelerating the threat of antimicrobial resistance. Bmj, 369 (1983), 2-2.
Langford, B. J.; So, M.; Raybardhan, S.; Leung, V.; Soucy, J. P. R.; Westwood, D.; Daneman, N. & Macfadden, D. R. (2021). Antibiotic prescribing in patients with COVID-19: rapid review and meta-analysis. Clinical Microbiology And Infection, 27 (4), 520-531.
Leal, W. S.; Melo, D. N. A.; Silva, F. C. S; Nazaré, K. A.; Rodrigues, B. T. F.; Fernandes, E. L.; Araújo, M. E. S.; Martins, J. L. & Freitas, L. M. A. (2021). Análise da automedicação durante a pandemia do novo coronavírus: um olhar sobre a azitromicina. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 7(8), 580-592.
Lima, C. C.; Benjamin, S. C. C & Santos, R. F. S. (2017). Mecanismo de resistência bacteriana frente aos fármacos: uma revisão. Cuidarte Enferm, 11(1), 105-113.
Melo, J. R. R.; Duarte, E. C.; Moraes, M. V.; Fleck, K. & Arrais, P. S. D. (2021). Automedicação e uso indiscriminado de medicamentos durante a pandemia da COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, 37(4), 1-5.
Micek, S. T.; Simmons, J.; Hampton, N.; Kollef, M. H. (2020). Characteristics and outcomes among a hospitalized patient cohort with Streptococcus pneumoniae infection. Medicine, 99(18)..
Miranda, I. C. S.; Vieira, R. M. S. & Souza, T.F . M. P. (2022). Consequências do uso inadequado de antibióticos: uma revisão de literatura. Research, Society And Development, 11(7), 1-7.
O’Neill, J. (2016). Tackling drug-resistant infections globally: Final report and recommendations; The review on antimicrobial resistance chaired.
Prodanov, C. C. & Freitas, E. C. (2013). Metodologia do trabalho científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico. Feevale.
Rawson, T. M.; Moore, L. S. P.; Zhu, N.; Ranganathan, N.; Sklimowska, K.; Gilchrist, M.; Satta, G.; Cooke. G. & Holmes, A. (20202). Bacterial and Fungal Coinfection in Individuals With Coronavirus: a rapid review to support covid-19 antimicrobial prescribing. Clinical Infectious Diseases, 71(9), 2459-2468.
Rodrigues, T. S.; Santos, A. M. R.; Lima, P. C.; Moura, M. E. B.; Goiano, P. D. O. L. & Fontinele, D. R. S. (2018). Resistência bacteriana à antibióticos na unidade de terapia intensiva: revisão integrativa. Revista Prevenção de Infecção e Saúde, 4 (7350), 1-17.
Rossato, L.; Negrão, F. J. & Simionatto, S. (2020).Could the COVID-19 pandemic aggravate antimicrobial resistance? American Journal Of Infection Control, 48 (9), 1129-1130.
Silva, C. C.; Carvalho, C. M. O.; Lima, D. C.; Costa, E. S.; Andrade, V. M. B.; Tenorio, B. M.; Britto, D. B. L. A. & Tenorio, F. C. A. M. (2021) Covid-19: aspectos da origem, fisiopatologia, imunologia e tratamento - uma revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(3), 1-8.
Silva, L. O. P.; Abrantes, J. A. & Nogueira, J. M. R. (2024). O uso indiscriminado de antimicrobianos durante a pandemia da COVID-19 como possível fator influenciador da resistência bacteriana em efluentes hospitalares no Brasil. Contribuciones A Las Ciencias Sociales, 17(3), 1-16.
Silva, L. O. P.; Alves, E. A. & Nogueira, J. M. R. (2022). Consequências do uso indiscriminado de antimicrobianos durante a pandemia de COVID-19 / Consequences of indiscriminate use of antimicrobials during the COVID-19 pandemic. Brazilian Journal Of Development, 8 (2), 10381-10397.
Silva, L. O. P. (2023). Aspectos gerais da covid-19 e as possíveis consequências do uso indiscriminado de antimicrobianos durante a pandemia no Brasil. [Dissertação de Mestrado, Fundação Oswaldo Cruz].
Soares, I. C. & Garcia, P. C. (2018). Resistência Bacteriana: a relação entre o consumo indiscriminado de antibióticos e o surgimento de superbactérias. Faculdade de Atenas, 6(1), 1-19.
Van Duin, D; Arias, C. A.; Komarow, L.; Chen, L.; Hanson, B. M.; Weston, G.; Cober, E.; Garner, O. B.; Jacob, J. T.; Satlin, M. J.; Fries, B. C.; Garcia-Diaz, J.; Doi, Y.; Dhar, S.; Kaye, K.S .; Earley, M.; Hujer, A. M.; Hujer, K. M.; Domitrovic, T. N. . . .& Bonomo, R. A. (2020). Molecular and clinical epidemiology of carbapenem-resistant Enterobacterales in the USA (CRACKLE-2): a prospective cohort study. The Lancet Infectious Diseases, 20 (6), 731-74.
Velosos, W. B. (2021). Determinação de antibióticos macrolídeos sobre eletrodo impresso de carbono modificado com carbon black super P em sistema BIA-AMP. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Maranhão].
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Gustavo José Vasco Pereira; Marcelo da Rosa Taciano; Maria Eduarda Medeiros Corrêa; Naiany Tomaz Aguiar; Vinicius Maiato Ramos
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.